A Defesa Civil de Santos trabalha para "garantir e ampliar a segurança da comunidade", afirmou Marcos Pellegrini Blandini, geólogo desse órgão, em encontro do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano (CMDU), realizado no Salão de Reuniões da Associação Comercial de Santos (ACS), na Rua XV de Novembro, 137 - 2.º andar, no Centro Histórico.

A reunião foi coordenada pelo presidente do CMDU, Nelson Gonçalves de Lima Junior, que é também secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, e contou com a participação do diretor executivo da Associação Comercial de Santos, Marcio Calves, pois a entidade é uma das integrantes desse conselho. O encontro teve ainda a presença da secretária executiva do CMDU, Simone Bernardo.

O CMDU é integrado por secretarias e órgãos municipais, entidades da sociedade civil, representantes de atividades como engenharia e arquitetura, construção civil, porto, advocacia, sindicatos de trabalhadores, movimentos de moradias e universidades, entre outras.

O chefe da Defesa Civil do Município, Daniel Onias Nossa, esteve também no encontro, assim como o secretário adjunto municipal de Meio Ambiente, Mauro Haddad Nieri, além de representantes das entidades que fazem parte do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano. A Defesa Civil é um órgão vinculado à Secretaria Municipal de Segurança (Seseg).

A Defesa Civil se ocupa no sentido de reduzir os impactos dos desastres naturais a que estão sujeitos os cidadãos, basicamente com três atitudes:

1) Convivendo com os problemas e para isso dispõe do Plano Preventivo de Defesa Civil e também capacitando os moradores de áreas de risco.

2) Evitando a formação de áreas de risco, por meio do controle efetivo do uso do solo.

3) Eliminando ou reduzindo o risco, por intermédio da ação direta sobre os processos, com medidas estruturais, e com iniciativas sobre as consequências, até com a remoção de moradias. Essas providências estão abrangidas no Plano Municipal de Redução de Riscos.

Blandini comentou que o histórico da ocupação do solo em Santos mostra que é necessário um trabalho permanente de garantir a segurança da comunidade. Para contribuir, são realizados levantamentos de áreas perigosas, com o objetivo de elaborar propostas como o Plano Municipal de Redução de Riscos (PMMR).

Com o objetivo de facilitar a identificação visual das áreas em um mapa, são definidos trechos com a cor verde, amarela e vermelha, para indicar espaços de baixo, médio e alto risco.

Em relação aos morros de Santos, o geólogo da Defesa Civil apontou a necessidade de se fazer uma nova política de recuperação de áreas degradadas. Para tal propósito, está em elaboração um Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica, que conta com a parceria da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semam).

"Com o Plano Preventivo de Defesa Civil (PDDC), não temos sofrido acidentes com vítimas fatais", afirmou Blandini, lembrando que a atuação da Defesa Civil é apenas uma parte do trabalho de prevenção, pois o órgão conta com a participação do Poder Público e também da sociedade.

O secretário Nelson Gonçalves agradeceu a colaboração da Defesa Civil e comentou que "a Prefeitura de Santos tem grande responsabilidade para que os trabalhos de prevenção sejam executados".

O arquiteto José Marques Carriço, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (Sedurb), também agradeceu o empenho especial da Defesa Civil e da Semam e aproveitou para solicitar a contribuição das secretarias de Santos para apresentar propostas para a revisão do Plano Diretor do Município, no sentido de "colocar a questão da preservação da vida e do meio ambiente no centro das discussões".