02 de janeiro de 2013

CODESP espera bons resultados para este ano e divulga projeções para 2013

#A Companhia Docas do Estado de São Paulo (CODESP) espera encerrar 2012 com ótimos desempenhos no aspecto financeiro e na movimentação de cargas

A expectativa do diretor presidente da CODESP, Renato Barco, é que o Porto de Santos atinja um total de 103 milhões de toneladas de cargas movimentadas, um crescimento da ordem de 6% em relação ao registrado em 2011 (97.170.308 t). Quanto ao resultado financeiro, Barco projeto fechar o ano com um lucro líquido de R$ 83  milhões.

O presidente comenta que, neste ano, a CODESP deu importantes passos para aprimorar sua gestão, destacando a iniciativa referente ao seu planejamento estratégico, através de ferramentas que permitem uma análise eficaz de suas ações. “Um Comitê Gestor do Sistema Integrado de Gestão coordena o trabalho desenvolvido por 20 grupos temáticos, formados por gestores da empresa,  que executam a metodologia Fast Analysis Solution Technique (FAST) na pesquisa de processos, resultados e definição de maneiras de avaliar e monitorar os resultados desses processos”, explica. Além disso, a empresa concluiu neste ano a concorrência nº 6/12, no valor de R$ 6,1 milhões, para aquisição de um Sistema Integrado de Gestão Empresarial, pelo prazo de 24 meses.

Barco lembra, ainda, que neste ano, a CODESP gerou mais 162 postos de trabalho, com a admissão de novos profissionais para seu quadro de pessoal. Além disso, capacitou 1.064 colaboradores, durante quase 20 mil horas de treinamento.

O diretor de Administração e Finanças, Alencar Costa, explica que o crescimento na movimentação de cargas produziu impacto direto na receita da empresa, resultando em um crescimento da ordem de 8,6% no resultado do balanço no período de janeiro a setembro. “Isto representa um diferencial de 3,6 pontos percentuais acima do registrado pela movimentação de cargas, afirma Alencar. Explica que esse diferencial é produzido pela variação de 4,99% do IGPM médio que reajusta os contratos de arrendamento anualmente e redução dos encargos financeiros incidentes sobre os parcelamentos do FNDES, dos custos das tarifas bancárias e da maior eficiência nas aplicações financeiras do recursos disponíveis da empresa.

Segundo Alencar, a expectativa é que esse cenário se mantenha até o final do ano, proporcionando um crescimento do resultado líquido da ordem de 27,2% em relação a 2011. Para atingir esses resultados a CODESP considera a concretização de um crescimento da Receita Bruta Total da ordem de 8,57%, que resultaria em um montante de R$ 772 milhões e uma previsão de Despesa Total de R$ 605 milhões.

Quanto aos investimentos, o diretor presidente estima concretizar cerca de 32,8% dos recursos liberados, dos quais 70,5% com recursos do Tesouro Nacional e 29,5% com recursos próprios.

Alencar destaca as contribuições sociais da CODESP e na relação capital/trabalho, que envolveram dispêndios de R$ 73 milhões com impostos e contribuições sociais e capacitação de pessoal, que incluíram a realização de 945 cursos e geração de 64 empregos diretos, um crescimento de 4,4% no período.

As projeções para 2012 refletem os resultados de uma gestão profissional, comprometida com os objetivos da empresa e do Porto de Santos que vem apresentando, há 6 anos consecutivos, resultados financeiros positivos, sob a coordenação da Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP), pagando dividendos aos acionistas e distribuindo Participação nos Lucros e Resultados (PLR) aos seus empregados.

Para 2013, a CODESP estima um crescimento em torno de 13% para o Resultado Econômico, com um Lucro Líquido de, aproximadamente, R$ 100 milhões.

Essa projeção se baseia nas perspectivas para a economia nacional no próximo ano. Segundo pesquisa realizada pela Câmara Americana de Comércio (AMCHAM), a maioria dos participantes das 214 empresas ouvidas preveem uma inflação estável e um aumento do Produto Interno Bruto (PIB) de 4% para o próximo ano. Já os setores industrial e Varejista projetam um crescimento de 4,10% e 13,35%, respectivamente.

Estes cenários projetados para 2013 estão amparados nas medidas que o governo brasileiro continua buscando para manter a taxa básica de juros (SELIC) em 7,25%, uma taxa de inflação em torno de 5% (controlada) e uma recuperação da atividade no cenário nacional.

Finalmente, as previsões para a Balança Comercial apontam que as trocas comerciais brasileiras tendem a evoluir, ainda mais, se o país buscar uma aproximação com economias consolidadas como Estados Unidos (EUA), Alemanha e China, como também, com mercados emergentes como Rússia, Índia, África do Sul e México.

Situação Financeira - Para melhor ilustrar a situação financeira da CODESP e da eficiência na gestão da Companhia após a criação da Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP), apresentamos no quadro abaixo, a evolução dos indicadores de liquidez no período de 2006 a 2011.

O conjunto dos indicadores acima mostra que a CODESP dispõe, hoje, de quase R$ 2,00 em caixa para saldar cada R$ 1,00 de dívida, situação que muitas empresas gostariam de dispor. Antes da gestão dos portos passar para a SEP a Companhia tinha, somente, R$ 0,07 de caixa para cada R$ 1,00 de dívida.

Esses resultados são fruto de uma gestão eficiente, que promoveu medidas inovadoras, tais como a nova modelagem de licitação de áreas arrendadas, bem como uma atuação eficaz nos recebimentos de valores tidos como não recebíveis (COSIPA/ REFER/ DNIT e Ministério dos Transportes), associadas a redução do Passivo.

O total do passivo corrente, registrado em 2011 (R$ 563,7 milhões), demonstra uma redução de 31,19% em relação a 2006 (R$ 819,3 milhões).

Outro aspecto que merece destaque é o desempenho do Patrimônio Líquido da Codesp, nesse período, que apresentou um crescimento de 97,77%, refletindo o esforço da empresa em sanear seus encargos, reduzir o passivo acumulado, seja de caráter judicial ou financeiro, além de uma expressiva alavancagem no Ativo Circulante, com recebimentos considerados de créditos de difícil solução.e a modelagem de licitação de áreas arrendadas implantada.

O desempenho do Resultado econômico traduziu-se em um crescimento expressivo, que devido à manutenção de lucros anuais, conduziu à obtenção de Taxas de Retorno do Patrimônio Líquido no mesmo patamar, atingindo 123,51% no período de 2006 a 2011.

O crescimento da Receita Operacional Líquida está refletido na evolução do Recolhimento de Impostos por parte da Codesp nos âmbitos Federal, Estadual e Municipal. A empresa encontra-se rigorosamente em dia com o pagamento de impostos, tributos, contribuições e taxas.

Cabe destacar, que a CODESP não recebe nenhum recurso do Governo Federal para custeio de suas obrigações e, ainda, participa com recursos próprios na realização de alguns investimentos em infraestrutura.

Finalmente, é oportuno esclarecer que todos os resultados obtidos no período em questão foram fruto de uma efetiva gestão dos recursos, uma vez que desde 2005 a CODESP não reajusta sua tarifa portuária.

Desempenho Operacional 2012

Segundo o diretor de Desenvolvimento Comercial, Carlos Kopittke, para o bom desempenho operacional do Porto de Santos em 2012, mesmo diante de um cenário de crise internacional, foram relevantes os aumentos verificados (até outubro) nos embarques de milho (74,1%) e de soja em grãos (29%), refletindo a conjunção de safras nacionais excepcionais e a manutenção dos preços internacionais em patamares elevados, em decorrência de quebras de safras em importantes países produtores.

Kopittke estima que as exportações por Santos totalizem cerca de 71,6 milhões t e as importações 31,4 milhões t. Já os sólidos a granel devem atingir 49,0 milhões t, os líquidos a granel 15,7 milhões t e a carga geral 38,2 milhões t.

O diretor destaca que, por duas vezes neste ano, a movimentação de cargas, no mês, suplantou a marca de 10 milhões t e estabeleceu 6 novos recordes mensais.

Granéis Sólidos – Nessa modalidade, que deve atingir 49,0 milhões t, os destaques devem ficar com o açúcar (16,4 milhões t-granel+sacaria), o complexo soja (13,7 milhões t) e o milho (9,0 milhões t).

O volume exportado de soja em grãos superou as expectativas e deve se manter neste ano em torno de 11,1 milhões t, um crescimento em torno de 14,19% em relação a 2011. Em torno de 80% desse volume teve como destino a China, que concentra o maior parque industrial de esmagamento do produto. A combinação entre preços internacionais elevados, em virtude das quebras de safras ocorridas em importantes países produtores (Estados Unidos-EUA e Argentina), e uma excepcional safra brasileira, especialmente na Região Centro-Oeste, responsável por cerca de 83% da soja escoada por Santos, foi determinante para esse resultado.

O açúcar permanece ocupando a posição de produto mais movimentado através do complexo santista. Devido ao atraso no escoamento da safra, provocado por chuvas intensas que comprometeram tanto a colheita quanto as operações de embarque, espera-se uma redução em torno de 3,7% no volume previsto para 2012, que deverá somar cerca de 16,4 milhões t. A intensificação dos embarques verificada nos últimos meses do ano, reduziram a queda no volume total.

A exemplo do ocorrido com a soja, os embarques de milho apresentaram ótimo desempenho e devem registrar um crescimento sobre o ano passado em torno de 98%. A quebra da safra norte-americana do produto e a colheita de safra recorde de inverno no Brasil determinaram esse desempenho.

Granéis Líquidos - Entre os granéis líquidos deverão sobressair-se o óleo combustível (2,5 milhões t), o álcool (2,1 milhões t) e os sucos cítricos (1,8 milhão t). A expectativa é chegar a um total de 15,8 milhões t.

 O álcool tem um volume projetado de 2,1 milhões t, que deverá ser o seu melhor desempenho desde 2008, quando foram embarcados 2,8 milhões t. Essa performance se deve a um maior acesso do produto ao mercado norte-americano, após a queda, no final de 2011, de medidas protecionistas que os EUA adotaram. Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) mostram que até outubro deste ano foram exportadas por Santos 1,1 milhão t do produto para os EUA, QUE CORRESPONDEM A UM CRESCIMENTO DE 234,8% EM RELAÇÃO AO REALIZADO NO MESMO PERÍODO DE 2011.

Carga Geral - A carga conteinerizada é o carro chefe da carga geral, com expectativa de atingir 33,5 milhões t ou 3,1 milhões teu (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés). O total da modalidade deverá manter-se em torno de 38,2 milhões t.

Na movimentação de veículos espera-se queda em torno de 24% nas exportações e de 17% nas importações, tendo em vista as tendências registradas até o mês de outubro.

Fluxo de Navios – A expectativa é atingir em torno de 5,8 mil embarcações neste ano, representando uma queda de 4,3% (até outubro) em relação ao mesmo período de 2011. Segundo o diretor presidente, enquanto o número de embarcações vem decrescendo a tonelagem de cargas movimentadas vem aumentando, chegando a registrar crescimento de 6,2%, tendo em vista a operação de navios de maior porte, decorrente da dragagem de aprofundamento. Com isso o porto tem registrado em 2012 um aumento em torno de 11% da carga consignada (tonelagem média por navio) e a expectativa é que a média anual se situe em torno de 18.700 t/navio.

Na balança comercial o Porto de Santos continua isolado na liderança do ranking dos portos nacionais, elevando sua participação na movimentação das trocas comerciais brasileiras de 24,6%, em 2011, para 26,1% neste ano (até outubro).

2013

As expectativas para 2013 consideram um cenário econômico mundial em processo de recuperação gradual. Quanto ao Brasil, os analistas apontam para um crescimento do PIB em torno de 3,5%, conforme levantamento de expectativas feito pelo Banco Central e divulgado através do Relatório Focus, de 07 de dezembro de 2012.

Com base nesse cenário e, ainda, tendo em vista as projeções feitas pelos terminais portuários a CODESP espera registrar, em 2013, nova marca recorde - em torno de 109 milhões t. Espera-se um crescimento em 2013, sobre o movimento projetado para este ano, em torno de 8,0% para a carga geral, de 5,2% para os granéis sólidos e 2,5% para os granéis líquidos.

Carga Geral - O diretor Kopittke explica que o crescimento de 9,0% previsto para a carga conteinerizada, que suplanta 3,4 milhões teu, será determinante para se atingir o índice projetado para a carga geral, que deverá somar 41,2 milhões t, ficando 8,0% acima do projetado para este ano. Esta expectativa considera a entrada em operação de duas novas instalações portuárias - Brasil Terminal Portuário (BTP) e Embraport – e um cenário internacional mais favorável, com perspectivas mais atraentes para as exportações brasileiras de bens de maior valor agregado.

Com relação à carga geral solta, é esperado um crescimento mais modesto, em torno de 1,3%, determinado, principalmente, pelo incremento na movimentação de celulose (10,0%) e veículos (4%). A expectativa é de crescimento das exportações de celulose, em função da perspectiva de aumento das importações pela China e Estados Unidos. Com relação a veículos, espera-se ligeiro aumento devido ao câmbio mais elevado e um cenário internacional mais promissor.

Sólidos a Granel – Nessa modalidade, estima-se que os destaques ocorrerão por conta do crescimento projetado para a soja em grãos (12,0%), trigo (12,0%), soja peletizada (7,5%), peletes cítricos (5,6%), enxofre (5,0%) e açúcar (5,3%-granel e sacaria). É esperado queda de 2,0% nos embarques de trigo. O total previsto para os sólidos é de 51,6 milhões t, um aumento de 5,2% em relação ao ano passado.

As projeções positivas para a soja em grão se devem às expectativas favoráveis para a safra 2012/2013. Segundo levantamento (Novembro/2012) da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), a produção da oleoginosa na região Centro-Oeste deverá crescer entre 9,.4% e 13,7%. A soja peletizada deverá acompanhar esse crescimento. Segundo a Associação Brasileira de Óleos Vegetais (Abiove), o Brasil deverá ocupar a liderança mundial na exportação de soja, que devem chegar a 37,5 milhões t, 30% a mais do que os Estados Unidos. Ainda segundo a Abiove, o Brasil ganhará espaço, também, nas exportações de soja peletizada, que devem atingir o volume recorde de 15 milhões t, enquanto as vendas norte-americanas deverão recuar para 6,4 milhões t, uma queda de 25% em relação a este ano.

A estimativa de crescimento nas importações de trigo decorrem da queda na produção nacional, em função de eventos climáticos que afetaram a safra de trigo 2012/2013. Diante disso, a CONAB estima que a produção nacional de trigo seja 22,9% inferior a da safra anterior, exigindo a importação de cerca de 7,0 milhões t. Com base nesse cenário a CODESP estima para 2013 um movimento 12% maior do que o previsto para este ano.

Diante da previsão da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (ÚNICA) de um excedente exportável de açúcar da ordem de 6,3% somente por parte das unidades industriais do Centro-Sul, a expectativa dos embarques por Santos são de crescimento em torno de 5,3% (granel e sacaria) acima do total estimado para 2012.

Quanto ao milho a previsão é de queda em torno de 2% da área plantada na Região Centro-Oeste, responsável pela produção de 90% do produto escoado pelo Porto de Santos, de acordo com o segundo levantamento (Novembro /2012) da CONAB. Com isso estima-se uma diminuição de 2,0% nos embarques do produto.

Líquidos a Granel – A movimentação de líquidos a granel deve ter um incremento em torno de 2,5%, em relação ao previsto para 2012, chegando a 16,1 milhões t, destacando-se o álcool, com um aumento de 4,4%. Segundo informações da consultoria Canaplan, veiculadas no Globo Rural On-line, o mix de destino da cana-de-açúcar, a ser colhida na Região Centro-Sul na safra 2012/2013, deve ficar em 48,8% para o açúcar e 51,2% para o etanol, resultando em uma produção de álcool entre 20,6 bilhões de litros, mantendo-se nos mesmos patamares da safra passada.

Fluxo de Navios – Com a compatibilização da profundidade de berços e acessos àquelas verificadas no canal de navegação, após as obras de aprofundamento para 15 metros e alargamento para 220 metros, estima-se que em 2013 a consignação média anual se situe em torno de 20.000 t/navio. Assim, espera-se o crescimento na movimentação de cargas e um decréscimo no número de navios que operarão em Santos da ordem de 6,4%, totalizando 5,4 mil embarcações.

Investimentos Públicos O diretor de Infraestrutura e Execução de Obras, Paulino Vicente, classificou como muito satisfatório o desempenho do Porto de Santos quanto à aplicação de recursos nos empreendimentos de infraestrutura realizados no complexo portuário. Vicente reconhece as dificuldades inerentes ao setor público no tocante à efetiva utilização do orçamento, principalmente em função dos trâmites necessários às autorizações ambientais e à contratação dos serviços, obedecendo aos preceitos da lei 8.666/93, que por vezes se “arrastam muito além do previsto”, explica, destacando o avanço alcançado ao longo de 2012, principalmente quanto às obras do PAC, e avaliando os resultados da Companhia como compatíveis com as mais bem estruturadas empresas estatais.

“Podemos garantir que foi mais um ano de avanço no desenvolvimento da infraestrutura no porto”, resume, destacando dentre os vários empreendimentos realizados, a continuidade da dragagem de aprofundamento, com os 25 quilômetros do  canal de navegação  quase que plenamente com 15 metros, a implantação do novo viário na margem esquerda e o início dos serviços de realinhamento  de Outeirinhos, com a construção de um novo cais com 1.320 metros de extensão, a maior obra do gênero no país bancada com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC do governo federal que, juntamente com o projeto e reforço do cais de Paquetá a Outeirinhos e  da Ilha Barnabé, além da construção de um novo píer para mais dois berços no Terminal de Granéis Líquidos da Alemoa, agrega um total de cerca de quase 4  mil metros de cais e píer construídos e reforçados para as novas profundidades do Porto de Santos.

Infraestrutura de Cais

Construído na primeira década do século passado, o trecho de cais contemplado com o realinhamento avançara em até 50 metros em direção ao mar, ampliando a área de cais e permitindo o aprofundamento dos berços, cujas cotas atuais vão de –4,5 metros a –7,5 metros, para uma profundidade de 15 metros em toda extensão.

“Os ganhos são extraordinários”, classifica o diretor, explicando que, apesar de ser chamado de PAC Copa, o projeto - que permitirá a atracação em sequência linear de até 6 navios de cruzeiros com uma oferta de até 15,4 mil leitos flutuantes para ampliar a oferta durante a Copa do Mundo -  não se limita ao turismo de passageiros.

“Certamente, a possibilidade de se atracar os navios nas proximidades do terminal de passageiros já garante a logística mais efetiva para o deslocamento dos usuários e das bagagens, sem impactar no tráfego intenso do complexo portuário. O retorno do empreendimento, no entanto, se estende também à movimentação de cargas  que será intensificada com a maior produtividade que um cais moderno com essa profundidade permite, prioritário para somar capacidade à forte demanda prevista para os próximos anos, além de melhorar as operações realizadas pela Marinha do Brasil”, conclui o diretor.

A primeira etapa de implantação será concluída já no início da próxima temporada de cruzeiros. O projeto divide a obra em sete trechos a partir do cais da Marinha em direção ao terminal de passageiros.  Como o serviço foi iniciado às vésperas da atual temporada, a primeira etapa ocorre em frente ao terminal de suco da Citrovita, evitando qualquer transtorno à atracação de navios no Concais.

O serviço foi intensificado a partir de novembro com o início da instalação das camisas metálicas, que servem de forma para a construção das estacas de sustentação dos elementos  pré-moldados que comporão a nova laje do novo cais. O trabalho ganhou novo ritmo com a chegada de equipamentos e dos materiais. Quase 100 estacas, de um total de 850,  já foram cravadas  no trecho em frente ao terminal da Citrovita. Os serviços ocorrem em turnos ininterruptos por 24 horas ao dia, com três frentes de trabalho: em Outeirinhos, no cais do armazém 9 e no armazém XXIV, nas proximidades do canal 5.

Em Outeirinhos, com utilização de 3 guindastes com guia de cravação, capacidade para 250 toneladas e 80 metros de lança, é realizado o trabalho de estaqueamento que compreende a instalação  das camisas metálicas  com comprimentos de até 60 metros, variando de acordo com a característica do leito marinho. Nos pontos em que se alcança solo de rocha, caso do trecho inicial, as estacas são menos profundas. Após o posicionamento e estaqueamento das camisas, um equipamento especial perfura a rocha, para posterior introdução das armaduras de barras de aço e concretagem.

No canteiro de obras situado no cais dos armazéns 9 e 10, as camisas, originalmente fabricadas com 12 metros de comprimento, são posicionadas para solda com utilização de pórtico sobre trilhos. Para junção, as seções de 12 metros são apoiadas sobre cavaletes especiais que giram as camisas sobre seu próprio eixo, acelerando bastante o trabalho de soldagem. O transporte das peças até Outeirinhos é feito através da  embarcação Lúcia.

No armazém XXIV, são confeccionadas as armaduras com barras de ferro que compõem, com o concreto e as camisas metálicas, a estrutura  de sustentação do novo cais.

Para realizar o alinhamento do cais, a CODESP elaborou “Estudo Ambiental Simplificado”, necessário pra a emissão da Licença de Instalação concedida pelo Ibama. Toda obra está  planejada para eliminação, redução e controle  de eventuais riscos ambientais, através de gerenciamento realizado por equipe multidisciplinar da própria CODESP.

As obras de recuperação e reforço estrutural para aprofundamento dos berços entre os armazéns 12 A e 23, no Porto de Santos, compatibilizando as cotas de profundidade desse trecho  com os 15 metros do canal de navegação,  devem ser iniciadas em fevereiro de 2013, com prazo de execução previsto para 22 meses. A licitação já está na fase final, a CODESP já tem a Licença de Instalação do empreendimento que faz parte do PAC, com recursos da ordem de  R$ 200 milhões.   O projeto executivo  foi cedido à CODESP pelos principais terminais instalados nesse trecho (Terminal 12-A, Rodrimar, Rumo Logística, Cosan, Copersucar e Pérola). A intervenção se estende por trecho de 1,7 mil metros de cais, onde serão realizados serviços de reforço nas estruturas do cais, com injeção de concreto na base do cais e perfis metálicos, além da recuperação de estacas e lajes eventualmente avariadas.

As obras de construção de um novo píer com 2 berços de atracação no terminal de Granéis Líquidos da Alemoa (Tegla) é outro empreendimento previsto no PAC com recursos da ordem de R$ 70 milhões. Com início previsto pra 2014, o empreendimento teve o projeto executivo doado pela Associação Brasileira dos Terminais de Líquidos (ABTL). O processo ambiental já foi protocolado no Ibama para o respectivo licenciamento. O novo píer será implantado entre a margem e os berços 3 e 4. O cronograma prevê prazo de 22 meses. É necessário, ainda, a conclusão do Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica e a emissão da Licença Ambiental.

O Tegla passará em 2013 por serviços de recuperação nos 4 berços que compõem o terminal.  A Licença de Instalação já foi emitida e o contrato para execução dos trabalhos será assinado nos próximos dias, com expectativa de início de obras ainda em janeiro. Trata-se de mais um empreendimento previsto no PAC, estimado em R$ 38 milhões, além do gerenciamento ambiental, e prazo de execução previsto para 20 meses, em virtude das restrições operacionais para se manter o terminal em operação durante a realização das obras.

A CODESP fará também a recuperação e reforço dos 300 metros do cais da Ilha Barnabé. O projeto, doado pela empresa Ageo Copape, deve ser entregue até fevereiro próximo, restando ainda algumas sondagens sob a água para caracterização do solo na região. A obra permitirá a ampliação da profundidade de 10,5 metros para 15 metros. Até abril de 2013,  será deflagrada a licitação para contratar execução do empreendimento, estimado em R$ 52 milhões, e cronograma de execução previsto para 22 meses. A CODESP já está preparando os estudos para o licenciamento ambiental pelo Ibama.

A empresa vem promovendo ainda a recuperação e manutenção de defensas marítimas nos trechos de cais público do Porto de Santos. Os serviços no Terminal de Granéis Líquidos da Alemoa (Tegla) já foram concluídos nos píeres 3 e 4 e respectivo dolfin de amarração. Atualmente ocorre a recuperação das defensas do píer de barcaças e está prevista a conclusão dos demais trechos do terminal em 2013. No restante do cais público, 35  defensas já foram reparadas.

Sistema Viário

Com cerca de 80 por cento do cronograma financeiro cumprido, os serviços de implantação da avenida Perimetral do Guarujá, também com recursos do PAC através da SEP,  prosseguem em forte ritmo com conclusão prevista para final de abril de 2013. Em janeiro próximo, os viadutos entram em operação, “já com ganho imediato a partir da eliminação do conflito rodo-ferroviário”, destaca Vicente.

O Sistema Viário da Margem Esquerda do Porto de Santos é um corredor viário estabelecido ao longo do perímetro portuário na região entre as instalações do Terminal de Contêineres da Santos Brasil S.A. até a Dow Química S.A, numa extensão de aproximadamente  2,5 km.

O empreendimento vai racionalizar e dar fluidez de tráfego aos veículos de carga em trânsito pela região portuária, com a implantação de novo circuito de acesso e saída, eliminando-se, com o sistema de viadutos, um dos principais gargalos na região, representado pelo cruzamento em nível do atual sistema rodoferroviário.

O viaduto de acesso ao Porto direciona o fluxo  até uma rotatória de acesso aos terminais, e o de saída recebe os fluxos procedentes do viário já existente ou os veículos que deixam os pátios das empresas Santos Brasil e Localfrio. O viaduto de entrada contará com 3 faixas de rolagem e o de saída 2 faixas, ambos com recuos e defensas laterais. As estruturas foram executadas em vigas pré-moldadas apoiadas em travessas, pilares e blocos de concreto sobre estacas metálicas cravadas nos solos.

Para a  avenida Santos Dumont, o projeto prevê  o deslocamento  no sentido da lateral esquerda (bairro-centro) de modo a liberar espaço para o novo traçado. A intervenção terá início nas proximidades da rua Manuel Hipólito do Rego até a proximidade da rua Valdomiro Macário. A seção transversal será constituída de duas pistas separadas por canteiro central  com 1,50 m de largura. Cada pista comportará duas faixas de rolagem com 3,50 m cada. Do lado direito, um canteiro com 3,50 m junto à divisa da CODESP receberá os abrigos das paradas de ônibus, calçamento e equipamentos urbanos. Na lateral esquerda, canteiro de 1,50 m segregará a ciclovia com 2,50 metros de largura, das pistas destinadas ao tráfego urbano e de carga. Completando a seção, será instalado passeio público com 2 m de largura. Serão, no total, 4 pistas para o tráfego urbano e outras 5 para o tráfego portuário. O empreendimento está sendo viabilizado com recursos do PAC, através da Secretaria de Portos, da ordem de R$ 51,9 milhões.

Com a conclusão dessa primeira fase até abril, a CODESP pretende, em fevereiro, licitar o projeto básico para a segunda fase, ligando a avenida Santos Dumont à rodovia Domênico Rangoni. Para tanto, já foram efetivadas tratativas  promovendo a aprovação  de um projeto conceitual e cessão de áreas da Prefeitura Municipal do Guarujá, Dow Química, Fassina, Grieg e Cutrale, estabelecendo faixa contínua de terreno entre as duas vias. A execução do projeto executivo ocorrerá através de Regime Diferenciado de Contratação, forma de licitação onde se abre primeiro a proposta de preço, concluindo com habilitação. O empreendimento está orçado em R$ 300 milhões.

Com relação ao viário da margem direita, nos próximos dias será anunciado o vencedor da licitação para contratação da empresa que fará o projeto executivo do chamado “mergulhão”, com preço estimado de R$ 7 milhões.

O projeto contemplará duas importantes diretrizes: viabilizar o cruzamento em desnível entre os fluxos rodoviário e ferroviário existentes no local e contemplar a análise das interfaces com as áreas no entorno do empreendimento, garantindo a manutenção ininterrupta da operação do Porto e de seus acessos com a preservação dos locais de patrimônio histórico.

A passagem subterrânea é parte integrante da avenida Perimetral da Margem Direita, iniciando-se  na região do prédio da Alfândega, na avenida Perimetral Portuária, estendendo-se por, aproximadamente, 1,5 km, até a altura da rua Cristiano Otoni, interligando-se novamente ao viário existente.

Para o desenvolvimento do projeto estão previstas, em ordem prioritária de implantação, a própria passagem, que contará com 3 faixas de tráfego em cada sentido, com as respectivas alças de acesso, conexões e centro de controle operacional; a remanejamento do ramal ferroviário existente, com novo alinhamento, em via dupla, transpondo a avenida Perimetral sobre o trecho rebaixado da passagem subterrânea em desnível e a reurbanização da área de influência das obras. O empreendimento está orçado em cerca de R$ 300 milhões, também com recursos do PAC.

Completando a avenida Perimetral na região está prevista a construção de 1 quilômetro de via integrada por 4 faixas no sentido de entrada e 3 de saída, com elevação do grade, novo sistema de drenagem, sinalização e iluminação, através de doação da Brasil Terminal Portuário ( BTP), já aprovada pela diretoria executiva.

Ainda para essa região, a CODESP deflagrou em julho último licitação para contratação de projeto executivo de dois viadutos sobre o rio Saboó, destinados a ordenar o fluxo dos terminais e permitir o tráfego, de forma que as obras possam ser executadas por partes, em função das características do tráfego na região. A execução da obra está orçada em R$ 120 milhões, metade para a implantação dos viadutos e  o restante para as demais intervenções.

Antes de iniciar esta etapa, deverá ser construído um acesso provisório que permitirá desviar o fluxo dos veículos com destino aos terminais instalados a partir do Paquetá em direção à Ponta da Praia que, portanto, não demandem à região do Saboó, como forma de não prejudicar a logística de transporte das demais áreas do porto. As obras desse acesso terão início na avenida Engenheiro Augusto Barata (reta da Alemoa), estendendo-se por 822 metros, com seção de até 10,50 m, passeio e iluminação pública,  passando por trás do antigo pátio de exportação do Tecondi até que se interligue com a avenida Engenheiro Antonio Alves Freire.

A conclusão da Perimetral no Saboó depende ainda do remanejamento do pátio ferroviário ali existente. A pista da nova via ocupará a mesma caixa onde  hoje o pátio ainda está situado. A expectativa é que este ano uma área de 229 mil metros quadrados da extinta  Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA) seja definitivamente repassada à CODESP, que já detém a guarda provisória dessa instalação. O local sediará o pátio, além de um grande estacionamento de veículos destinados ao porto.

Com relação à Perimetral da Margem Direita,  o diretor também informa que o trecho compreendido entre o canal 4 e a Ponta da Praia terá o projeto executivo concluído até o final de fevereiro próximo, com previsão de licitação para contratação das obras em abril de 2013. O cronograma de execução é estimado em 18 meses, projetando a conclusão do empreendimento para o segundo trimestre de 2014.

A remodelação do viário nesse trecho envolve tratativas junto à Secretaria de Patrimônio da União (SPU), para que área antes ocupada por pátio da empresa Lloydbrati seja utilizada para implantação de viaduto em “Y”, por onde o tráfego rodoviário de cargas possa fluir sem interferência nos dois sentidos – entrada e saída dos terminais marítimos na região, transpondo as linhas férreas e a pista oposta da avenida Governador Mário Covas, conectando-se à avenida Ismael Coelho para acesso aos terminais. As linhas férreas atualmente ocupam larga faixa da avenida Ismael Coelho e serão deslocadas para junto da Perimetral.

Dragagem

Em 2012, a SEP e a CODESP deram continuidade ao programa de aprofundamento do canal de navegação e dragagens de berços e seus acessos. O diretor enfatiza o serviço executado no trecho 4, com 4,5 quilometros de enxtensão, compreendido entre o armazém 6 e a Alemoa, além de algumas áreas que apontaram certo grau de contaminação. Ainda em função do assoreamento permanente do canal, foi necessária a execução de duas campanhas de dragagem de manutenção  para restabelecimento da profundidade de 15 metros no trecho I, cuja batimetria já foi encaminhada para análise ao Centro de Hidrografia da Marinha (CHM).

No trecho II, compreendido entre a Torre Grande e o Entreposto de Pesca, com 5 quilômetros de extensão, o CHM já reconheceu profundidades mínimas de 14,5 metros, devendo ser iniciada a dragagem de manutenção para restabelecer a cota de – 15 metros.

Com relação ao trecho III, com extensão de 4 quilômetros, situado entre a Torre Grande e o armazém 6, após a derrocagem das pedras de Tefé e Itapema,  em dezembro, e a conclusão da retirada da última seção dos restos naufragados do navio Ais Giorgis, prevista para a primeira quinzena de janeiro de 2013, será finalizado os ajustes necessários para homologação da nova profundidade.

Na segunda quinzena de dezembro, foram protocolados junto ao IBAMA os estudos ambientais necessários  para liberação da dragagem de manutenção previstas para o trecho IV, o que permitirá a homologação de toda a extensão de 24,5 quilometros do canal de navegação para 15 metros.

Simultaneamente, dois contratos firmados em 2012 viabilizaram os serviços de aprofundamento e manutenção de berços de atracação e seus acessos, observando planejamento pré-estabelecido, compatibilizando os berços que dispõe de estrutura civil adequada com as novas profundidades.

Relacionado a esses  contratos para berços e acessos, foram dragados 1,818 milhão de metros cúbicos. Correspondente à dragagem de aprofundamento, o volume atingiu cerca de 2,2 milhões de metros cúbicos, sendo 1,784 milhão efetuado após o aprofundamento com recursos da CODESP. O volume geral totalizou cerca de 4 milhões de metros cúbicos, aferidos através da chamada medição “in situ”, efetuada a partir da alteração da profundidade verificada por batimetria antes e após a dragagem.

O diretor lembra que a nova tarifa do Porto de Santos prevê um gatilho para reajuste quando, num período de dois anos, os volumes dragados atinjam ou superem a marca de 8 milhões de metros cúbicos, a fim de garantir os recursos necessários para manter as novas profundidades.

Derrocagem e Ais Giorgis

Serviços complementares às obras de aprofundamento do canal de navegação, a derrocagem das pedras de Teffé e de Itapema e a retirada dos restos naufragados do navio Ais Giorgis, ambas com recursos captados pela SEP, foram praticamente concluídos em 2012, restando apenas a retirada da última seção do navio, prevista para a primeira quinzena de janeiro próximo.

A derrocagem e a retirada dos fragmentos das pedras de Teffé e Itapema foram concluídas em dezembro, sendo utilizados quase 7 mil metros cúbicos para preenchimento do canal da Mortona na Capitania dos Portos e doados cerca de 24 mil metros cúbicos para uso pelas prefeituras municipais de Santos e do Guarujá.

Meio Ambiente Garantido

Os investimentos aplicados no monitoramento das obras realizadas no Porto de Santos tiveram forte destaque em relação aos estudos e gerenciamentos inerentes aos serviços de dragagem de aprofundamento de canal, berços de atracação,acessos e pós-manutenção do canal de navegação.

“Certamente esses são os que demandam maior empenho e recursos para a obtenção das licenças e garantir a continuidade das obras”, explica Vicente,  garantindo que todos os empreendimentos implementados pela CODESP e pela SEP no Porto de Santos merecem total atenção no aspecto ambiental.

Somente as obras de aprofundamento demandaram 25 programas ambientais e as de manutenção após o aprofundamento outros 14 programas de monitoramento. “Os programas certificam que o empreendimento não provoque danos ao ambiente e a comunidade envolvida”,  garante o diretor, apontando a importância de itens como o monitoramento da área de descarte, da qualidade físico-química dos sedimentos nos trechos a serem dragados  e da qualidade eco toxicológica após a dragagem concluída.

Itatinga

Outra iniciativa de grande importância para a infraestrutura do Porto de Santos são os serviços de modernização do complexo hidrelétrico de Itatinga, responsável pela geração, em momentos de pico,  de até 95% da energia consumida pelo porto. “Trata-se da segunda grande modernização das instalações”, informa o diretor, explicando que usinas com as características das de Itatinga  demandam  são  reformas dessa dimensão a cada 50 anos. A última grande reforma ocorreu na década de 50.

Os serviços ocorrem desde 2011 e,  até agosto de 2013, a usina estará completamente modernizada,  garantindo maior confiabilidade e redução de riscos às instalações, com a instalação de avançado sistema digital de controle, supervisão e proteção.

Ainda com relação à memória tecnológica da centenária usina, o diretor destacou o potencial histórico desse patrimônio, bem como o patrimônio imobiliário constituído pela vila operária e o de aspecto ambiental da região que sedia o complexo.

Investimentos Privados

Diversos terminais portuários efetuaram investimentos neste ano. Abaixo alguns destaques:

Adonai Qumícia S.A. (Ilha do Barnabé)

Término da construção de 14 tanques na bacia 03, com capacidade de armazenamento de 630 m³ cada, totalizando o montante de 8.820 m³, e início da construção de 11 tanques na bacia 4, com capacidade de armazenamento de 1.200 m³ cada, totalizando o montante de mais 13.200 m³, e com previsão de conclusão para abril de 2013.

Ageo Trading do Brasil S/A

Construção de 24 tanques na bacia 1 (sendo 6 deles de 1.000 m³, 4 de 1.500 m³, 3 de 2.000 m³, 2 de 3.000 m³, 6 de 4.000 m³ e 3 de 5.000 m³), totalizando o montante de 63.000 m³.

Construção de 13 tanques na bacia 2 (sendo 8 de 1.000 m³; 2 de 1.500 m³; 1 de 2.000 m³; 1 de 3.000 m³; e 1 de 4.000 m³) totalizando o montante de 20.000 m³.

Construção de 08 plataformas operacionais.

Brasil Terminal Portuário S/A (BTP)

Investiu na compra de equipamentos que vão garantir agilidade ao terminal. No total foram adquiridos 8 portêineres e 26 RTG. Os portêineres têm capacidade de 65 toneladas debaixo do spreader twin lift, que são capazes de movimentar 2 contêineres de 20 pés, simultaneamente, e de 100 toneladas debaixo do gancho. O alcance da lança é de 65 metros, capaz de atender navios com 23 fileiras de contêineres de largura. Os transtêineres, responsáveis por retirar os contêineres do caminhão para o pátio têm altura de 1 sobre 5, com elevação de 18,10 metros, no total de 27,10 metros e largura de 7+1, no total de 28,25 metros e capacidade para 40 toneladas.

A BTP investiu, também, na qualificação de mão-de-obra, assinando termo de compromisso com o OGMO e o CENEP para habilitar mão-de-obra da região interessada em operar equipamentos portuários.

Considerado um dos maiores passivos ambientais do Estado de São Paulo, o terreno foi remediado e a obra recebeu em 2012 o parecer dos técnicos da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), aprovando o trabalho de remediação do solo. Segundo a BTP, durante essa etapa dos trabalhos para a remoção de material contaminado foram realizadas mais de 17.500 viagens para o aterro sanitário, transportando mais de 711 mil t retiradas da área. No total, de acordo com a BTP, foram investidos cerca de R$ 260 milhões na remediação.

Para acompanhar as águas subterrâneas, a fim de garantir a efetividade do processo de remediação, estão sendo instalados poços de monitoramento, que totalizaram mais de 50 unidades, cujos relatórios regulares serão enviados à Cetesb.

Os investimentos da BTP na construção do terminal multiuso para movimentação de contêineres e granéis líquidos, segundo a empresa, devem totalizar R$ 1,8 bilhão. A previsão é iniciar as operações no primeiro trimestre de 2013.

Caramuru

A Caramuru informa que investiu cerca de R$ 1,2 milhão na modernização de balanças e recuperação dos shiploaders neste ano.

Companhia Auxiliar de Armazéns Gerais (COPERSUCAR)

A Copersucar está demolindo o antigo armazém XXI e iniciou a reconstrução de uma nova estrutura. Essa obra se encontra em andamento. Está montando, ainda, uma nova esteira transportadora, com capacidade de expedição de 2 mil t/h, ligando o armazém XXI ao cais.

A empresa informa que, a partir da safra 2013/2014, dobrará sua capacidade de embarque anual no Porto de Santos, elevando-a para 10 milhões t. Os investimentos da Copersucar em seu terminal açucareiro somam R$ 125 milhões e em seu plano de investimentos prevê aplicar mais R$ 2 bilhões em logística até 2015.

A ampliação está sendo feita em várias frentes. Para otimizar a capacidade de recepção de açúcar está construindo uma moega rodoferroviária, estrutura adaptada para ampliar a capacidade de recepção do produto e otimizar o fluxo de armaenagem. Um armazém graneleiro está sendo erguido, paralelamente à moega, para aumentar de 110 mil t para 330 mil t a capacidade de armazenagem fixa do terminal.

Para otimizar o embarque de açúcar a Copersucar receberá um terceiro shiploader, que possibilitará o carregamento de navios maiores, ampliando a capacidade de embarque em mais 3 mil t/h, totalizando um volume de carregamento de 5,5 mil t/h. O equipamento começará a operar em janeiro de 2013.

Com isso, a partir da safra 2013/2014 a Copersucar terá capacidade mais que suficiente para escoar a produção de açúcar destinada aos mercados externos, contemplando, também, o crescimento futuro previsto para a indústria.

As obras de expansão tiveram início em junho de 2011 e a primeira fase deverá ser concluída no primeiro trimestre de 2013 e estará em operação no início da safra 2013/2014, programada para abril. O projeto de ampliação do terminal deve estar concluído em 2014.

Companhia Bandeirantes de Armazéns Gerais

A Bandeirantes está construindo um muro no lado de mar dos armazéns 22/23, para ampliação da capacidade de estocagem daquelas instalações em 30%, passando dos atuais 4 mil m² para 5,2 mil m². Estão sendo retirados, ainda, trilhos da linha férrea que passa entre os armazéns 22/23 e o VII externo. Posteriormente, o piso será reconstruído e nivelado.

Concais

O Concais está implementando um sistema de comunicação, através de fibra ótica, entre o terminal de passageiros  e os berços de atracação dos armazéns 30, 31 e 32.

Companhia Paulista de Petróleo (Copape)

A Copape está construindo um píer de atracação com um berço, além de um novo gate marítimo, de nº 28, de acesso à Ilha do Barnabé, em substituição ao antigo, que ficou na área de operação do novo píer. Além disso, está adequando seu pátio para estacionamento de caminhões.

Cosan Operadora Portuária

A Cosan demoliu instalações administrativas, oficina e centro de controle operacional, além de almoxarifado, localizados na área dos antigos armazéns 18/19, para construção das bases para a nova cobertura de navios, obra quês e encontram em andamento. Além disso, investiu em nova esteira transportadora, com capacidade de expedição de 2 mil t/h, ligando o armazém XXIII ao cais e shiploader para carregamento de navios, com capacidade para 2 mil t/h.

Deicmar

Os investimentos em infraestrutura realizados pela Deicmar em 2012 se referen a implantação de sistema de monitoramento e vigilância digital e implantação de portais para leitura automática dos caracterres dos veículos e unidades de carga, utilizando a tecnologia OCR. Segundo a empresa, o montante destes investimentos supera R$ 1 milhão.

Quanto à produtividade do terminal, subiu de 160 veículos/h em 2011 para 170 veículos/h neste ano.

Libra Terminais

A Libra informa que investiu em torno de R$ 11,8 milhões em obras de infraestrutura, equipamentos operacionais e tecnologia da informação. Destacam-se a implantação de sistemas WMS e Ris.GA, infraestrutura TI–PLTS, reparo de pátio e aquisição e posicionamento de um novo scanner para contêineres.

A empresa prevê investir em 2013 mais R$ 41,4 milhões, que incluem a implantação de Optical Character Recognition (OCR) nos gates; compra de carretas; implantação de pesagem nos RTG’s/RS’s; demolição e obras na retroárea de pátio; recapeamento do costado do Terminal 35 e a otimização do sistema SPARCS.

O índice de produtividade subiu de 39 MPH (em 2011) para 50 MPH (em 2012) e a meta é atingir 65 MPH em 2013.

Rishis

A empresa demoliu o remanescente do antigo armazém XVIII e o piso do antigo armazém XIII e construiu um novo armazém, lonado, na área dos antigos armazéns XIII e XVIII.

Rodrimar

A empresa revela que seus investimentos totalizaram cerca de R$ 945,4 mil em 2012 e o fluxo medido (t/h) variou em torno de 320 t/h por navio.

Santos Brasil

Construiu 120 metros de trilhos e uma câmera frigorifica para inspeçaão de cargas, desenvolveu projeto de automação dos Gates e fez adequações em sua nova portaria. Além disso, a Santos Brasil adquiriu 2 novos scanners e investiu na implantação do sistema OCR, em hardware, software e segurança do trabalho e meio ambiente.

Tecondi

O terminal informa que investiu cerca de R$ 38,9 milhões em 2012, na implantação de sistemas OCR; na construção e instalação de scanner no pátio 1; na ampliação do armazém localizado no pátio 2, em mais 860 m²; na construção de um armazém com 920 m²; na compra de 11 empilhadeiras, ampliação do armazém localizado no pátio 2, em 1 mil m²; além de readequação do armazém, localizado no pátio 3, de 1 mil m², para movimentação de cargas LCL.

Os índices de produtividade, em 2012, variaram de 47,7 MPH a 54,6 MPH, contra 35,3 MPH a 52,2 MPH em 2011.

Os investimentos previstos para 2013 somam R$ 152,0.

Terminal 12-A

Os investimentos incluíram a construção de um tanque de contenção dos resíduos provenientes da limpeza do armazém e de um coletor mecânica de amostras dos produtos que chegam ao terminal.

T-Grão Cargo Terminais de Granéis

O T-Grão construiu 6 silos metálicos, com capacidade para 6 mil t cada, totalizando 42 mil t; 2 silos metálicos, com capacidade para 20 mil t cada, totalizando 40 mil t; 2 tombadores para caminhões, com capacidade para 600 t/h; 1 moega para vagões, com produtos de exportação e com 90 metros de comprimento e capacidade para atender 5 vagões ao mesmo tempo. Além disso, investiu na instalação de esteiras transportadoras, com capacidade para 1 mil t/h; 5 balanças rodoviárias e 2 rodoferroviárias; um segundo sugador para descarga de trigo; 1 shiploader para carregamento de navios com produtos de exportação; bem como construção de uma segunda subestação de energia elétrica e de sistemas de automação e de aspiração em geral.

Outras realizações

O presidente Barco destaca, ainda, a implantação do Serviço de Atendimento ao Cidadão (SIC), em maio de 2012, que disponibiliza uma quantidade significativa de informações no website da CODESP. Desde então, o SIC já recebeu 118 demandas. Para uniformizar a divulgação de dados nos sítios eletrônicos das companhias docas, a SEP realizou neste mês de dezembro, no Centro de Treinamento da CODESP, o II Fórum Sobre a Lei de Acesso à Informação no Âmbito do Sistema Portuário Nacional.

Barco lembra, ainda, a realização de leilões de sucatas e inservíveis, que propiciaram uma arrecadação em torno de R$ 881,5 mil, e a implantação de novo sistema de controle patrimonial de bens da empresa e da União (móveis e utensílios, edificações e terrenos).

A CODESP vem promovendo, também, melhorias no Complexo Cultural do Porto de Santos, que recebeu, até novembro, cerca de 100 estabelecimentos de ensino e diversas comitivas, com um número estimado de 6 mil visitantes. Além disso o acervo do Museu do Porto integrou 2 exposições volantes locais e 1 interestadual. Esse acervo foi incrementado com cerca de 500 novas peças, doadas por terceiros. Ainda no âmbito social, a CODESP promoveu 9 ações de patrocínio, destacando-se a Orquestra do Porto de Santos, que promoveu diversas apresentações que provocaram manifestações de apoio de cidadãos, inclusive, através de jornais locais; o Museu Pelé e o espetáculo de artes cênicas “Medo de Escuro”.

No decorrer deste ano foram assinados 4 acordos de cooperação interportuários e instrumentos similares, com os portos de Veneza, Dandong, Barcelona e Associação de Portos da Ligúria. Além disso, foram recepcionadas 44 delegações empresariais, envolvendo 352 integrantes, das quais 31 nacionais e 13 estrangeiras, e 35 delegações governamentais nacionais e internacionais. Além disso, foram recebidos 89 grupos universitários de todo o páis, com um total de, aproximadamente, 3,5 mil estudantes.

Fonte: NetMarinha / 2/1/2013

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