Fonte: Assessoria ACS e Fernanda Balbino
Durante participação, Mauro Sammarco destacou a maturidade do setor portuário e o bom momento para a solução de gargalos através de parcerias entre governo e iniciativa privada.
Garantir infraestrutura aquaviária e preparar o Porto de Santos para os próximos anos são prioridades para todos os envolvidos na atividade portuária, segundo o presidente da ACS, Mauro Sammarco. O executivo defende a participação do mercado na solução de problemas históricos do cais santista, como a dragagem, questão comum a todos os envolvidos nas operações.
Sammarco participou do painel “Modelo de gestão para o futuro do Porto de Santos”, que encerrou o Santos Export, Fórum Regional de Logística, Infraestrutura e Transportes, nesta terça-feira (16). Nele, as discussões giraram em torno da definição de um modelo condominial para a gestão da dragagem do cais santista.
A ideia, defendida pelo secretário nacional de Portos e Aquaviários Fabrizio Pierdomenico, ainda desperta dúvidas no diretor-presidente da Autoridade Portuária de Santos (APS) Anderson Pomini. “Confesso que neste momento vejo uma dificuldade jurídica para contemplar o interesse de 50 operadores portuários. Quero deixar claro que não sou contra, só acho que não encontramos uma modelagem adequada que atenda a todos esses interesses. Já alertei o secretário sobre minhas ponderações, e o ministro Márcio (França) compartilha essas preocupações”, afirmou o advogado responsável pela administração do cais santista.
Apesar das ponderações, Pomini se colocou aberto ao diálogo com a iniciativa privada o que, para Sammarco, é uma boa notícia. “Temos um mercado maduro. As instituições são sólidas e tem larga experiência. A gente tem total condições de sentar, definir pautas em comum e apresentar os projetos para avançar na dragagem e nas questões estratégicas do Porto”, afirmou o presidente da ACS.
Sammarco também defende um planejamento ainda maior. E, além das questões de infraestrutura, contemplando o perfil da carga, da produção brasileira e do mercado internacional. Tudo com o objetivo de manter o Porto de Santos no protagonismo do comércio marítimo brasileiro.
“Condomínio, na verdade, é uma questão muito mais ampla. Existe a questão pontual, obviamente, da dragagem, que nós discutimos desde o primeiro Santos Export. Mas devemos discutir políticas de longo prazo, aumento de capacidade, o que vai ser o Porto de Santos daqui há 20, 30 anos, e como vamos nos preparar para não perder carga, não perder receita, trazer novas mercadorias em substituição as que eventualmente vão sair por questões de mudança de planejamento do País, da infraestrutura”, destacou.