03 de março de 2015

Secretaria Municipal de Segurança apresenta proposta de câmeras para ampliar segurança nas universidades, em reunião na Associação Comercial de Santos

Secretaria Municipal de Segurança apresenta proposta de câmeras para ampliar segurança nas universidades, em reunião na Associação Comercial de Santos

O secretário municipal de Segurança, Sérgio Del Bel Júnior, apresentou a proposta de instalação de câmeras nas universidades da cidade, para ampliar a vigilância eletrônica - que já existe nas instituições universitárias.

A exposição foi feita em reunião da Câmara Setorial de Instituições de Ensino da Associação Comercial de Santos (ACS), realizada na manhã desta terça-feira, 3 de março de 2015, na Rua XV de Novembro, 137 - 1.º andar, no Centro Histórico.

Além do secretário municipal de Segurança, o encontro contou com a participação de representante do 6.º Batalhão de Polícia Militar do Interior (6.º BPMI) e do delegado seccional de Polícia de Santos, Luiz Eduardo Fiore Maia, de representante da Câmara Municipal e de reitores e gestores de universidantes integrantes da Câmara de Ensino da ACS, que é coordenada por Edison Monteiro. O diretor executivo da Associação Comercial de Santos, Marcio Calves, também participou.

Sérgio Del Bel, que já foi comandante do 6.º BPMI, antecipou que o custo das câmeras é elevado. A proposta de 23 câmeras dome e 16 fixas para os 9 complexos universitários de Santos abrange investimentos de R$ 1,8 milhão. "A câmera em si não é o maior custo", alertou Del Bel. "Há custos de cabeamento, de instalação de postos de controle operacional e, principalmente, do software. Para cada R$ 1,00 investido em câmera, serão necessários R$ 4,00 para manter o sistema".

Del Bel adiantou que as câmeras dome fazem monitoramento de um ambiente em 360 graus, além de contarem com zoom que permite avistar um alvo a 800 metros de distância.

As universidades precisam avaliar se pretendem instalar as câmeras em todos os seus prédios ou se escolhem edifícios prioritários.

As instituições envolvidas são a Universidade Santa Cecília (Unisanta), Universidade Paulista (Unip), Universidade Católica de Santos (UniSantos), Universidade Metropolitana de Santos (Unimes), Centro Universitário Monte Serrat (Unimonte), Centro Universitário Lusíada (Unilus), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Universidade de São Paulo (USP) e Esamc.

O coordenador da Câmara de Ensino da Associação Comercial disse que todas as universidades da cidade estão mobilizadas no sentido de ampliar as providências de segurança dos alunos e professores. "Queremos convidar o presidente da Câmara Municipal de Santos, Marcus de Rosis, para propor legislação específica sobre segurança", afirmou Monteiro, antecipando que o convite será devidamente formalizado.

REGISTRO MINUCIOSO

O representante da Polícia Militar disse que, em qualquer ocorrência, é importante que a vítima memorize detalhes vitais para identificar o criminoso, como tatuagens, sinais e marcas. Ele afirmou que é normal um assaltante ser descrito como vestindo calça jeans, camiseta branca e boné, trajes bastante comuns, que dificultam a identificação.

O delegado Luiz Maia declarou que, para facilitar investigações no âmbito da Polícia Civil, o Boletim de Ocorrência (B.O.) pode omitir o nome e endereço da vítima, bem como outras informações que se tornam privativas dos policiais, para garantir que o caso seja devidamente desvendado.

CRIME

Em vista do assassinato do jovem Matheus Demetrio, de 19 anos, no dia 3 de fevereiro de 2015, na esquina do local onde estudava, a Unisanta, no Boqueirão, em Santos, foi definida uma força-tarefa para garantir maior segurança nas instituições universitárias de Santos.

O secretário municipal de Segurança garantiu na reunião da Câmara Setorial de Instituições de Ensino da Associação Comercial de Santos que a força-tarefa continuará a atuar, não será desmobilizada. "A força-tarefa não é temporária, vai continuar", assegurou. "Pelo contrário, vai aumentar. Na próxima semana, a Guarda Municipal deverá ter mais 150 guardas, que agirão na vigilância das ruas, não apenas para preservar bens públicos do município. E também, em dois ou três meses, receberemos 7 viaturas, para patrulhamento".

Del Bel acrescentou ainda que a expectativa é que a atividade delegada, que permite que policiais militares atuem nas horas de folga em atividades de segurança dos municípios conveniados, duplique o número de PMs, de 40 para 80. "Já iniciamos os procedimentos, solicitando o reforço do contingente para a Polícia Militar do Estado de São Paulo".



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