15 de setembro de 2015

Segurança cibernética na ACS - Ataques a computadores e a sistemas na América Latina cresceram 500% em um ano

Segurança cibernética na ACS - Ataques a computadores e a sistemas na América Latina cresceram 500% em um ano

O dado foi apresentado nesta segunda-feira (14) durante evento na Associação Comercial de Santos


Os ataques a computadores e a sistemas na América Latina cresceram 500% em um ano. Os prejuízos das empresas que, em 2014, sofreram roubos e fraudes eletrônicas chegaram a 0,32% do PIB (Produto Interno Bruto Nacional). Os dados foram debatidos nesta segunda-feira (14), durante o evento Segurança Cibernética – riscos e ameaças, realizado na Associação Comercial de Santos (ACS).

No total, 85 pessoas, entre associados, convidados e palestrantes, participaram das palestras. O presidente da ACS, Roberto Clemente Santini, esteve da abertura e ressaltou a importância do debate com especialistas, para difundir questões como: “quanto os sistemas estão adequados para proteger empresas e pessoas de invasões virtuais?”.

“Será que as técnicas e sistemas tradicionais são adequados para nos proteger de ataques cibernéticos? Com certeza, é um encontro extremamente positivo e útil”.

Também participaram os diretores da ACS Martin Alexandre Aron, Edison da Silva Monteiro e Vicente do Valle, além do diretor executivo, Marcio Calves.

A primeira palestra foi ministrada pelo comandante da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea do Exército, General João Chalella Júnior. Segundo ele, os perigos digitais rodeiam tanto as pessoas quanto as empresas diariamente. Por isso, é tão importante sensibilizar autoridades e o público em geral, para que medidas sejam tomadas para evitar essas invasões.

“Elas (as ameaças) entram nas nossas casas pelo computador, pelo celular, de diversas maneiras. Por isso é indispensável que nos preocupemos com esse tipo de questão. A rotina de uma empresa, ou das forças armadas, tem que estar voltada para a segurança. Não existe sistema seguro. A segurança é a prevenção. A defesa cibernética é o equilíbrio daquilo que eu necessito e o valor daquilo que eu tenho pra defender”.

Na sequência, o coronel Marques Pinto, subchefe do Comando de Defesa Cibernética do Exército Brasileiro, apresentou o painel “Uma visão das ameaças cibernéticas na infraestrutura sensível do País” e exibiu aos participantes o funcionamento da Política Cibernética de Defesa. Ele aproveitou para destacar que o investimento principal deve ser feito no ser humano, e não nas máquinas. “Se a gente não sensibilizar o profissional sobre a importância da segurança da informação, não adianta nada colocar sistemas seguros, caríssimos, utilizar senhas fortíssimas, porque nada disso vai adiantar”.

O terceiro painel foi apresentado pelo diretor executivo da empresa Cybershield, Luiz Silva, que divulgou números alarmantes em relação aos ataques. “Os ataques a computadores e a sistemas na América Latina cresceram 500% em um ano. Os prejuízos das empresas que, em 2014, sofreram roubos e fraudes eletrônicas chegaram a 0,32% do PIB (Produto Interno Bruto Nacional). É muita coisa. A situação é alarmante. 62% dos funcionários demitidos roubam informações da empresa. Têm que existir normas e procedimentos para evitar isso. Qualquer empresa pode ser um alvo não só as grandes corporações. Até pessoas estão expostas”.

Para o perito chefe do setor de TI da Superintendência da Polícia Federal de SP, Ismael Cabral Menezes, entre as medidas mais importantes que devem ser tomadas estão a busca por tecnologias novas e, principalmente, a valorização do fator humano. “Treinamento, capacitação e mudança de cultura organizacional são os pontos essenciais. Enquanto isso não acontece, dificilmente a tecnologia vai suprir essa falha humana”.

No encerramento, o professor Édison Monteiro – diretor regional da Unip, e também diretor da ACS, falou sobre a preocupação das instituições de ensino com o tema. “A Unip assinou uma parceria com o exército brasileiro para apresentar o simulador que o exército hoje utiliza em termos de defesa e ataque. Nós nos comprometemos a criar cenários, principalmente nos cursos de pós-graduação, para que esses cenários possam ser utilizados como testes, no simulador que hoje existe”.

Ao final, ele apresentou o curso Defesa Cibernética Ativa, com duração de um mês, que será iniciado nas próximas semanas na Unip. “O aluno viverá situações reais sobre ataques e aprenderá como se defender desse tipo de risco”.

O evento foi uma realização da ACS, em parceria com a ABTRA, ABTTC, ANSP, CYBERSHIELD, REDBELT, SINDAMAR, SOPESP e UNIP.

 

LEIA NA ÍNTEGRA O DISCUSO DE ABERTURA DO PRESIDENTE DA ACS

“Senhoras e senhores,

Diretores e integrantes do nosso Conselho Fiscal. Sejam bem-vindos!

Para nós, é uma grande alegria observar esse auditório completamente lotado. Uma das prioridades da nossa diretoria é justamente consolidar ainda mais a ACS como um Centro de Debates das grandes questões.

Com certeza, o tema desse nosso encontro de hoje chamou a atenção de todos de pronto: “Segurança Cibernética – Riscos e Ameaças”.

Vivemos a era da tecnologia, que evolui cada vez mais numa velocidade incrível. Esse ambiente tecnológico é extremamente positivo, tanto no ponto de vista pessoal como empresarial.

A grande questão, porém, é se também vivemos um ambiente plenamente seguro. Será que as técnicas e sistemas tradicionais são adequados para nos proteger de ataques cibernéticos?

Por isso, senhoras e senhores, a diretoria acolheu de pronto a proposta de nosso diretor, Edison Monteiro, de realizar esse programa de palestras.

Com certeza, será um encontro extremamente positivo e útil. Teremos a partir de agora a palavra de grandes especialistas.

Para encerrar, vale ressaltar que essa iniciativa é uma ação conjunta da ACS com ABTRA, ANSP, RedBelt, Cyber Shield, Exército Brasileiro, Polícia Federal, Sindamar, Sopesp e UNIP.

Muito obrigado”.

 

 

 

 


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