Fonte: Folha de S. Paulo / 14/1/2014
O Google anunciou a compra da empresa Nest Labs, fundada pelos membros do grupo criador do iPod, Tony Fadell e Matt Rogers, e presente no mercado de internet das coisas com a produção de equipamentos que conectam casas à internet. O preço pago pela companhia foi de US$ 3,2 bilhões (cerca de R$ 7,53 bilhões).
Os dois principais produtos da Nest são um termostato digital inovador e um detector inteligente de fumaça. Ambos se conectam à internet e se comunicam com aplicativos que funcionam em sistemas iOS e Android, também distribuídos pela empresa.
A Nest tem menos de quatro anos de "idade" e já havia se tornado, rapidamente, uma das maiores marcas no mercado emergente de automação para casas.
O Google afirmou que a companhia continuará a operar sob sua própria marca.
Em um post no blog oficial da Nest, o executivo chefe da empresa Tony Fadell afirmou que com o apoio do Google, "a companhia será capaz de realizar completamente a sua visão de uma casa consciente".
Fadell também ressaltou que o Google "possui os recursos empresariais, a escala global e a plataforma de alcance para acelerar o crescimento da Nest em hardware, software e serviços para casas em nível mundial".
A compra está sujeita às condições habituais de fechamento, incluindo o recebimento de aprovações regulatórias nos Estados Unidos. Em nota, o Google afirmou que pretende concluir o negócio nos próximos meses.
INTERNET DAS COISAS
A compra do Google confirma as apostas de especialistas de que a chamada internet das coisas deve dominar o mercado num futuro próximo. Produtos mostrados na CES 2014 confirmam essa previsão e demonstram que as empresas estão voltadas em conectar à internet e automatizar cada vez mais lares, eletrodomésticos de uso comum em casa, carros e empresas.
Independentemente da nomenclatura, ela promete oferecer aparelhos cada vez mais inteligentes, conectados e personalizados aos hábitos de consumo de cada usuário.
A internet das coisas é alimentada pelo "big data" –termo que descreve o volume de informação gerado pelas operações tradicionais de negócios e as mídias sociais.
Em 2008, o número de coisas conectadas à Internet ultrapassou o número de seres humanos no planeta pela primeira vez. A Cisco, fabricante de equipamento para redes, previu que, até 2020, existirão mais de 50 bilhões de aparelhos conectados.