03 de setembro de 2012

Esforço do Governo é para dar maior celeridade à logística e reduzir custos

O Governo Federal anunciou, com grande pompa e circunstância, o Programa de Investimentos em Logística no último dia 15 de agosto. O objetivo do Governo é investir R$ 133 bilhões na construção de rodovias e ferrovias por meio de concessões e parcerias público-privadas (PPP).
 
Um dos principais pilares do Programa é a Medida Provisória 576, que modificou a Empresa de Transporte Ferroviário de Alta Velocidade S.A. (Etav) para Empresa de Planejamento e Logística S.A. (EPL). Considero a MP 576 um esforço do Governo para dar maior celeridade e também destravar muitas das regras que acabam freiando o desenvolvimento da logística como um todo no País.
 
Quando o Brasil registrava inflação de 80% ao mês, qualquer custo do processo, como distribuição ou armazenagem, desaparecia porque percentualmente era irrelevante. Os tempos mudaram, a inflação agora é baixa, a competitividade interna e externa aumentaram. O custo do dinheiro continua alto, manter inventários não traz lucro como antigamente, os custos de distribuição podem consumir totalmente qualquer margem de lucro e fazer estoques que não rodam a uma velocidade razoável pode enterrar a organização.
 
A logística é a ferramenta que deve ser utilizada na busca constante da redução de custos e da velocidade da produção, estoques, distribuição, investimentos e custos de capital. A infraestrutura e o transporte, seja ele terrestre, ferroviário, marítimo ou aéreo, precisam ser revistos frequentemente, assim como as bases das informações que oscilam.
 
As organizações precisam cada vez mais de profissionais especializados acompanhando constantemente as flutuações de mercado e dos custos para ajustar uma nova estratégia a cada novo momento.
 
Luiz Fernando Antônio é graduado em Economia pela FMU e pós-graduado pela Universidade de São Paulo (USP) em Comércio Internacional, em Finanças e em Comunicação Empresarial. Foi diretor do Departamento de Operações de Comércio Exterior (Decex) do Ministério de Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (MDIC) de 2008 a 2010 e também presidente do Instituto de Estudos de Comércio Exterior (Icex).

Fonte: NetMarinha / 3/9/2012

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