MARCELO SANTOS
DA REDAÇÃO
Criada no século 19, a Associação Comercial de Santos (ACS) traz em seu DNA a vocação de defender os interesses do setor de café. Mas, com a diversificação da economia, deixou de ser reduto exclusivo da cafeicultura. Nas últimas décadas, por exemplo, após as concessões dos portos, os terminais passaram a marcar presença.
Agora, mesmo antes da exploração do pré-sal se consolidar, as empresas do setor de petróleo e gás começam a eleger a entidade como ponto de encontro para debater suas questões. Estão sendo cada vez mais concorridas as reuniões da Câmara Setorial de Petróleo e Gás, criada formalmente em 18 de dezembro último.
A ACS tem várias câmaras setoriais. No caso do petróleo e gás ela já atraiu as duas principais empresas do setor na região – a Petrobras e a Saipem, que juntas vão gerar pelo menos 7 mil empregos diretos. Também aderiram Ciesa, G. Pierotti Ship Supplier, Port Consult Negócios e Participações e Soteica do Brasil. As reuniões são mensais. Uma das primeiras apresentações públicas do novo gerente-geral da estatal para a Bacia de Santos, Oswaldo Kawakami, foi em uma reunião da câmara.
O órgão tem participantes como Vicente do Valle e Gustavo Pierotti, empresários originalmente do setor portuário. Desde o começo da exploração da Bacia de Santos, o setor portuário vem preparando projetos para prestar serviços ao segmento petrolífero, casando-se com as necessidades logísticas da Petrobras para atuar em alto-mar a a mais de 100 Km da costa.