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Agora, revista de bordo da Japan Airlines, edição de agosto-setembro de 2012

O professor Davi Antonio Pinto Teixeira, instrutor do Curso de Classificação e Degustação de Café da Associação Comercial de Santos (ACS), foi entrevistado pela Agora, revista de bordo da Japan Airlines (JAL), na edição de agosto-setembro de 2012.

A reportagem, de 12 páginas, aborda - no idioma japonês - o café nas fazendas, mostra a degustação na Sala de Classificação e Prova de Café da Associação Comercial de Santos, na Rua XV de Novembro, 137 - 3.º andar, no Centro Histórico, apresenta imagens do Museu de Café de Santos e da Bolsa de Café de Santos, a tradicional Confeitaria Colombo, do Rio de Janeiro, e outros aspectos da indústria cafeeira no Brasil.

A fotografia da Sala de Classificação de Café foi tirada durante o Curso de Classificação e Degustação de Café da Associação Comercial de Santos realizado em julho de 2012, em turma integrada por japoneses que vieram especialmente para as aulas.

O texto e as fotografias são de Katsyoshi Tanaka.

Eis a tradução:

A cidade que perdeu o brilho da Santos do período áureo continua se expandindo como ponto de referência na área de exportação e na área comercial, onde convivem corretores e empresas.

Na cidade que foi construída com a prosperidade do café, um doce aroma peculiar ainda paira no ar.

Sendo o berço da história do Brasil, continua atraindo muitos visitantes. No setor cafeeiro, tive a chance de visitar um homem que vive há longa data nesse círculo.

Em uma sala tomada por agradável aroma, xícaras de café sem igual cobriam toda a mesa. Usando uma colher, sorvia-se o líquido de uma só vez, provocando um som fortíssimo.

"Se sorver fazendo um som alto, o café que se evapora mistura-se com o ar. Isso permite que se possa determinar o sabor e o gosto, usando totalmente o palato, os sentidos, sem tomar toda a língua". Quem diz disso é o gentil e sorridente degustador Sr. Davi Teixeira.

Degustar é investigar minuciosamente de diversas formas a qualidade do café.

Digamos que seja uma avaliação oficial do café.

O Sr. Davi é um degustador com mais de 60 anos de experiência e tem seu nome reconhecido mundialmente.

Em um instante, através da língua e do nariz, degusta o café e memoriza essa tênue leitura de informações.

Desse mesmo jeito verifica as impurezas, misturas e qualidade, comparando 10, 30 amostras.

A empresa Wolthers & Associates, em que o Sr. Davi trabalha - referência entre as empresas que negociam café no mercado - compra o grão das fazendas brasileiras e vende para o mercado externo.

É função do Sr. Davi analisar amostras dos grãos antes de serem exportados.

O Sr. Davi, que neste ano completa 80 anos, é um dicionário vivo no mundo do café, mas diz que o encontro com o café se deu por acaso.

"Durante a turbulência da guerra, com apenas 10 anos, saí para trabalhar, a fim de ajudar a minha família. Por acaso foi em uma empresa de café".

Todos os dias enchia com água quente xícaras enfileiradas. Essa tarefa simples era o serviço dele.

Entretanto, quando rapazinho, pouco a pouco se interessou pelo aroma do café, que subia das xícaras, e em aprender sobre o fascinante perfume.

Seu caderno, em que secretamente fazia anotações com descrições sobre o café, foi descoberto por um classificador e essas anotações surpreenderam todos ao redor. Em mais ou menos dois ou três anos, conseguia distinguir qualquer tipo de café apenas pelo olfato.

"Aprendi de maneira divertida, como se estivesse no quinta de casa brincando".

Aos 14 anos, já era funcionário efetivo.

O Sr. Davi, que já convive com o café há mais de 60 anos, afirma que ainda hoje prova mais de 400 xícaras por dia.

No mundo inteiro há degustadores que recebem a sua orientação. Sua contribuição no setor é imensurável.

"Começo o meu dia preparando um café para a minha esposa antes de ela acordar. O fato se repete todos os dias, mas isso para mim é o ponto alto do dia".

Assim dizendo, sorrindo, voltou-se para as xícaras.

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Dizem que 2 milhões de xícaras de café são consumidas por dia no mundo. O Brasil é produtor de quase 40% do café do mercado, formado pelos grandes produtores, equiparando-se ao petróleo no setor primário.

O primeiro pé de café foi trazido em 1727 da Guiana Francesa. A partir de então, em pouco tempo, iniciou-se a produção do café. No início do Século XIX tiveram início as primeiras exportações para a Europa. Na época, o fruto vermelho que trazia riqueza foi chamado de diamante.

A produção do café mudou da região sudeste do Estado do Rio de Janeiro para as áreas montanhosas do interior dos estados de São Paulo e Minas Gerais, que se assim se tornaram centros de cultivo.

Saindo de Santos, fui de carro para uma fazenda de café. Dirigi-me para o lado norte de São Paulo, a 300 km da região do sul de Minas, Alfenas.

Em uma altitude aproximada de 900 metros de áreas montanhosas, apesar de ser início de primavera, o sol ardia como sol de pleno verão.

Depois de várias subidas e descidas íngremes de estradas, surge uma vasta paisagem verde. No declive de incontáveis pés de café enfileiravam-se, formando curvas, que se ampliavam até a linha do horizonte.

 Confira a reprodução da reportagem nos links, que estão em PDF:

http://www.acs.org.br/images/stories/2012-08-agosto-agora-cafe-p14.pdf

http://www.acs.org.br/images/stories/2012-08-agosto-agora-cafe-p15.pdf

http://www.acs.org.br/images/stories/2012-08-agosto-agora-cafe-p16.pdf

http://www.acs.org.br/images/stories/2012-08-agosto-agora-cafe-p17.pdf

http://www.acs.org.br/images/stories/2012-08-agosto-agora-cafe-p18.pdf

http://www.acs.org.br/images/stories/2012-08-agosto-agora-cafe-p19.pdf

http://www.acs.org.br/images/stories/2012-08-agosto-agora-cafe-p20.pdf

http://www.acs.org.br/images/stories/2012-08-agosto-agora-cafe-p21.pdf

http://www.acs.org.br/images/stories/2012-08-agosto-agora-cafe-p22.pdf

http://www.acs.org.br/images/stories/2012-08-agosto-agora-cafe-p23.pdf

http://www.acs.org.br/images/stories/2012-08-agosto-agora-cafe-p24.pdf

http://www.acs.org.br/images/stories/2012-08-agosto-agora-cafe-p25.pdf