O Conselho Municipal de Segurança (Consem) de Santos debateu, nesta quarta-feira, 8 de agosto de 2012, medidas para enfrentar e evitar o consumo de álcool e drogas por jovens na Orla da praia de Santos aos finais de semana.

A reunião, comandada pelo secretário municipal de segurança e presidente do Consem, Cláudio Marques Trovão, teve a presença do secretário municipal de Defesa e Cidadania de Santos, Paulo Murat, representantes da Polícia Militar, advogados, entre outros.

A pauta, sugerida por Trovão, foi a prevenção e o combate ao uso de álcool e drogas por jovens e adolescentes nas vias públicas de Santos aos finais de semana. Segundo ele, a urgência em tratar do assunto surgiu a partir de episódios recentes que envolveram aproximadamente mil jovens. “Há quatro finais de semana, jovens têm se reunido na Fonte do Sapo para promover o que chamam de Luau. O problema é que eles consomem álcool e maconha de forma indiscriminada e acabam provocando vandalismo em estabelecimentos comerciais e condomínios próximos”, explica o secretário.

A partir dos fatos registrados tanto pela Polícia Militar, como denunciados por moradores da região, o Consem debateu formas de abordar os jovens que se envolvem com esses eventos para evitar que eles se exponham em situações de risco, como prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA. “O jovem que faz uso dessas substâncias está em estado de risco, podemos fazer um boletim de ocorrência, levá-los aos pais, encaminhar para a promotoria. Mas não temos como fazer isso com todos, são muitos, não daríamos conta de repreender toda a multidão”.

A forma como os jovens são tratados nas abordagens foi ressaltada pelo secretário municipal de Defesa e Cidadania de Santos, Paulo Murat. “Se a polícia não aborda é chamada de omissa, se aborda é chamada de violenta. Uma simples tentativa de tentar conter o vandalismo e o uso indiscriminado de substâncias pode gerar conflito, e é justamente isso que pretendemos evitar”, afirma Murat.

Entre as sugestões de medidas a serem tomadas estavam a implantação de câmeras nos locais onde há esse tipo de encontro, monitorar a organização dos mesmos pelas redes sociais e mobilizar os pais. “Como os pais não percebem que o filho chega em casa com a roupa cheirando a álcool, cigarro ou maconha? Todas essas substâncias deixam cheiro no hálito e nas roupas. O comportamento também é fácil de identificar, os pais precisam saber do que se passa com seus filhos, se eles mentem que vão dormir na casa de um amigo e vão para esses lugares”, comentou Murat.

Ao fim do encontro, decidiu-se que em breve haverá uma reunião Extraordinária, envolvendo outros conselhos da cidade, principalmente o da juventude, com a finalidade de ouvir os jovens e buscar soluções conjuntas. “Teremos um encontro com outros conselhos, vamos debater a questão e chegar na raiz dela, a intenção é proteger o jovem”, conclui Cláudio Marques Trovão.