May 07, 2014

Roberto Rodrigues cobra política de longo prazo e critica Dilma - Globo Rural - 7/5/2014

Publicada em:

Globo Rural - 7/5/2014, quarta-feira

Agência Estado

São Paulo, 07/05/2014 - O presidente do Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas (GV Agro) e ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues voltou nesta quarta-feira, 7, a cobrar estratégias públicas de longo prazo para que a agricultura brasileira sustentável possa atingir seu potencial. Ele participa hoje do 20.º Seminário Internacional do Café, que ocorre até amanhã no Guarujá, litoral paulista.

Conforme Rodrigues, o Brasil aumentou a área plantada com grãos em 41% nos últimos 20 anos, enquanto a produção subiu 220%. 'Ou seja, o País aumentou a produtividade por hectare', disse. 'Se tivéssemos a produtividade de 20 anos atrás, precisaríamos de mais 68 milhões de hectares para colhermos a safra deste ano. Ou seja, preservamos 68 milhões de hectares. Isso é sustentabilidade', explicou.

Dilma

Ele acrescentou que a tecnologia permitiu ao Brasil ter uma produção sustentável, que tem ganhado mercado no mundo, 'mas isso não é passagem para o céu'. Segundo ele, o País precisa fazer muito mais. E as coisas estão acontecendo. Ele citou o programa de agricultura de baixo carbono. Comentou, ainda, sobre a agroenergia, 'que a presidente Dilma está destruindo de uma forma totalmente inexplicável, junto com a Petrobras'.

De acordo com o ex-ministro, o País tem outros caminhos que melhorarão a sustentabilidade, como a rastreabilidade e a certificação, 'que é o que o mundo passará a exigir cada vez mais'. 'Estamos bem, no entanto, para que esse horizonte se consolide, é preciso uma estratégia pública, que contemple logística, política de renda, política comercial adequada. Uma estratégia que permita ao Brasil dar um novo salto', afirmou.

Para o ex-ministro, não será com planos de safra que o agronegócio evoluirá. 'Precisamos de uma coisa mais estruturada. Plurianual, muito mais consistente do que temos hoje em dia.' Segundo ele, é ótimo que o crédito rural aumente. 'Mas não é só isso. É preciso (o produtor) pagar. Atualmente, o quadro é favorável ao produtor, pois os preços estão relativamente bons, mas é uma situação eventual e não estrutural', argumentou. Rodrigues reforçou que é 'preciso o seguro rural estar funcionando adequadamente, políticas comerciais adequadas, enfim, estratégias de longo prazo'.

Confira a reprodução da notícia

 

Share

Este site usa cookies e dados pessoais de acordo com os nossos Termos de Uso e Política de Privacidade e, ao continuar navegando neste site, você declara estar ciente dessas condições.