16 de agosto de 2012

Setor de equipamentos médicos e odontológicos sofre com greve

# Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (Abimo), consolida dados

O setor de equipamentos médicos e odontológicos, responsável por 8% do PIB do país, sofre grandes impactos devido a greve dos servidores da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que completa um mês amanhã.

De acordo com o vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (Abimo), das 400 empresas ligadas à entidade, 110 já foram afetadas, pois Cerca de 50% dos materiais utilizados pelo setor é importado.

Por volta de 87% dos associados declaram estar enfrentando problemas em aeroportos e 46% declaram estar enfrentando problemas em portos.

Do total de empresas com problemas em aeroportos, 67% indicam problemas em Guarulhos (SP), 24% em Viracopos (Campinas), 19% em Congonhas (SP), 14% no Galeão (RJ), 5% em Florianópolis (SC), 5% no aeroporto Pinto Martins (CE) e 5% no aeroporto Salgado Filho (RS).

Do total de empresas com problemas em portos, 91% em Santos (SP), 9% em Mucuripe (CE), 9% em Pecém (CE) e 9% no Rio de Janeiro.

“A indústria de equipamentos para hospitais e laboratórios no país tem uma boa parte de pequenos produtores, que sentem com mais força o impacto da paralização das exportações e importações”, diz o vice-presidente da Abimo, Paulo Henrique Fraccaro.

Apesar da Anvisa  informar que a maior parte dos servidores do órgão já retomaram as atividades e que "em breve" as inspeções para liberação de produtos da área de saúde e medicamentos "estarão normalizadas", segundo Fraccaro, se a greve fosse encerrada hoje, ainda assim seriam necessárias de 3 a 5 semanas para o fornecimento ser normalizado.

Outros setores da saúde estão sofrendo impactos.  Com a paralisação, laboratórios clínicos, altamente dependente de importação – cerca de 70% dos itens usados são oriundos de outros países - não conseguem nem liberar mercadorias que já chegaram ao Brasil, nem solicitar novos pedidos de importação. “Todo o processo depende da autorização da Receita Federal ou da Anvisa. Esse entrave gera complicações, principalmente, para os pacientes, já que aproximadamente 70% dos resultados de diagnóstico, tratamento e alta de pacientes depende de laudos dos exames laboratoriais”, afirma Irineu Grinberg, presidente da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas, acrescentando que grande parte dos materiais itens que estão retidos em portos e aeroportos têm um prazo de validade muito curto.

Sobre a Abimo:

A Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (ABIMO) é a entidade representante da indústria brasileira de produtos para a saúde que busca representar e promover o crescimento sustentável do setor de produtos para a saúde no mercado nacional e internacional.

Fonte: NetMarinha / 16/8/2012

Compartilhe

Este site usa cookies e dados pessoais de acordo com os nossos Termos de Uso e Política de Privacidade e, ao continuar navegando neste site, você declara estar ciente dessas condições.