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A Tribuna - 10/4/2014, página C-1, Petróleo & Gás
# Operação no Porto de Santos inicia em 2015
LUCAS KREMPEL
DA REDAÇÃO
A licitação para contratação de dois berços no Porto de Santos para servir como base de suporte offshore da Petrobras na região será lançada ainda no primeiro semestre. A contratação dos espaços deverá ser anunciada até o fim do ano, com início da operação em 2015, adiantou o gerente geral da Unidade de Operações de Exploração e Produção da Bacia de Santos Petrobras (UO-BS), Oswaldo Kawakami, em conversa com a imprensa durante a Santos Offshore. O evento, voltado para o setor de petróleo e gás, acontece no Mendes Convention Center até amanhã.
No final de julho passado, em reunião com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa, a presidente Graça Foster havia confirmado a abertura de licitação em busca de dois berços no Porto de Santos até o final de 2013, com início da operação em 2014.
Nos espaços contratados, a estatal fará carregamento e descarregamento de suprimentos para as plataformas da Bacia de Santos. A operação será em esquema 24 horas por dia, sete vezes por semana.
A base offshore dará um impulso para a geração de empregos na Baixada Santista. Com o projeto em operação, Santos e região ficarão mais fortes para a disputa de mercado com outras cidades portuárias.
O coordenador da Câmara Setorial de Petróleo e Gás da Associação Comercial de Santos (ACS), Vicente do Valle, afirmou que a feira de negócios Santos Offshore reforça a importância da instalação de uma base logística na Baixada Santista.
De acordo com Do Valle, a reunião das empresas fornecedoras da cadeia produtiva, num único evento, ratifica a necessidade da região abrir as portas para que novas empresas se baseiem na Baixada. “Temos a Saipem como exemplo, é uma empresa internacional que se instalou em Guarujá e com ela trouxe diversas oportunidades de emprego e também de crescimento para a cidade”.
VALONGO
Kawakami ainda falou sobre a estratégia da Petrobras de transferir funcionários para a primeira torre no Valongo. Hoje eles ocupam sete prédios comerciais espalhados por Santos. “No comecinho do segundo semestre a construtora entrega o prédio e no primeiro final de semana de outubro inicia a mudança para o prédio no Valongo”, disse durante palestra na feira.
De acordo com o gerente geral da UO-BS, até o primeiro trimestre de 2015 todos os funcionários da Petrobras em Santos (cerca de 1.180) estarão trabalhando na primeira das três torres no Valongo.
“É um processo rápido se pensarmos que a mudança será feita aos finais de semana. Não podemos interromper o trabalho do pessoal”.
Na sequência, a Petrobras contratará para o projeto executivo das duas próximas torres. Mas sem prazo de conclusão das obras. Em 2018, serão 3,7 mil funcionários da estatal em Santos.
CADASTRO DE FORNECEDORES
Os esforços de ampliação de compras locais das empresas de exploração e produção e apoio para fornecedores do setor de petróleo e gás foram a base da explanação do coordenador de Conteúdo Local da Repsol Sinopec, José Agostinho, que explicou aos empresários sobre as mudanças sofridas no mercado e a necessidade de adequação ao cenário atual.
“Até o ano de 2002, a oferta era livre. Depois passamos por um período de aumento de demanda, em que se estabeleceu ofertas mínimas. E, desde 2005, as concessionárias são obrigadas a cumprir uma série de regras para compra de conteúdo local”, disse.
A apresentação foi norteada pelos esforços e a ampliação que as companhias de exploração e produção do setor têm feito para que novas empresas consigam entrar na lista de fornecedores.
