O diretor da Geo Brasilis, José Roberto dos Santos, empresa de inteligência territorial, planejamento estratégico e gestão ambiental, apresentou para diretores da Associação Comercial de Santos (ACS) um sistema georreferenciado que faz parte do Plano Metropolitano Estratégico da Baixada Santista, em elaboração pela Agência Metropolitana da Baixada Santista (Agem).

A exposição foi feita no final da manhã desta quinta-feira, 14 de novembro de 2013, na Sala de Reuniões da Associação Comercial de Santos, na Rua XV de Novembro, 137 - 1.º andar.

A apresentação na Associação Comercial foi feita ao 1.º vice-presidente, Vicente do Valle, ao diretor Ronaldo Taboada, 1.º secretário, ao diretor executivo, Marcio Calves, e ao secretário da Câmara Setorial de Petróleo e Gás da ACS, Gustavo Pierotti.

Também estava presente Ana Lúcia Buccolo Marques, representando o diretor executivo da Agem, Marcelo Bueno.

José Roberto dos Santos disse que o trabalho da Geo Brasilis para a elaboração do Plano Metropolitano da Baixada está em fase de fechamento. Mas ele antecipou algumas informações gerais. "Um dos objetivos do plano é integrar as políticas das esferas municipal, estadual e federal", declarou. Ele contou que foram unificados diversos mapas, tanto dos municípios e de órgãos do Governo do Estado e da União, em 17 mapas georreferenciados. "Fizemos 125 reuniões com representantes do Poder Público, entidades e associações e até do Banco Mundial".

O diretor da Geo Brasilis afirmou que a Baixada Santista é a primeira região do Estado de São Paulo a dispor dessa base georreferenciada, que, além de ter os dados unificados, será atualizada anualmente. Ele citou que, no âmbito do saneamento, por exemplo, será possível vislumbrar a situação da água e esgoto em cada uma das cidades da região metropolitana. Os dados permitirão que cada município defina uma meta e trabalhe em prol desse objetivo.

Três pontos foram ressaltados por José Roberto dos Santos no trabalho executado pela Geo Brasilis. O primeiro é contar com uma base de dados consolidada. O segundo envolve duas áreas - o desenvolvimento urbano, que abrange mobilidade, habitação e saneamento, e a mobilidade regional e local. O terceiro eixo é o desenvolvimento econômico.

Para realizar a pesquisa, a Geo Brasilis reuniu 400 planilhas de investimentos públicos e privados, em execução, em licenciamento e com previsão orçamentária - no caso dos municípios, foram listados projetos com recursos superiores a R$ 5 milhões.

Para a coleta de dados, foram agregados 150 estudos, planos, projetos e levantamentos. Como exemplo de uma informação apurada, a Geo Brasilis detectou que a Sabesp fez uma projeção do crescimento populacional para se programar para as necessidades do saneamento, enquanto a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) buscou a expectativa do número de habitantes no futuro para atender as demandas de transporte.

As projeções de dados permitem, por exemplo, definir metas e objetivos, segundo José Roberto dos Santos. Ele citou que Vancouver, no Canadá, pretende ser conhecida como modelo de cidade ecológica mundial.

Outro foco do levantamento realizado pela Geo Brasilis é de apontar as tendências da região metropolitana, com base no que está previsto nos orçamentos municipais, do Estado e da União.

O futuro mais distante é também contemplado com dados sobre previsões, permitindo que se trace um cenário para 2020 ou 2030.

José Roberto dos Santos afirmou que, com base nas 400 planilhas, foi possível levantar investimentos previstos ou em execução de R$ 163 bilhões na região metropolitana, de recursos da União, do Governo do Estado e dos municípios da Baixada.

No trabalho realizado pela Geo Brasilis, foi possível identificar seis eixos indutores do desenvolvimento econômico regional: porto, petróleo e gás, indústria, turismo, obras públicas e mercado imobiliário.

O levantamento da Geo Brasilis feito para a Agem será apresentado em evento na Associação Comercial de Santos em data a ser definida.