18 de março de 2013

Colômbia: após greve, cafeicultores pedem a saída do gerente da Federacafé

Durante a greve dos cafeicultores da Colômbia, que terminou em 7 de março, seus protagonistas pediram aumento nos preços, mas agora, estão começando uma nova “cruzada”: a saída do gerente da Federação Nacional de Cafeicultores (Federacafé), Luis Genaro Muñoz.

Vários comitês de Risaralda estão pedindo por diversas vias a saída do gerente. As razões para isso são que não se sentem representados e que é necessária sua saída para unir de verdade a organização que está dividida.

Esse seria o início de uma reforma estrutural e, através de entrevistas e comunicados, disseram que, nos últimos anos, o gerente da Federacafé não tem feito políticas bem sucedidas.

Nesse sentido, o líder cafeeiro de Belén de Umbría e vice-presidente do Comitê Departamental de Cafeicultores, Alejandro Corrales, afirmou que os produtores pedem a Muñoz que deixe o cargo para demonstrar que são capazes de mudar. "A Federação tem que transcender e não depender de uma pessoa que entorpece seu desenvolvimento. Essa não é uma manifestação só minha, é geral, de muitos comitês de cafeicultores".

Agora, a situação não é de vozes isoladas, mas sim, de um conjunto de produtores de cerca de 24 comitês de Caldas, outros de Antioquia e Pereira, que, oficialmente, estão pedindo “a cabeça” de Muñoz.

Jorge Emilio Bravo de la Pava, membro do Comitê Municipal de Pereira, disse que é hora de tomar a decisão e de ele sair da Federação, porque, na realidade, a maioria dos produtores não se sentem representados. “Solicitamos a renúncia de Muñoz Ortega, acompanhada de uma reestruturação da Federação Nacional de Cafeicultores”.

Ele disse que essa é a esperança para a instituição, que está hoje representada por diretores que perderam o contato direto com as bases, conforme expressaram os produtores através de uma carta enviada ao Comitê Departamental do setor. “Tudo se desencadeou por causa da greve de 25 de fevereiro, onde se viu todo o desespero dos cafeicultores que não receberam solução. Depois dessa demonstração, deram uma solução que não é completa, quando o que os cafeicultores reclamam são as economias das temporadas passadas”.

Segundo Corrales, a primeira coisa que se deve fazer e começar pelo cabeça, que é o gerente, mas não se descarta a mudança em toda a diretoria da Federação. Ele disse que, a nível regional, também é necessária a saída de James Maya, representante do Comitê Nacional, e também uma mudança na direção do Comitê Municipal.

A reportagem é do Elpais.com.co, traduzida e adaptada pelo CaféPoint.

Fonte: CaféPoint / 18/3/2013

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