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A Tribuna, 16/5/2013, quinta-feira, página C-3, Economia
DA REDAÇÃO
A Petrobras pretende fechar contrato com o setor privado ao invés de investir diretamente em uma base offshore no Porto de Santos. A explicação é que a empresa decidiu se concentrar em sua atividade-fim, a produção e o refino. “A ideia é que o serviço seja oferecido pelo setor privado”, diz o gerente-geral da Unidade de Operações de Exploração e Produção da Bacia de Santos (UO-BS), Osvaldo Kawakami, em palestra na Associação Comercial de Santos (ACS).
Kawakami participou da reunião da Câmara Setorial de Petróleo e Gás da ACS. Ele antecipa que haverá necessidade de licitação para a contratação. A base é importante para a região por atrair muitos fornecedores da estatal. A Petrobras acabou de assinar contrato com a Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ) para utilizar berço (cais) de atracação de embarcações, mas Kawakami ressalva que a Petrobras não pode, por questões estratégicas, se limitar a apenas um local de operação de barcos.
A necessidade da Petrobras para um cais em Santos é que opere 24 horas por dia e possa receber rebocadores e outras embarcações de materiais. O berço de atracação da Petrobras em Santos poderá ter de 70 a 100 metros de comprimento, com calado entre 5 a 8 metros, conforme Kawakami. A necessidade inicial de retroárea será de cerca de 10 mil m2, com possibilidade de expansão, conforme demanda.
Kawakami alerta que, se a Avenida Brasil, no Rio, ficar sem condições de tráfego, a Petrobras ficará restrita. Por isso o Porto de Santos é uma alternativa logística. Ele adianta que, no momento, a UO-BS utiliza o Rio e que cinco contêineres desembarcaram no cais carioca para a realização de reparos e renovação das instalações, como dormitórios, banheiros e salas.
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