22 de dezembro de 2011

Greve dos aeroviários provoca atraso em quase metade dos voos em Congonhas

Paralisação foi deflagrada às 4h45 e vai continuar ao longo do dia, atingindo boa parte do pessoal de apoio em terra

SÃO PAULO - A greve dos aeroviários já afeta o movimento no aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo. Segundo boletim da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), quase metade dos 110 voos programados (48%) estava atrasada e 20 (18%) foram cancelados em Congonhas até as 13h (saiba seus direitos em caso de atraso ou cancelamento).

No Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, a situação é mais tranquila e somente 15 partidas, ou 12,1%, têm atraso maior que meia hora. Segundo presidente do Sindicato dos Aeronautas do Município de São Paulo, João Pedro Passos de Souza Leite, a paralisação dos aeroviários em Guarulhos deve começar no final da tarde de hoje.

Na madrugada de hoje, cerca de 300 pessoas, ou 75% de funcionários do primeiro turno do aeroporto, entre as áreas técnicas e de manutenção, paralisaram suas atividades, de acordo com o diretor do Sindicato dos Aeroviários do estado de São Paulo, Francisco Alves.

"Antecipamos a greve marcada para as 23 horas de hoje para a parte da manhã, para sensibilizarmos os juízes que participarão da reunião de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), marcada para as 13 horas", explica Francisco. Os aeroviários realizam também uma manifestação no saguão do aeroporto, que deve durar até as 12 horas, quando os manifestantes devem seguir para o TRT, no centro da cidade, segundo Alves.

De acordo com a Infraero, a paralisação e a manifestação dos aeroviários não afetam as operações do aeroporto, apesar de confirmar que havia grandes filas nos guichês de check in das empresas Gol e TAM, durante a manhã.

O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), João Oreste Dalazen, determinou na véspera que pelos menos 80% dos aeronautas e aeroviários trabalhem nas vésperas do Natal e Ano Novo. Se a determinação não for cumprida, os sindicatos das duas categorias poderão pagar multa diária de R$ 100 mil.

(Com Solange Spigliatti, do estadão.com.br)

Fonte: O Estado de S. Paulo - 22/12/2011

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