Nesta quarta-feira, 21 de agosto, aconteceu a reunião mensal conjunta das Câmaras Setoriais de Cooperativas de Café, dos Exportadores de Café e de Café Solúvel da Associação Comercial de Santos (ACS). O encontro foi conduzido pelo Coordenador das Câmaras, Ronald Moraes, e contou com a participação da meteorologista do Climatempo, Dayane Figueiredo, e do Diretor Executivo da ACS, Adalto Correa.

Dayane Figueiredo trouxe informações atualizadas sobre o clima, destacando que o fenômeno El Niño está perdendo força no Brasil. Ela também alertou para uma previsão de frio intenso na região Sul do país durante o mês de setembro, o que pode impactar a produção agrícola, incluindo a de café.

Durante a reunião, Adalto Correa compartilhou dados relevantes sobre o impacto do XXIV Seminário Internacional do Café, que contou com uma expressiva participação de pessoas oriundas da Suíça e dos Estados Unidos. Ele enfatizou a importância da presença do café brasileiro nesses mercados e informou sobre as ações em andamento para descarbonizar as 414 toneladas de CO2 geradas pelo evento. Para isso, a ACS firmou uma parceria com a Ineer Energia, que fornecerá energia limpa como parte do processo de neutralização das emissões do seminário. "Nossa ideia é criar uma rede do bem entre nossos associados e parceiros. Todos os associados podem e devem fazer parte dessa iniciativa," destacou Adalto.

Adalto ainda lembrou que, entre os dias 10 e 15 de setembro, a ACS promoverá a certificação Q-Grader, voltada ao desenvolvimento de provadores de café. Esta certificação é essencial para identificar notas sensoriais, defeitos e a pontuação de cafés conforme os padrões internacionais da Specialty Coffee Association (SCA).

O Coordenador Ronald Moraes também trouxe novidades importantes sobre as negociações entre o Ministério da Agricultura e Pecuária e o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) para a possível aceitação de cópias de documentos de embarque antes da emissão do Bill of Lading (BL). Essa medida visa reduzir o tempo de espera das cargas nos portos, especialmente em destinos como Turquia, Malásia e Marrocos, onde o cumprimento de prazos fitossanitários é rigoroso.