03 de outubro de 2017

Câmara de Construção Civil, empresários e poder público discutem projeto urbanístico “Novo Centro Velho”, que prevê transformar o Centro de Santos em uma região residencial

Câmara de Construção Civil, empresários e poder público discutem projeto urbanístico “Novo Centro Velho”, que prevê transformar o Centro de Santos em uma região residencial

Fonte: Assessoria de imprensa ACS

Numa iniciativa da Câmara Setorial de Construção Civil da Associação Comercial de Santos, estiveram reunidos nesta terça-feira (3) diretores da ACS, empresários e integrantes do poder público para discutir o projeto inicialmente intitulado de “Novo Centro Velho”. Trata-se de uma projeção feita pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano da Prefeitura de Santos, para os próximos 10 anos, em relação à construção civil e à mobilidade urbana, principalmente para o Centro de Santos, que pretende transformar a região em um núcleo residencial e não apenas comercial.

O evento, realizado no auditório da TV Tribuna, em razão das obras de modernização que ocorrem na ACS desde dezembro do ano passado, foi aberto pelo presidente de ambas instituições, Roberto Clemente Santini, que parabenizou os envolvidos pela iniciativa.

 

“Nossos associados estão muito interessados no material que vocês vieram apresentar. É um prazer receber aqui uma discussão como esta, que certamente trará crescimento para a nossa cidade”.

Também estiveram presentes os diretores da ACS Edison Monteiro, Andre Canoilas, Vicente do Valle, Marcio Calves, além do Coordenador da Câmara de Construção Civil da ACS, Rogerio Conde.

Segundo Conde, a ideia de agendar essa discussão é fomentar o debate sobre o futuro da cidade, trazendo propostas para o poder público. “A conversa é o mais importante para amadurecermos as ideias e chegarmos a um melhor resultado para impulsionar o desenvolvimento de Santos. O momento agora é de se planejar para que as coisas aconteçam de forma correta e pensada”.

O projeto

O secretário de Desenvolvimento Urbano de Santos, Julio Eduardo Santos, fez uma apresentação, mostrando um mapeamento da Macroárea do Centro, com a inserção de diferentes possibilidades para a construção civil e de mobilidade.

“Desenvolvemos o projeto para o futuro da cidade e viemos mostrar aos empresários, para que eles possam contribuir, porque sozinho o poder público não consegue levar para frente. Estamos numa ilha, não temos mais para onde crescer. Junto com os empresários queremos saber para onde vamos caminhar no setor da construção civil. A sugestão é que seja um projeto da cidade e não do governo, para que ele prossiga de forma independente, com a participação do empresariado e da sociedade”.

Entre os objetivos do projeto, estão: qualificar os deslocamentos e a mobilidade urbana; estimular o desenvolvimento econômico sustentável; potencializar o turismo histórico e cultural; qualificar e incentivar o comércio varejista especializado; diversificar o uso residencial; promover e renovação urbana dos bairros Valongo e Paquetá; e consolidar o polo de desenvolvimento educacional e tecnológico.

Debate

Ao final da apresentação, o público pôde fazer perguntas e sugestões. O presidente da ACS, Roberto Clemente Santini, aproveitou para questionar de que maneira o projeto pretende atrair as pessoas para o Cento.

“Existe um projeto de estímulo para as pessoas virem morar no Centro? Vocês pretendem fazer uma urbanização no local, ou vocês vão depender apenas de quem vem aqui (ao Centro) passear? Acredito que quem não tem empresa ou trabalha aqui, não vem ao Centro”.

Em resposta, o secretário explicou que o foco é atrair pessoas que tenham se mudado da cidade por falta de condições financeiras, por exemplo. “A classe média, pessoas que moram em Guarujá, Praia Grande e já moraram em Santos e têm interesse em morar aqui. Hoje as pessoas querem morar perto de seus locais de trabalho e onde eles fazem compras. Tendo um centro comercial forte aqui, urbanizamos o Centro com as pessoas que trabalham no local. Podemos tentar concessões e incentivos para a indústria da construção”.

O diretor da ACS Andre Canoilas ratificou a fala de Santini e ressaltou que custo é uma questão importante.

“Hoje até as empresas do setor portuário estão indo embora porque Santos passou por um movimento de novos empreendimentos imobiliários comerciais e muitos deles estão vazios. Há dois anos o custo de ocupação desses empreendimentos era de 60, 70 reais o m2 de locação e hoje é de 20, 25 reais o m2. Essas empresas que hoje ocupam prédios antigos se deslocam para esses empreendimentos novos. Assim, o comércio do Centro vai fechando. Por isso, a ideia é perfeita, mas tem que trazer o pessoal para morar aqui”.

Por fim, o vereador Adilson Junior, que participou do evento, disse que a Câmara de Vereadores está à disposição para aprovar “projetos como o apresentado e realizar mediações para contribuir para o avanço da região”.

 

 

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