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Site NetMarinha, 7/2/2012, terça-feira, coluna Sergio Barreto Motta
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O porto de Sepetiba, no Rio, mudou o nome para Itaguaí, há alguns anos. Mas o terminal de containeres continua como Sepetiba Tecon. E, dia 13, o diretor do terminal, Marcelo Procópio, fará apresentação na Associação Comercial de Santos (SP), para se mostrar como opção a exportadores de café. Supõe-se que as tarifas sejam inferiores às de Santos, para compensar o gasto extra em transporte. O Sepetiba Tecon tem 5 mil metros quadrados de área coberta para operações de café, armazém com capacidade para 60 mil sacas e nove silos com capacidade para 3.240 sacas. O terminal conta ainda com mesa para mistura (blendagem) computadorizada, com possibilidade de operar com até dez tipos de café e capacidade de carregamento de 60 containeres por dia.
Itaguaí é um porto excepcional, mas sofre de alguns problemas, sendo o principal deles que o poderio industrial-agrícola do Estado de São Paulo usa Santos como seu porto. Mesmo assim, Itaguaí poderia conquistar cargas de outros estados e até de São Paulo, mas para isso, teria de ser feita obra ferroviária conhecida como Tramo Norte, que continua na prancheta. Isso traria cargas do Centro do país para lá. Na parte rodoviária, em breve será inaugurado o Arco Rodoviário, que permitirá que cargas do Norte tenham acesso ao porto sem ter de passar pela saturada Ponte Rio-Niterói. Outro entrave para Itaguaí é a Via Dutra, pois, na Serra das Araras, o traçado de descida (sentido Sul-Norte) é antiquado e dificulta o trânsito de carretas e caminhões em direção a Itaguaí. A concessionária CCR já anunciou e adiou, por várias vezes, a realização de obras básicas no trecho - à exceção de pinturas de faixa e melhoria do asfaltamento. O trecho é tão ruim que a velocidade máxima no local é de 40 km/h.