O Brasil é o segundo país "mais dinâmico" em telecomunicações, o quarto que mais receita recebe no mercado dos serviços do setor e o que mais progrediu no ano passado, segundo o relatório "Medindo a Sociedade de Informação", realizado pela UIT (União Internacional das Telecomunicações) e divulgado nesta quinta-feira (11).
O estudo analisa o desenvolvimento das telecomunicações em 155 países levando em conta não só a presença do setor na sociedade, mas o progresso anual, o peso na economia, as receitas obtidas e uma série de outras relações.
O Brasil ocupa apenas a 60ª posição no ranking geral, mas o país subiu sete pontos entre 2010 e 2011.
O país recebeu o título de segundo "mais dinâmico" do mundo por sua capacidade de ampliar e atualizar sua rede de telecomunicações. No quesito, o primeiro colocado é o Cazaquistão.
Em relação às receitas pelos serviços de telecomunicação, o Brasil ocupa o quarto lugar, atrás apenas de Estados Unidos, Japão e China. Segundo a UIT, as receita globais dos serviços de telecomunicações alcançaram US$ 1,5 trilhão em 2010 --2,4% do PIB (Produto Interno Bruto) mundial.
Em 2010 as exportações totais das TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação) representaram 12% do comércio mundial de mercadorias --20% nos países em desenvolvimento.
A lista geral de países onde o mercado das telecomunicações está mais desenvolvido é liderada, pelo terceiro ano consecutivo, pela Coreia do Sul. Completam as dez primeiras posições Suécia, Dinamarca, Islândia, Finlândia, Holanda, Luxemburgo, Japão, Reino Unido (pela primeira vez entre os dez primeiros) e Suíça.
TELEFONE E INTERNET MAIS BARATOS
Segundo o estudo da UIT, o setor das telecomunicações "continua crescendo encorajado pela contínua queda dos preços dos serviços telefônicos e de banda larga de internet".
Combinando o preço das linhas telefônicas fixas e móveis e dos serviços de internet de banda larga, o preço global das TIC caiu 30% entre 2008 e 2011. A maior queda de preço foi relacionada aos serviços de banda larga de internet: 75% no período.
"Enquanto os preços nas economias desenvolvidas tiveram uma estabilização, os países em desenvolvimento continuam reduzindo seus custos em dois dígitos", aponta o relatório.
"Apesar disso, os serviços de banda larga ainda são caros nos países em desenvolvimento: no final de 2011, o preço mensal de um pacote de banda larga representava mais de 40% da renda mensal per capita."
Fonte: Folha / 11/10/2012