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A Tribuna, 26/9/2013, quinta-feira, página C-1, Economia
# Intenção é estimular investimentos em inovação e facilitar o acesso de novos negócios a ambiente de pesquisa
Em mais uma iniciativa para gerar negócios no setor de petróleo e gás, a Fundação Parque Tecnológico de Santos assumirá no próximo mês o controle da Incubadora de Empresas de Santos. Ontem, o Conselho Técnico da fundação se reuniu para discutir a consolidação das novas atribuições.
Segundo a chefe do Departamento de Ciência, Tecnologia e Inovação da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Santos, Cláudia Haddad, o trâmite jurídico da transferência deve ser feito até a próxima semana, quando a documentação chegará ao Conselho de Administração da fundação.
A incubadora, criada com o apoio de diversas instituições, tinha como entidade gestora a Associação Comercial de Santos (ACS). Segundo a assessoria de imprensa da ACS, o presidente Michael Timm e o secretário de Desenvolvimento Econômico de Santos, Omar Silva Júnior, entenderam que o Parque Tecnológico compõe o ambiente ideal para a gestão da incubadora. Porém, a ACS continuará presente no Conselho Técnico.
“A incubadora é de base tecnológica, mas não só de tecnologia da informação (TI). Ela também será de inovação em petróleo”, afirma Cláudia.
“A empresa (a ser incubada) tem que ser baseada em inovação de tecnologia e não necessariamente em tecnologia da informação.
A função de uma incubadora é abrigar novos negócios ainda sem condições de seguirem sozinhos por conta própria. Instalados em salas, esses empreendedores têm oportunidade de se relacionar e desenvolver parcerias complementares. A TI envolve empresas que utilizam a computação para produção, armazenamento e transmissão de informações, desde desenvolvedoras de softwares a call centers.
O diretor-presidente da fundação, Marcus Sammarco, afirma que a Incubadora de Santos será um apoio fundamental aos empreendedores. “Ela dará oportunidade aos negócios na fase embrionária do desenvolvimento de suas ideias para que essas ideias se tornem um negócio”.
INTEGRAÇÃO
Cláudia diz que visitou a incubadora de São José dos Campos, que é um parque tecnológico do setor aeroespacial, onde há incubada do setor de medicina.
Sob controle da fundação, as incubadas santistas estarão integradas ao ParqueTecnológico, cuja sede, em área do antigo Colégio Santista, terá
laboratórios de ponta e profissionais de pesquisa. A incubadora também desenvolverá negócios de mesma ênfase da fundação, que são petróleo, logística, porto, retroporto e tecnologia da informação.
VOCAÇÃO
“A incubadora é de base tecnológica, mas não só de tecnologia da informação. Ela também será de inovação em petróleo”
Cláudia Haddad, chefe do Departamento de Ciência, Tecnologia e Inovação da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Santos
NOVAS INCUBADAS
Paralelamente à mudança da gestão da Incubadora de Empresas de Santos, a entida de voltará aos poucos a admitir novas incubadas. No momento, só há uma empresa funcionando no local, a Tech Even, que presta consultoria em desenvolvimento de softwares para dispositivos móveis, como celulares, smartphones e tablets.
Segundo o diretor-presidente da Fundação Parque Tecnológico de Santos, Marcus Sammarco, mais três empresas entraram com pedido para ingressar na incubadora. Porém, essas propostas ainda são da área de tecnologia de informação e não de petróleo, como pretende a Prefeitura.
CONCORRÊNCIAS PREPARAM INFRAESTRUTURA
Dentro de um mês deve ir a mercado a concorrência da Prefeitura de Santos para a construção do prédio de oito andares da futura sede da Fundação Parque Tecnológico de Santos, segundo a chefe do Departamento de Ciência, Tecnologia e Inovação da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Santos.
O edifício ocupará área do complexo do antigo Colégio Santista. A intenção do prefeito Paulo Alexandre Barbosa é deslanchar as obras no começo do próximo ano.
O diretor-presidente da fundação, Marcus Sammarco, afirma que dentro de quatro a seis meses o Parque Tecnológico mudará para o quarto andar do Santista, sem interferir no funcionamento do Centro de Atividades Integradas de Santos (Cais), que ocupa parte do antigo colégio.
Com essa reforma, Sammarco pretende finalmente abrir os laboratórios de logística e mobilidade urbana, os primeiros do Parque Tecnológico e fruto de parceria com o Governo do Estado.
Ele conta que esses laboratórios, que já têm verba à disposição, serão coordenados pelo professor da USP, Eduardo Dias.
A Prefeitura já está preparando o edital para a aquisição de equipamentos do laboratório, que serão computadores e softwares especiais. Como os itens ainda estão em fase de cotação, diz Sammarco, não há um valor fechado.
Falta ainda formalizar a instalação do Centro de Pesquisa Tecnológica em Petróleo e Gás da Baixada Santista (Cenpeg), que será bancado pela Petrobras e estimado pela presidente da estatal, Graça Foster, em R$ 77 milhões.
O Cenpeg deverá ocupar uma área anexa ao Santista.
