Publicada em: A Tribuna - 22/3/2015, página C-1, Economia
# Empreendedor de tecnologia deve aproveitar ambiente universitário para adquirir conhecimento para o mundo dos negócios
MARCELO SANTOS
DA REDAÇÃO
Os universitários que pretendem entrar para o mundo dos negócios devem aproveitar o ambiente educacional para colocar as ideias em prática. A sugestão é de Ricardo Caspirro, da Associação de Startups e Empreendedores da Baixada Santista (Asebs).
Caspirro participou do debate sobre startups na Semana do Jovem Empreendedor, encerrada na sexta-feira. O evento é realizado pelos núcleos de Jovens Empreendedores da Associação Comercial de Santos (ACS Jovem) e regional de Santos do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (NJE-Ciesp).
“Vão para cima, provoquem o ambiente que vocês têm”, afirmou Caspirro aos jovens que compareceram ao debate na Unisanta.
De acordo com ele, o ambiente universitário permite buscar habilidades e conhecimentos, ferramentas necessárias para se tornar empreendedor.
Já Pedro Mesquita, da Bom Corpo, afirma que os professores devem ser procurados pelos universitários que querem se tornar empreendedores. “São experientes e podem ajudar em áreas como gestão, questões tributárias e jurídicas”, afirma ele.
De acordo com Mesquita, o empreendedor de startup não pode ser centralizador, tem que convencer a família a apoiá-lo na iniciativa privada e não em um emprego “seguro” e não se incomodar em quebrar seguidas vezes.
“Fali cinco startups”, contou Reginaldo Andrade. “Acham que quebrar é algo negativo, e é”, brinca ele, complementando que isso é comum entre empreendedores de startups. Andrade começou a empreender aos 13 anos com um empresa de limpeza de caixa de gordura. Depois, mergulhou na tecnologia e criou softwares para segmentos de hospitais e marketing de pequenas empresas.
As startups podem ser qualquer negócio embrionário, mas são identificadas como empreendimentos da área de tecnologia e com potencial de crescimento muito rápido, cujos criadores sem capital buscam investidores.
Andrade, alerta, porém, que não basta ter ideia. “Todos têm,mas é preciso criar e entregar”. Muitos não terão sucesso. Ele, entretanto, lembra que é preciso ser sincero. “Se você não teve reconhecimento, talvez não o mereceu”.
O debate contou ainda com Letícia Taveira, cofundadora do Portal SuperAção, que apoia pacientes de câncer e HIV ou dependência química. O portal se assemelha a uma rede social e aproxima quem se curou (chamados de anjos), doentes (superadores) e voluntários especializados (arcanjos), formando trios.
# Expansão
As startups podem ser qualquer negócio embrionário, mas nos últimos anos foram apontadas como empreendimentos da área de tecnologia ligados à internet.
Esses negócios têm potencial de crescimento muito rápido e, por isso, atraem investidores de risco que aplicam grandes quantias.
Muitas dessas startups se tornam gigantes, como o Google.
Outras crescem, são incorporadas, como o Instagram, ou perdem o brilho, como o Groupon.