Os membros da Câmara Setorial de Instituições de Ensino da Associação Comercial de Santos (ACS) discutiram nesta quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013, linhas de pesquisa a serem apresentadas em um documento destinado ao Ministério da Educação, visando a implementação de um Laboratório Multiusuário. O evento aconteceu no Auditório da entidade, na Rua XV de Novembro, 137 - 1.º andar, Centro Histórico.
De acordo com o coordenador da Câmara Setorial e 1.º suplente da Diretoria Executiva da ACS, Edison Monteiro, o objetivo da reunião foi organizar um documento com as linhas de pesquisa de cada instituição de ensino para apresentar ao ministro da Educação, Aloízio Mercadante. “O ministro nos deu 40 dias para formular uma proposta para a construção de um laboratório que unirá todas as universidades da região metropolitana da Baixada Santista”.
O laboratório multiusuário será um centro de pesquisas que reunirá as expertises de cada universidade, ou seja, cada uma será responsável por uma área específica do conhecimento, a partir do que já é realizado atualmente nas instituições. “Nosso objetivo é resgatar as atividades que já estão sendo feitas pelas universidades individualmente e trabalhar as ideias para formar algo que seja de interesse de toda a região”, explicou Monteiro.
O professor doutor Evandro Prestes Guerreiro, que representou a Universidade Paulista (Unip), realizou uma apresentação do que é estudado na instituição sobre a Sociedade de Informações e salientou a importância da sociedade em rede. “Segundo a ONU, cerca de 70% da população estão morando em áreas urbanas, o que demanda serviços mais inteligentes que possibilitem ao cidadão migrar e ter uma mobilidade maior neste contexto.”
O Centro Universitário Lusíada (Unilus) foi representado pelo professor Luiz Henrique Gagliani, integrante do Núcleo Acadêmico de Estudo e Pesquisa em Saúde Pública. Gagliani citou estudos que estão em andamento no Unilus e a importância deles para a população da Baixada, entre eles a prevalência de parasitas em areia de praia, hortaliças comercializadas e detecção molecular de Giárdia sp em amostras fecais e água na região. “Todos esses assuntos estão na pauta por serem de saúde pública, que é uma área a ser profundamente estudada no laboratório”.
As potencialidades da Universidade Santa Cecília (Unisanta) foram representadas pelo doutor Fabio Giordano, que ressaltou que já existem dois grupos de estudos com o apoio de instituições externas. “Já utilizamos um laboratório de lógica paraconsistente, de energias complementares e operações unitárias”.
Cíntia Miyaji, do Centro Universitário Monte Serrat (Unimonte), contou que a instituição retomou o plano de Ciência e Tecnologia e crê que é necessário focar na expertise de cada instituição. “Nós não conhecemos o que os nossos vizinhos fazem, têm coisas que acontecem do nosso lado e não ficamos sabendo. Creio que seja necessário um banco de dados que permita reunir tudo o que já foi feito e os próximos passos’”.
O representante da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Caio Fontana, declarou que é preciso pensar um pouco mais além quando o assunto é comunidade. “Todas as entidades têm laboratórios excelentes, que necessitam de uma integração, isso já nos trará um ganho”.
Os próximos passos para a formulação do documento serão dados na próxima reunião da Câmara Setorial de Ensino, prevista para a segunda quinzena de março.
