Fonte: Departamento de Comunicação da ACS
O quarto candidato à Prefeitura de Santos a participar do ciclo de palestras que a Associação dos Empresários da Construção Civil da Baixada Santista (Assecob), o Grupo Tribuna e a Associação Comercial de Santos (ACS) promovem com os candidatos à Prefeitura de Santos foi Marcelo Coelho, do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB).
O candidato abriu sua apresentação falando sobre a parábola do rato e a ratoeira. "Fui criado dentro de um grupo de escoteiro e sempre prezo a honestidade. Nesta parábola, a história é que um rato mora em uma fazenda e vê que dentro do local há uma ratoeira. Preocupado, pede ajuda à galinha, ao porco e à vaca. E, todos dizem que não podem fazer nada por ele”.
“Num certo dia, a ratoeira prendeu uma cobra. A dona da fazenda foi tentar tirar o animal, foi picada e ficou doente. Todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja de galinha. O fazendeiro foi lá e matou o animal. Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos foram visitá-la. Para alimentá-los, o fazendeiro matou o porco. Dia depois a mulher faleceu e para alimentar todos que foram ao velório, a vaca foi morta. Ou seja, moral da história, o problema de um é o problema de todos".
Coelho falou da parábola para comparar a situação em que Santos se encontra. . "Eu vejo uma cidade onde as pessoas que estão do outro lado, no morro ou na Zona Noroeste estão em áreas degradadas e abandonadas. Precisamos tratar a cidade como uma fazenda. O problema é nosso. A cidade é uma só. Precisamos cuidar dessa outra parte da cidade que está abandonada pela administração”.
Entre os temas apresentados, Coelho criticou a saúde santista e as organizações Sociais(OSs). "Hoje, Santos é o polo que atende outras cidades da Baixada Santista. Mas, isso não pode ser uma justificativa para uma espera de seis meses para realizar um exame. Ou ficar três ou quatro horas dentro de uma unidade de saúde. As pessoas morrem nessa fila. Quero trazer a excelência para a saúde. Precisamos de contratos com as OSs feitos responsabilidade e honestidade. Em primeiro lugar, é preciso fazer um levantamento dessas organizações para saber o resultado que elas trazem para a saúde. Deixar o que está funcionando e limpar tudo o que é desnecessário. Quero rever todos esses contratos. Essa é minha prioridade".
Com relação à educação, Coelho disse que este ano foi perdido por conta da pandemia. "As crianças ficaram em casa. Os professores tiveram que se adaptar e trocaram o pneu com o carro andando. Mas, apesar dessa situação, não podemos deixar de planejar o próximo ano. A gente precisa de infraestrutura e levar sinal da internet para as crianças carentes. Além disso, é necessário criar um sistema de ensino diferente. Atualmente, a criança e o jovem não têm mais interesse de ir à escola. Não adianta deixar a criança em período integral e não apresentar conteúdo".
Sobre o Porto, Coelho disse que é preciso a participação da prefeitura e da sociedade no cais santista. "O Conselho de Autoridade Portuária(CAP) é meramente consultivo. Isso quer dizer, que as instituições da cidade não têm a mínima autonomia no setor portuário. O CAP precisa voltar a ser um conselho deliberativo. Nós precisamos participar e ter voz nesse conselho. Aí sim, teremos o porto integrado com a cidade".
Outro ponto levantado pelo candidato foi a má qualidade do transporte de ônibus na cidade. "O transporte de Santos é cabine de ônibus com estrutura de caminhão. Por que os ônibus de viagem são tão confortáveis e os de transporte coletivo são tão duros? Porque as estruturas são de caminhão. Precisamos, em primeiro lugar, melhorar a qualidade do transporte. A descentralização e a livre concorrência para fracionar as linhas seriam uma solução. Quando abrimos concorrência, aumentamos a qualidade do serviço oferecido".
A questão dos atrasos nas linhas de ônibus também foi abordada. "Quero colocar o Hora Certa na Cidade. Morei na Holanda e se você pegasse um ônibus às 16h23, às 16h22 ele não está, e às 16h24 já foi embora. Tem que ser algo rigoroso. Terceirizou o serviço, a questão é fiscalizar, cobrar e punir. É assim que se resolve".
Para Coelho, se não há recurso dentro da Cidade não é possível oferecer emprego. "A Cidade tem uma vocação para turismo que não é utilizada. O Centro de Santos é um cenário ideal para ser revertido em um grande parque temático relembrando os anos 20 e 30. O cenário já está pronto. Este tipo de dispositivo de turismo é uma possibilidade de emprego. A gente precisa proteger o que tem. Além de não estar gerando empregos, estamos perdendo o que ainda nos resta”.
> Confira a apresentação do candidato