O Conselho de Administração da LLX, empresa de logística do grupo EBX, de Eike Batista, bateu o martelo e vai fechar o capital da companhia.
O mercado vive a expectativa de que outras integrantes do grupo sigam o mesmo caminho.
O controlador da LLX, Eike, fará uma oferta pública para a compra dos papéis dos minoritários. Em 15 dias, o Bank of America Merryll Linch, contratado para coordenar a oferta, entregará um laudo sobre o valor a ser oferecido pelos papéis.
A LLX já havia informado que Eike pretendia pagar R$ 3,13 por ação, ágio de 20% sobre a média da cotação do papel nos 20 dias anteriores ao comunicado. As ações encerraram o pregão de ontem em R$ 3,23, alta de 0,94%.
Há expectativa de que a holding EBX decida fechar o capital de outras empresas. Os rumores vão na direção da OSX (estaleiros) e da CCX (carvão).
Na quarta, foi anunciado que a PortX, empresa de terminais portuários, não estará mais na Bovespa, a partir de segunda. A companhia será incorporada pela MMX, braço de mineração da holding.
MOMENTO DE ESPERAR
Especialistas afirmam que o momento é de esperar. Vender os papéis na pressa pode significar perder dinheiro.
"Em geral, o acionista controlador oferece um ágio em relação à cotação atual da ação. É mais interessante esperar", disse o analista-chefe da Gradual, Paulo Esteves.
Fechar capital não significa necessariamente que a empresa vai mal ou bem, diz.
Segundo Esteves, o acionista controlador pode ter considerado que o mercado não estaria dando o retorno necessário para a empresa se manter capitalizada e tocar os projetos que têm.
José Baliand, professor da faculdade de Administração da ESPM, diz que a lógica do mercado de capitais neste momento é incompatível com as características do grupo EBX, que tem empresas em vários setores e com projetos de longo prazo de maturação.
"O acionista quer retornos mais rápidos, e os projetos do EBX são de longo prazo."
Fonte: Folha de S. Paulo / 17/8/2012