Fonte: Departamento de Comunicação
A transformação digital na educação foi o tema discutido na videoconferência da Câmara das Instituições de Ensino da Associação Comercial de Santos (ACS). A reunião foi realizada na manhã desta quarta-feira (04).
"A pandemia fez com que muitas universidades se adaptassem às pressas. Mas, precisamos admitir que não há sucesso com as aulas remotas, se simplesmente transpormos o ensino presencial para o remoto". A reflexão foi da professora da Strong, Claudia Maria Sodero Salles.
Claudia explicou aos integrantes da Câmara que o termo transformação digital vai muito além de implantar ferramentas tecnológicas. “É preciso mudar a forma de ensinar e a maneira dos alunos aprenderem. Os estudantes precisam cada vez mais de autonomia. Na semana da tecnologia, vi um garoto de 14 anos falando sobre robótica e como o jovem tem que se preparar para esse mundo”.
A professora também pontuou que atualmente o aluno é muito passivo no sistema que é oferecido. “Os estudantes precisam ser mais ativos. Vimos um levantamento que 66% dos alunos estão insatisfeitos com as aulas assíncronas (que não precisam ser acompanhadas em tempo real) e 79% com as aulas síncronas ( tempo real). É um número alto”.
Para resolver esta questão, a professora sugere que é preciso mudar a forma de ensinar e ser mais interativo. “Com meus alunos de tecnologia, todo final de aula, desenvolvo tipo um “Quis”. Eles têm 15 segundos para responder cada questão. Quanto mais rápido eles responderem, maior será a pontuação. No caso de errarem a questão, vou aprofundar mais sobre o assunto e tirar as dúvidas”.
Cenário do estudo em superior em 2020
Dados do Semesp mostram que a taxa de inadimplência nas instituições privadas de ensino superior ficou em 26,3% em abril – aumento de 72,4% se comparado com o mesmo mês do ano passado. Já a evasão escolar aumentou 32,5% entre os meses de abril e maio comparado ao ano passado. .
“Para que os alunos acompanhem essa transformação digital é preciso que eles tenham uma mudança de mentalidade. Não adianta colocar computador, lousas digitais, capacitar professores, se o aluno não se comprometer a mudar sua forma de estudo”, concluiu a professora.