31 de outubro de 2011

Brasil na rota do ensino de inglês pela internet

Regiane de Oliveira (roliveira@brasileconomico.com.br)

Rosetta Stone, mais popular empresa do ramo nos Estados Unidos, quer crescer nos emergentes

A Rosetta Stone não é uma empresa nova, especialmente se considerado que seu instrumento de trabalho é a internet - que desde os anos 1990 levantou e derrubou muitas companhias. Também não podia ser considerada propriamente nova - na época de seu descobrimento -, a Pedra de Roseta.

O bloco de granito negro achado pelos soldados do exército do general Napoleão Bonaparte, no final do século XVIII, que datava de 196 a.C., mudou os estudos sobre o Egito antigo ao ser utilizado como glossário - por conter um mesmo texto em grego, demótico e hieróglifo.

A empresa americana homônima se apropriou do poder de tradução da pedra original, com um objetivo: facilitar o ensino não só de inglês, mas de 30 idiomas.

Sem alarde, a companhia de R$ 250 milhões em faturamento já conta com cinco clientes corporativos no Brasil e metas agressivas de crescimento: chegar a 10% do mercado de ensino de idiomas do país em cinco anos. Seus principais concorrentes são a English Town e a Global English (que não tem operação exclusivamente nacional), ambas empresas que ensinam idiomas pela internet.

Trampolim

A unidade brasileira da Rosetta Stone é considerada um dos principais trampolins para os mercados emergentes, juntamente com China. A empresa também tem negócios próprios na Inglaterra, Coreia e Japão.

"Por ser uma operação on-line, atuamos em 150 países. Mas a chegada ao Brasil faz parte do plano de internacionalização da empresa, iniciado em 2010", conta Giovanni Peduto, gerente do grupo no país.

Sem milagre

O foco da Rosetta Stone é alcançar pessoas que precisam aprender outro idioma por questões profissionais e não podem perder dois, três anos na sala de aula. E o método desenvolvido há vinte anos, ainda é inovador: "Simulamos a forma mais fácil de aprender o idioma, a imersão", conta Peduto.

O executivo, que é advogado de formação, mas tem carreira na área educacional, garante que já testou o método. Aliás, ele não foi contratado à toa. Fala inglês, alemão, espanhol e agora está aperfeiçoando seu italiano, idioma de seu pai, pelo método da Rosetta.

Sem apelar para milagres, a empresa afirma que seu desafio é conseguir que alguém que não tenha conhecimento nenhum de determinada língua, o inglês, por exemplo, seja capaz de atingir um nível de comunicação intermediário em um ano de estudos. Claro que vale a dedicação do aluno.

"Com 30 minutos de estudos por dia, mais as aulas com professores nativos, o aluno pode chegar ao intermediário em seis, sete meses", diz Peduto, que garante estar ciente de que o modelo ideal de estudos diário é muito difícil nos dias de hoje. "Por isso, trabalhamos com modelos muito flexíveis, o aluno pode estudar 24h e de onde preferir."

Fonte: Brasil Econômico - 31/10/2011

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