Na última terça-feira (29), a Câmara Setorial das Cooperativas de Café, Exportadores de Café e Café Solúvel da Associação Comercial (ACS) realizou sua reunião mensal de forma híbrida. O encontro contou com a participação da meteorologista Nadiara Pereira, que trouxe previsões climáticas para os próximos meses, abordando a possível influência do fenômeno La Niña sobre as regiões produtoras de café no Brasil.

Segundo Nadiara, o Oceano Pacífico permanece em fase de resfriamento, mas ainda sem o estabelecimento total do fenômeno La Niña. No entanto, há uma tendência de que o resfriamento aumente até o fim do ano, o que pode provocar efeitos climáticos mais intensos durante o verão, principalmente nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro. Esse cenário traz preocupações para os produtores de café, uma vez que o fenômeno é conhecido por alterar os padrões de precipitação em diversas regiões, especialmente no Sudeste do país.

A previsão aponta para uma atuação intensa dos corredores de umidade nas próximas semanas sobre as áreas cafeeiras, com impactos mais significativos na região Sudeste. Esse fenômeno pode afetar o andamento das atividades no campo, devido a dias mais nublados e com chuvas prolongadas. Por outro lado, a meteorologista ressalta que as chuvas podem trazer benefícios ao recuperar a umidade do solo de maneira uniforme, algo fundamental para o desenvolvimento saudável dos cafezais.

No encerramento do encontro, o gerente executivo da ACS, Eduardo Lopes, destacou o papel ativo da associação na defesa dos interesses dos associados, reafirmando o compromisso em tratar de pautas relevantes ao setor. Ele também detalhou os tópicos abordados na recente reunião com a Comissão Local de Facilitação de Comércio (COLFAC), ressaltando a importância da colaboração entre as entidades para fortalecer a competitividade e sustentabilidade do setor cafeeiro brasileiro.