Fonte: Assessoria de imprensa ACS
Durante o seminário Implantação de Base Offshore como Alavanca do Desenvolvimento Regional, realizado na última segunda-feira (12) pela Associação Comercial de Santos (ACS), o presidente da Petrobras, Pedro Parente, anunciou a construção de 13 novas plataformas na Bacia de Santos até 2022. Diante dessa perspectiva positiva, o presidente da ACS, Roberto Clemente Santini, garantiu: “A iniciativa privada está pronta para participar da implantação de uma base offshore na região”.
Santini explicou que na Associação Comercial de Santos foi criada a Câmara Setorial de Petróleo e Gás, responsável pela organização de sucessivas reuniões até a contratação da empresa Geobrasilis, que realizou o estudo apresentado no Seminário.
“O objetivo desse estudo era demonstrar claramente as oportunidades de Santos e região e a importância da retomada dos grandes projetos na área de Petróleo e Gás. O Porto faz parte de nossa infraestrutura e é responsável por 28 por cento de nossa balança comercial. Com certeza, nosso complexo portuário tem todas as condições de receber uma base de apoio às plataformas de extração e produção de Petróleo e Gás”.
Estiveram presidentes na abertura do evento a senadora Martha Suplicy, os prefeitos Paulo Alexandre Barbosa (Santos), Valter Suman (Guarujá) e Alberto Mourão (Praia Grande), o presidente da Codesp, Alex Oliva, o capitão dos Portos, Daniel Américo Rosa Menezes, o vice-presidente da ACS, Vicente do Valle, e dos diretores Pedro Veras, Andre Canoilas, Gustavo Pierotti, Mike Sealy, Edison Monteiro, Lucia Maria Teixeira, Fabrício Guimarães Julião, Martin Alexandre Aron e Omar Abdul Assaf, além do diretor-executivo, Marcio Calves.
Bacia de Santos
Em sua apresentação, Pedro Parente anunciou que 13 dos 19 sistemas de Produção previstos até 2022 são para a Bacia de Santos e afirmou que, mesmo com a redistribuição de ativos para a UO-Rio, a operação dos campos do Pré-sal continuará concentrada da Cidade Santos.
Por este motivo, a Petrobras estaria realizando projetos de implantação de infraestrutura para a ampliação da capacidade operacional em terra. Um exemplo é a ampliação da malha de fibra ótica offshore, que conecta as plataformas aos centros integrados de operação em Santos.
Informações estas que ratificam a necessidade da instalação de uma base offshore na Baixada Santista.
“Para implantação de uma base offshore, primeiramente, era fundamental que acontecesse o que ocorreu em 2017: voltaram os leilões. Tivemos três no ano passado e nesses três leilões, seis novas áreas do pré-sal foram leiloadas com sucesso. Sem a mudança da lei, ao invés de termos seis áreas sendo exploradas com atividade econômica, teríamos apenas três, que foram as que a Petrobras, de maneira seletiva, decidiu participar. Em primeiro lugar existir a demanda era fundamental, se não tivesse o leilão, o centro offshore iria atender a quem? Depois disso, é entender que com o sucesso dos leilões passamos a ter 13 empresas operando nessa região, portanto, gerando demanda”.
Parente aproveitou para agradecer ao senado, pela mudança da lei, ali representado pela Senadora Martha Suplicy, que ratificou a fala de parente.
“O maior impedimento foi ultrapassado com a mudança da lei, porque quando tínhamos uma lei em que a Petrobras era obrigada a participar com pelo menos 30 % da perfuração do pré-sal era impossível, porque estava quebrada. Foi isso que destravou e permitiu o começo da recuperação das plataformas”.
O Estudo
Entre os principais resultados do estudo, está o levantamento das possíveis áreas para implantação da base offshore.
De acordo como diretor da Geo Brasilis, José Roberto dos Santos, as áreas disponíveis foram divididas em três grupos: de curto, médio e longo prazos.
“As de curto prazo são as áreas já licenciadas e estruturadas para receber investimentos: o Complexo Industrial Naval de Guarujá (CING) e áreas concessionadas do Porto de Santos, no Ecoporto e Santos Brasil. Estas, já estão preparadas para operar. No grupo médio prazo estão as áreas que ainda necessitam de licenças e investimentos para torná-las ocupadas: o aeroporto do Guarujá, que tem áreas próximas e dentro da base aérea, e dentro do terreno da Usiminas. Por fim, a longo prazo estão áreas do retroporto e Área Continental de Santos, onde não há nenhum projeto nem licença ambiental”.
Os lotes têm entre 40 e 60 mil metros quadrados, com espaço para possível expansão.
Agenda pró-ativa
O próximo passo, segundo o vice-presidente da ACS, Vicente do Valle, é unir as informações apresentadas no seminário para montar uma agenda pró-ativa de negócios.
“A ACS fará a continuidade dessa luta para a instalação de uma base offshore com a criação dessa agenda, pois agora teremos de um lado os possíveis interessados, que são as plataformas e as companhias de navegação, e do outro lado as empresas de capital privado, que se interessem em fazer esse investimento”.