Fonte: A Tribuna On-line - 9/4/2015 - 10h34 - Atualizado em 9/4/2015 - 10h54
# Combate ao incêndio nos tanques de combustíveis da Ultracargo, na Alemoa, em Santos, está no oitavo dia
Depois de passar a madrugada resfriando os tanques, bombeiros e brigadistas voltaram a combater diretamente o fogo, no incêndio da Ultracargo, na Alemoa, em Santos, na manhã desta quinta-feira (9). Já são 168 horas de combate às chamas.
Quando água e espuma são jogadas diretamente nos focos de incêndio, o fogo baixa e a fumaça diminui bastante. De manhã, houve um aumento considerável das labaredas por conta de vazamentos em um reservatório de álcool anidro. Informações extraoficiais apontam que as chamas chegaram a atingir um segundo tonel.
Mesmo com a diminuição do fogo, não é possível afirmar que o incêndio acabou, porque, como aconteceu na tarde de quarta-feira (8), as chamas podem voltar depois de terem sido apagadas. Há fissuras nos tanques, e os gases em suspensão e o líquido podem incendiar novamente com o calor do local.
Uma equipe de uma empresa dos Estados Unidos, especializada em combate a incêndios dessa natureza, está a caminho da região para ajudar nos trabalhos. E cerca de 500 mil litros de Líquido Gerador de Espuma (LGE) serão enviados para o controle das chamas.
Na noite desta quarta-feira, o incêndio estava concentrado em um tanque de gasolina. Os Bombeiros continuavam o trabalho de resfriamento dos reservatórios com a água bombeada do mar, para o fogo não se alastrar a outros, e esperavam o melhor momento para aplicar as três espumas especiais – LGE, F500 e cold fire – na tentativa de apagar as chamas.
"Há um imenso suporte logístico dado pela Prefeitura e pelas empresas do Plano de Auxílio Mútuo, com fornecimento de água, alimentos e materiais de trabalhos. Tudo está sendo feito adequadamente para que o trabalho de combate ao incêndio funcione da melhor maneira", ressaltou o chefe da Defesa Civil de Santos, Daniel Onias Nossa.
Meio Ambiente
O Ibama afirmou que todas as providências foram tomadas pelas autoridades responsáveis para que o impacto ambiental fosse o menor possível. "Fizemos um sobrevoo e constatamos que não houve mais mortes de peixes. Também fomos atendidos com relação ao pedido que fizemos quanto ao uso de caminhões vácuo, para retirar o resíduos líquidos em volta dos tanques e encaminhando para cilindros, para que fosse feita a contenção da área", afirma Ana Angélica Alabarce, analista ambiental do instituto.
Fumaça do incêndio na Alemoa cobriu o céu da Cidade de Santos no início da manhã desta quinta-feira
Margem direita do Porto fechada
Por determinação do Gabinete de Gestão de Crise, criado para discutir medidas relativas ao incêndio em Santos, os caminhões continuam proibidos de acessar a margem direita do Porto.
A medida tem o objetivo evitar congestionamentos na entrada da cidade enquanto as equipes ainda trabalham no combate ao incêndio em tanques no bairro Alemoa. O acesso à margem esquerda, feito pela rodovia Cônego Domênico Rangoni, está liberado. O tráfego de veículos de passeio e ônibus na entrada de Santos segue normalmente.