Fonte: Departamento de Comunicação da ACS / A Tribuna
O último dia do II Congresso Paulista de Direito Marítimo e Portuário, realizado pelo Grupo Tribuna, no auditório da Associação Comercial de Santos, ocorreu nesta quarta-feira (18), e contou com uma palestra e três paineis.
Impactos da pandemia na navegação e novas convenções IMO, Covid-19 e cyber risks no contexto de P&I Clubs, a nova cabotagem brasileira e mudanças no transporte marítimo de petróleo, seus derivados, gás natural e biocombustíveis: a Resolução nº 811/20 da ANP foram os temas abordados hoje.
O presidente da Associação Comercial de Santos (ACS) e diretor administrativo da Brazil P&I participou como debatedor do painel ”Covid-19 e cyber risks no contexto de P&I Clubs”.
O tema foi apresentado virtualmente pela executiva de reivindicações no Shipowners’ Club (Clube dos Armadores), Giselle Villanueva, e teve como outro debatedor Mauro Sammarco, diretor administrativo da Brazil P&I e presidente da Associação Comercial de Santos (ACS), que sediou o evento, uma iniciativa da Associação Brasileira de Direito Marítimo (ABDM), com realização do Grupo Tribuna.
Em sua apresentação, no último dia do congresso, Giselle destacou os principais motivos que permitem os cyber attacks: Erro humano, engenharia social (frauds para conseguir informações e aplicar golpes),sistemas sem patches (que garantem maior segurança à rede) e através das mídias sociais.
“O erro humano é o mais cometido”, disse Giselle, ao eleger a situação mais comum a permitir os cyber attacks. “Acredito que erros humanos também são os mais difíceis de minimizar (as ocorrências) e mitigar (os impactos)”. Ao mesmo tempo, a executiva ressalta que os ataques “são uma realidade diante da velocidade com que a tecnológica avança, “mas acompanhamos e buscamos tomar a frente para lidar com isso”.
Uma das medidas para evitá-los, portanto, segundo Giselle, é “continuar educando e fazer com que (os profissionais) se questionem sobre os alertas, por exemplo, se perguntar antes de clicar, se aquele e-mail é genuíno”. Cabral complementa: “O erro humano é responsável por 98% (dos problemas nesse sentido)”.
Sammarco ressalta que o Brasil dispõe de boa legislação sobre o tema, assim como uma linha de investigações consistente. “Acredito que estamos resguardados sobre riscos, mas as empresas devem investir educação para evitar os erros humanos. Também devem investir em empresas especializadas em sistemas que protejam acessos e dados”.
O diretor administrativo Representações Proinde, Carlos Augusto Cabral, disse que é preciso ficar em alerta. “Não estamos livres ou isentos. Temos que ser vigilantes e estar preparados para, se isso acontecer, ficar resguardados e controlar a situação”, disse.
Atenção
Sammarco destacou que as informações e transações estão na palma da mão, ao toque do celular, e que o setor portuário lida com o envio de muitos documentos. Ele citou o recém lançado sistema que blockchain, que vai conectar as aduanas do Mercosul com o objetivo de aumentar o fluxo de informações trocadas entre os portos, bem como dar celeridade às transações. “Temos que redobrar a atenção para evitar problemas”.
A tecnologia a que se refere ainda engatinha na América do Sul, mas como já citado vai permitir conectar as aduanas de Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. O Blockchain, a princípio, foi desenvolvido para oferecer segurança às transações de criptomoedas. A cada operação ele gera um arquivo e um hash (algoritmo que mapeia os dados e garantem que não foram violados).
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