16 de outubro de 2015

SEAS lança campanha de combate ao trabalho infantil na ACS

SEAS lança campanha de combate ao trabalho infantil na ACS

A Secretaria de Assistência Social de Santos (Seas) lançou na manhã desta sexta-feira (16), na Associação Comercial de Santos (ACS), uma campanha para mostrar os danos que o trabalho infantil causa no desenvolvimento de crianças e adolescentes e, dessa forma, combatê-lo.

Juntamente com o lançamento da campanha, foi divulgado o resultado de um levantamento feito pelo Instituto de Pesquisas A Tribuna, que ouviu 800 pessoas sobre o assunto.

Entre os resultados, o que mais chamou a atenção foi o que mostrou que 50% dos entrevistados desconhecem quais são as formas de trabalho infantil.

Para a secretária de assistência social de Santos, Rosana Russo, diante deste número, precisará ser feito um amplo trabalho de esclarecimento. “Temos que conscientizar a população. Os trabalhos infantis mais comuns são os malabares, mas há também crianças trabalhando em feiras, comércios e até a exploração sexual, que é um tipo de trabalho infantil”.

A pesquisa mostrou, ainda, que as pessoas apoiam o trabalho infantil como forma de desenvolver dignidade e bom caráter. “Mas, pesquisas científicas apontam na direção contrária. O trabalho infantil afasta a criança da escola e muitos que hoje estão em prisões foram trabalhadores infantis”.

A campanha será realizada até janeiro de 2016 e terá faixas, distribuição de folderes, cartazes nos ônibus municipais e nos espaços publicitários das calçadas, além de anúncios em rádios e jornais. A iniciativa é financiada pelo Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS).

Segundo Rosana Russo, é importante que a população não compre produtos de crianças, que não dê esmola e que não empregue uma criança. “Ao ver essa situação, basta entrar em contato com o Disque Urgência Social. A partir do momento que é feita a denúncia, os serviços públicos abordam a criança, identificam e trabalham com ela e sua família”.

O telefone do Disque Urgência Social é o 0800-17-77-66

Outros municípios

Desde o início do ano, há uma sensível diminuição no número de crianças que estão nas ruas da cidade, segundo levantamento da Seas, uma vez que elas estão sendo acompanhadas e inseridas nas políticas públicas do município.

Mas, para a secretária, o que dificulta o trabalho é que metade desses menores de idade vem de municípios vizinhos.

“Quando a criança não é daqui, fazemos a abordagem, para que ela nos conte de onde vem. Então, comunicamos a secretaria de assistência social do município responsável e o Ministério Público, para que seja dado encaminhamento ao caso. Essa é uma situação que desafia a região metropolitana a trabalhar em conjunto”.


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