October 10, 2013

Prefeito lançará Parque Tecnológico - A Tribuna - 10/10/2013

Publicada em:

A Tribuna, 10/10/2013, quinta-feira, página C-1, Petróleo & Gás

# Projeto que custará R$ 14 milhões será apresentado na próxima quarta-feira com licitações da obra e do primeiro laboratório

MARCELO SANTOS

DA REDAÇÃO

O projeto da sede do Parque Tecnológico de Santos, uma das iniciativas para fomentar negócios e pesquisas de petróleo e gás, será lançado na próxima quarta-feira. No mesmo dia, a Prefeitura divulgará as regras das concorrências da obra, que custará R$ 14 milhões, e do Laboratório de Logística e Mobilidade Urbana.

Segundo o prefeito Paulo Alexandre Barbosa, as obras começam no próximo ano custeadas com R$ 10 milhões do Estado e R$ 4 milhões do Município.

A sede terá um edifício de oito andares em área do antigo Colégio Santista de frente para a Rua Constituição. A primeira imagem da sede, criada pelo arquiteto Edmir Mantellatto, foi antecipada ontem por Barbosa a A Tribuna.

A sede vai abrigar a Fundação Parque Tecnológico de Santos, pessoa jurídica criada pela Prefeitura para administrar o parque. Barbosa faz segredo sobre a configuração do prédio, mas já é de conhecimento que o edifício terá laboratórios e salas para pelo menos 50 empresas de base tecnológica.

O prédio contará ainda com a Incubadora de Santos, entidade que recebe novas empresas de tecnologia que não conseguem andar com as próprias pernas. A incubadora era administrada pela Associação Comercial de Santos, que passou o controle à fundação para que as empresas incubadas possam ser inseridas no parque tecnológico.

O parque não se resume à sede. Ele abrangerá a Vila Mathias, Vila Nova, Valongo, Centro, Paquetá, Saboó, Monte Serrat e Guarapá (Área Continental).

Empresas de base tecnológica e institutos de pesquisas situados nesses bairros terão incentivos fiscais. O parque contará ainda com os laboratórios das universidades da região.

“A integração das universidades é um diferencial importante e dará suporte ao projeto”, afirma Barbosa.

PESQUISA TEM INVESTIMENTOS VIABILIZADOS

Além do Parque Tecnológico, dois investimentos na área de pesquisa, um dos pilares do projeto, estão sendo deslanchados pela Prefeitura.

A licitação para a aquisição dos equipamentos do Laboratório de Logística e Mobilidade Urbana, que funcionará na sede do parque, será divulgada também na próxima quarta-feira.

O prefeito Paulo Alexandre Barbosa afirma que o laboratório conta com R$ 230 mil do Governo do Estado.

Enquanto o prédio não fica pronto, o laboratório, assim como a sede da fundação, funcionará em um andar do Colégio Santista.

Em um estacionamento do colégio, na Rua Brás Cubas com Henrique Porchat, será construído o Centro de Pesquisa Tecnológica de Petróleo e Gás da Baixada Santista (Cenpeg-BS).

O Cenpeg custará R$ 77 milhões. O projeto será bancado pela Petrobras e terá laboratórios voltados ao pré-sal.

O prefeito aguarda uma visita da presidente da Petrobras, Graça Foster, até o final do ano para formalizar a cessão do terreno.

TECNOLOGIA E ENSINO

Ensino e tecnologia são as novas vocações da Vila Nova e Paquetá, segundo o prefeito Paulo Alexandre Barbosa.

Além do Parque Tecnológico, o entorno do Colégio Santista receberá o Centro de Pesquisa Tecnológica em Petróleo e Gás (Cenpeg) e uma nova escola técnica na Umep Acácio Paula Leite Sampaio.

SEBRAE PREPARA FORNECEDORES DA REGIÃO

DA REDAÇÃO

Empresários da Baixada Santista se reuniram em sessões de negócios com representantes da Petrobras e de grandes fornecedores da estatal para conhecer as necessidades da cadeia de petróleo e gás. O encontro, realizado na Strong FGV, em Santos, foi organizado pelo Escritório Regional do Sebrae e pela petrolífera.

Micro e pequenos empresários tiveram acesso à carteira de produtos e serviços que podem ser contratados pela Unidade de Operações de Exploração e Produção da Bacia de Santos (UO-BS) e pela Refinaria Presidente Bernardes de Cubatão (RPBC).

O gerente-geral da UO-BS, Osvaldo Kawakami, mostrou as necessidades da empresa para a manutenção de uma plataforma e para serviços de apoio.

Entre eles estão hotelaria, Equipamento de Proteção Individual (EPI), uniformes e mobiliário que serão utilizados no novo prédio da Petrobras. A sede será concluída em meados do ano que vem no Valongo, em Santos.

As empresas âncoras do segmento de petróleo e gás – Petrobras, BW Offshore, Modec e Saipem – participaram de nove sessões de negócios com os pequenos empresários. A Saipem, companhia italiana que está construindo uma unidade em Guarujá e que instalará dutos para a Petrobras em alto-mar, tem um programa de contratação de fornecedores da própria Baixada Santista.

“O Sebrae e a Petrobras promovem, com isso, a aproximação das micro e pequenas empresas da região com a cadeia de petróleo e gás, criando um cenário positivo de investimentos e inovação”, afirma o gerente regional do Sebrae, Paulo Sérgio Brito Franzosi.

Nessas rodadas organizadas pelo Sebrae, executivos das companhias compradoras se reúnem com potenciais vendedores, as 55 empresas trocam cartões e discutem negócios em potencial.

Segundo a assessoria de imprensa do Sebrae, o encontro é parte do convênio entre a entidade e a Petrobras para inserir as micro e pequenas empresas da região na cadeia de petróleo e gás.

A formação do grupo inclui visitas técnicas. Uma nova visita à refinaria acontecerá no próximo dia 5. As inscrições podem ser feitas pelo e-mail glaucianf@sebraesp.com.br

GRAÇA: CONTEÚDO LOCAL MELHOROU

DA REDAÇÃO

A presidente da Petrobras, Graça Foster, fez elogios às empresas brasileiras que aproveitam as regras do conteúdo local para fornecerem à cadeia de petróleo e gás, em especial, à estatal.

Ela lembrou ainda que fornecedores estrangeiros atrasaram encomendas. Graça participou na terça-feira de mesa-redonda da Associação Mundial do Aço em São Paulo.

O conteúdo local é a política industrial implantada pelo então Governo Lula que exige produção brasileira na maior parte dos componentes de um equipamento utilizado pela Petrobras, como plataformas.

Segundo a presidente, o Brasil está construindo unidades de produção com eficiência, buscando equilíbrio entre custos e prazos. “Muitas sondas e plataformas encomendadas pela Petrobras fora do País tiveram atraso na entrega”. Para analistas, fornecedores brasileiros também atrasaram suas encomendas, comprometendo os prazos da estatal para a exploração do pré-sal.

“Nos últimos dez anos, pudemos ver no Brasil um trabalho muito forte de evolução do conteúdo local, muito bem estruturado. A iniciativa partiu da realidade brasileira, das indústrias de bens e serviços, o que elas podiam fazer à epoca. Hoje conseguimos construir nos estaleiros brasileiros unidades de produção com até 34 meses de fabricação, na média mundial”, afirma.

Ela lembra que a Petrobras contratou 28 sondas de perfuração para águas ultraprofundas a serem construídas pela primeira vez no Brasil, com conteúdo local de 55% a 65%.

“O que pode ser feito no Brasil deve ser feito no Brasil, desde que isso traga valor para a Petrobras”.

Graça diz que o pré-sal também precisará de aços especiais resistentes à corrosão nas atividades ultraprofundas.

Entre as interessadas nesse mercado está a Usiminas.

Confira a reprodução da matéria

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