October 03, 2013

Poços de Santos no topo do ranking / A Tribuna / 3/10/2013

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A Tribuna / 3/10/2013

Segundo a ANP, apesar da supremacia da Bacia de Campos nas estatísticas, unidades de Lula e Sapinhoá já são as maiores do País

Um mesmo campo pode ser formado por vários poços. Três campos da Bacia de Campos – Marlim Sul, Roncador e Marlim (com 324mil, 282mil e 188 mil BOE/d, respectivamente) – são os maiores do Brasil. Lula tem 147 mil. Os dados da ANP revelam a força da Bacia de Santos, apesar da grande infraestrutura a ser instalada, com plataformas, dutos e logística em terra. Santos também tem uma diferença em relação a Campos, que é a grande quantidade de gás associada ao petróleo.

GUARUJÁ

Esta condição é altamente vantajosa para a Baixada Santista. O gás de Cernambi, que será levado para uma unidade de tratamento em Cabiúnas, distrito que pertence a Macaé (RJ), precisará de um gasoduto de quase 400 Km. Esses tubos, produzidos no Vale do Paraíba, serão instalados no fundo do mar pela Saipem, que constrói uma unidade para mil funcionários em Guarujá.

“A região tem muito a ganhar com o desenvolvimento da produção de gás e petróleo. Além de, geograficamente, estar localizada bem próxima das bacias de exploração, está perto da indústria paulista, grande fornecedora da referida cadeia”, afirma o coordenador da Câmara de Petróleo e Gás da Associação Comercial de Santos, Vicente do Valle.

Mobilização pode atrair investimentos privados

O coordenador da Câmara de Petróleo e Gás da Associação Comercial de Santos, Vicente do Valle, defende uma mobilização da região para atrair para a Baixada Santista investimentos privados relacionados à exploração do pré-sal.

No momento, a Petrobras ainda tem poucas plataformas em operação na Bacia de Santos. Três delas atuam no pós sal (águas rasas): Mexilhão e Merluza, que têm o mesmo nome dos campos que atendem, e Cidade de Santos, instalada no Complexo Uruguá/Tambaú.

Mexilhão extrai 41 mil barris de óleo equivalente por dia (ou 5,8 milhões metros cúbicos por dia) de seis poços.

No pré-sal, a plataforma Cidade de Angra dos Reis explora Lula, produzindo 118 mil barris em quatro poços. Cidade de Itajaí está em Baúna, com 39mil BOE/d de quatro poços. Há ainda o Cidade de São Paulo em Sapinhoá e Cidade de Parati em Lula Nordeste.

Já a plataforma Cidade de São Vicente é itinerante e trabalha nos campos sob teste de longa duração (TLD, preliminar à fase comercial). Porém, essa quantidade de plataformas crescerá muito até 2020. O Plano de Negócios e Gestão 2013-2017 da Petrobras mostra que no próximo ano entram em operação as plataformas Cidade de Mangaratiba, que trabalhará em Iracema Sul, e Cidade de Ilhabela, em Sapinhoá Norte. Em 2015, começa a operar Iracema Norte.

O grande salto será dado de 2016 a 2018, conforme o Plano de Negócios. Serão 22 novas unidades de produção, a grande maioria na Bacia de Santos. De acordo com a estatal, 38 plataformas serão instaladas entre 2013 e 2020.

“Devemos nos mobilizar para que os interesses de investimentos privados em nossa região viabilizem outros, proporcionando, assim, quem sabe, a instalação de pequenas e médias indústrias não poluentes e prestadores de serviços nas áreas de manutenção e reparos”, afirma Vicente do Valle.

Segundo ele, para viabilizar esses empreendimentos, é necessário dar um pontapé inicial, que é a instalação, na região, de uma base offshore da Petrobras responsável pela manutenção das embarcações.

A base tem potencial para atrair prestadores de serviços no seu entorno. “Sem essa unidade, perderemos a possibilidade de participarmos como integrantes dessa cadeia de gás e petróleo na dimensão que o pré-sal vai exigir”, diz ele.

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