09 de novembro de 2012

Economia chinesa superará EUA em 2016, diz OCDE

Felipe Peroni (fperoni@brasileconomico.com.br)
 
# Nos próximos 50 anos, o padrão de vida dos chineses deve aumentar em sete vezes
               
# A entidade avalia, no entanto, que continuarão a existir diferenças no padrão de vida dos países emergentes e avançados.

A China deve destronar os Estados Unidos da posição de maior economia do mundo em 2016, segundo avaliação da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Dentro de um mais ou menos um ano, o país asiático vai superar a economia de toda a Zona do Euro, que atualmente enfrenta uma de suas mais graves crises econômicas.

Os cálculos da OCDE consideram o Produto Interno Bruto (PIB) ajustado por Paridade de Poder de Compra (PPP).

Para a entidade, nas próximas décadas, o equilíbrio entre as potências econômicas mundiais será radicalmente alterado. Juntas, China e Índia devem ter um PIB superior ao do G7 (grupo das sete maiores economias do mundo) em 2025.

"Os padrões de crescimento de longo prazo estão divergentes, e levarão a mudanças radicais no tamanho relativo das economias", afirma a entidade em nota.

Atualmente a China responde por 17% do PIB global, segundo dados da OCDE de 2011. A Índia detém 7%.

Dentre as potências, os Estados Unidos respondem pela maior fatia, com 23%. A Zona do Euro possui 17%, e o Japão, 7%.

Em 2030, a entidade projeta que a China responderá por 28% de toda a economia mundial, e a Índia responderá por outros 11%. Os Estados Unidos terão sua participação reduzida a 18%, enquanto Japão e Zona do Euro ficarão com 4% e 12%, respectivamente.

Em 2060, China e Índia serão responsáveis por 46% da economia mundial, superando a participação de todos os membros da OCDE - a entidade é composta por 34 economias dentre as mais avançadas do mundo -, de 42,3%.

"A atual crise econômica será superada, mas nossos filhos e netos herdarão um mundo muito diferente do que vemos hoje", afirmou o secretário geral da OCDE, Angel Gurría.

Com esse crescimento, a OCDE avalia, no entanto, que continuarão a existir diferenças entre a renda per capita dos países emergentes - altamente populosos - e a dos países avançados.

Em 2060, a renda per capita da China, indicador que reflete o padrão de vida da população, será apenas 60% do projetado para os países avançados. Entretanto, nos próximos 50 anos, o padrão de vida dos chineses deve aumentar em sete vezes, estima a OCDE.

A Índia terá um crescimento similar, mas sua renda per capita será de apenas 25% dos países avançados.

"Essas projeções não são definitivas. Sabemos que reformas estruturais podem impulsionar o crescimento e o padrão de vida em economias avançadas e emergentes", diz Gurría.

Fonte: Brasil Econômico - 9/11/2012

 

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