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A Tribuna - 28/8/2014, página A-6, Cidades

# Candidato em Pauta - Alexandre Padilha

# Candidato ao Governo expôs suas principais metas durante evento realizado pela Associação Comercial de Santos e A Tribuna

SANDRO THADEU

DA REDAÇÃO

O ex-ministro da Saúde e candidato a governador Alexandre Padilha (PT) defende mais investimentos do Estado na área de transportes para utilizar as ferrovias e os rios da Baixada Santista na melhoria do escoamento de cargas ao Porto de Santos.

Ele foi o primeiro a participar do ciclo de palestras Candidato em Pauta, promovido ontem pela Associação Comercial de Santos (ACS), em parceria com A Tribuna.

Favorável às parcerias público-privadas (PPPs) para grandes obras de transportes e às concessões de aeroportos semelhantes às realizadas pelo Governo Federal, o petista diz ser necessário tirar do papel empreendimentos para melhorar a mobilidade urbana.

Além desse tema, Padilha explanou, durante cerca de duas horas, suas propostas para o Estado e respondeu a 12 perguntas elaboradas pela Reportagem e por empresários. Confira os principais trechos.

TRANSPORTES

Padilha diz que o principal gargalo do Porto é o acesso, cuja responsabilidade seria exclusiva do Estado. Apesar de defender obras nas rodovias, como melhorias na entrada de Santos (pela Via Anchieta) e a terceira faixa da Rodovia Cônego Domênico Rangoni, ele destaca a necessidade de escoar cargas por ferrovias e hidrovias.

“Só dois motivos justificam o fato de o PSDB não investir em outros modais: porque não acreditava que o País não iria crescer (...) ou por apostar só no transporte por meio de rodovias, que têm os pedágios mais caros do Brasil”, afirma.

Se eleito, quer ser parceiro do Governo Federal para implantar o quanto antes o Ferroanel e estudar a criação de linhas de trens de passageiros entre os municípios paulistas.

TÚNEL SANTOS-GUARUJÁ

Embora defenda a necessidade dotúnel submerso Santos-Guarujá, diz estar preocupado com os possíveis impactos do desenho atual, porque poderá prejudicar o tráfego urbano e a população dessas cidades.

Por esse motivo, Padilha defende um estudo sobre o traçado, caso seja governador, e até mesmo um novo acesso para minimizar os impactos.

COMÉRCIO

O candidato se compromete a não aplicar a política atual de substituição tributária, na qual todos os benefícios do Super Simples são perdidos. Assim, serão protegidas as micro e pequenas empresas. As outras medidas propostas são a criação do Poupatempo Empresarial e o aperfeiçoamento da formação específica dos trabalhadores no setor varejista.

EDUCAÇÃO

O petista é contra a política de aprovação automática nas escolas estaduais. Na visão dele, esse modelo não funciona, pois o Sistema de Avaliação do Rendimento

Escolar do Estado de São Paulo (Saresp) apontou que os alunos tiveram o pior desempenho nos últimos anos nos exames de Português e Matemática.

Pretende implantar os CEUs (Centro Educacional Unificado) da Juventude, melhorar o salário dos professores, oferecer intercâmbio aos melhores alunos, criar 80 mil vagas em escolas técnicas e o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego – o Pronatec Paulista.

SAÚDE

Se eleito, diz que o Estado passará a financiar o Serviço de Atendimento Móvelde Urgência (Samu/192), o que não ocorre hoje. E explica que acabará com a central de vagas unificadas na Capital.

O ex-ministro relembra que a União colocou à disposição do Estado R$ 500 milhões para a instalação de leitos de desintoxicação e de Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD). No entanto, não houve interesse em utilizar a verba.

SEGURANÇA

Enquanto novos policiais são formados para reforçar os municípios, o petista aposta em outro conceito de segurança, que busca a integração das polícias: o projeto Força Paulista de Segurança.

Ele pretende tirar um grande número de PMs das atividades administrativas para atuar nas ruas. Na Grande São Paulo, 11 mil dos 25 mil fazem atividades internas.

METROPOLIZAÇÃO

Na visão dele, o Governo Alckmin errou ao extinguir a Secretaria de Desenvolvimento Metropolitano. “É preciso que a Agência Metropolitana e o planejamento regional funcionem. O Governo esvaziou a secretaria. Esse é mais um exemplo do descompromisso da atual gestão ao não pensar de forma conjunta essas regiões”.

ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Padilha vê com preocupação a queda do nível nos reservatórios de água no Estado. Por isso, é favorável à possibilidade de adotar medidas inovadoras, como a dessalinização

da água do mar.

# Candidato em Pauta - Alexandre Padilha

Quem é? O candidato a governador Alexandre Padilha (PT) é médico infectologista e tem 42 anos. De setembro de 2009 a 2010, exerceu a função de ministro-chefe da Secretaria de

Relações Institucionais da Presidência da República. De 2011 a 2013, foi ministro da Saúde

“Se eleito, incentivarei a construção de bases offshore na Baixada Santista. O Governo de São Paulo não compreendeu a importância estratégica do pré-sal”

“Baixada Santista e Litoral Norte não podem ter o efetivo policial calculado com base na população fixa. Defendo um novo modelo de distribuição nessas regiões”

# Impressões

“A exposição do candidato me agradou bastante e fiquei impressionado com o grau de conhecimento dos problemas do Estado e da Baixada Santista, como a necessidade de realização de investimentos em grandes obras na região”

Alcides Fonseca, o Cidão, presidente da Sociedade de Melhoramentos do Jardim Santa Maria, em Santos

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“Acredito que o Padilha é o melhor candidato a governador pela clareza ao apresentar propostas e soluções por meio de ações inovadoras. Fiquei surpreso ainda com o domínio dele sobre os problemas do Porto de Santos”

Júlio César Novaes de Paula Santos, advogado e ex-secretário de Assuntos Portuários e Marítimos de Santos

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“O formato do evento deu a chance de o candidato apresentar as ideias com calma. As respostas foram diretas e efetivas. Ele demonstrou conhecimento e segurança. Realmente fiquei muito impressionado com a apresentação dele”

André Canoilas, sócio-diretor da MB Holding e primeiro diretor financeiro da Associação Comercial de Santos

Confira a reprodução da capa de A Tribuna com a chamada para a reportagem

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