May 21, 2015

ACS faz alerta: projetos parados retardam o desenvolvimento - A Tribuna - 21/5/2015

ACS faz alerta: projetos parados retardam o desenvolvimento - A Tribuna - 21/5/2015

Publicada em: A Tribuna - http://www.atribuna.com.br/ - 21/5/2015, página C-4, Economia

# O presidente da Associação Comercial de Santos, Roberto Santini, defende mais agilidade na execução de obras

MARCELO SANTOS

DA REDAÇÃO

Foto: Reprodução / A Tribuna
 
    Roberto Clemente Santini, presidente da Associação Comercial de Santos

Uma região estratégica para a logística do País, a Baixada Santista está praticamente paralisada por uma série de projetos de infraestrutura que não saem do papel. O alerta é do presidente da Associação Comercial de Santos (ACS), Roberto Clemente Santini, também diretor-presidente da TV Tribuna.

O Fórum da Indústria da Construção de Santos e Região (Ficon), evento do Sistema A Tribuna de Comunicação, terminou ontem no Mendes Convention Center com um debate entre os prefeitos da região. Os acessos às cidades, que dependem de obras de infraestrutura, foram o tema principal.

Pouco antes do debate, Santini fez um apelo para que as autoridades olhem com atenção as obras que não saem do papel. “Nosso sentimento é de angústia, nossa preocupação é coletiva, não dá mais para esperar”, afirmou.

Santini mencionou como mais urgentes os projetos que agregam valor à economia da região e dão mais conforto à população, como os aeroportos de Guarujá e Praia Grande, a reformulação da entrada de Santos, o Mergulhão do Porto de Santos, o Porto Valongo, o VLT e o Túnel Santos-Guarujá.

Segundo o presidente da ACS, esses projetos são inadiáveis e poderiam alavancar não só o desenvolvimento da Baixada Santista como o do Estado de São Paulo e do Brasil.

No caso do Aeroporto de Guarujá, Santini lembra que se reuniu com os prefeitos da região em 1998 para discutir o projeto e que uma semana depois o grupo foi recebido pelo Ministério da Aeronáutica em Brasília. Após esses anos todos, apesar do procedimento burocrático ter evoluído, a obra ainda não saiu do papel.

Já o Aeroporto de Praia Grande, diz Santini, é de 2007 e no ano passado o projeto ganhou aprovação do Conselho Estadual de Meio Ambiente. “Quando todos imaginávamos que a obra iria ser iniciada, nova paralisação, desta vez por questões ambientais”.

A maioria desses projetos citados tem uma característica em comum: são constantemente alterados, o que só amplia os prazos de execução. “Os projetos têm que ser planejados e bem elaborados, evitando mudanças frequentes que na prática só retardam a execução”, defendeu Santini.


# Alerta

“Todos os empresários associados à ACS são favoráveis à implantação do atual projeto do túnel submerso, obra fundamental para a comunidade portuária. Mudar agora significa retardar, adiar mais uma vez, o que não interessa a ninguém. Temos um projeto, vamos partir para a execução”.

Roberto Clemente Santini, presidente da ACS e diretor-presidente da TV Tribuna


# Ligação pelo Estuário está no papel há seis décadas

Entre os projetos que nunca saem do papel, o do Túnel Santos-Guarujá é o mais emblemático. Esse empreendimento foi proposto pela primeira vez nos anos 1950. A demora é tamanha que a região já necessita não só de uma, mas de uma segunda ligação via Estuário. Santini afirma que na terça-feira conversou com executivos dos terminais portuários e eles apontaram o túnel submerso como investimento prioritário para o Porto.

Mas Santini ressalta que esse projeto padece do mesmo mal dos outros empreendimentos prometidos – as mudanças constantes. A ideia de construção do túnel foi substituída pela ponte e agora é novamente um túnel.

Porém, Santini alega que já é hora de começar a debater uma segunda ligação Santos-Guarujá. “Não podemos nos dar ao luxo de retardar o desenvolvimento da nossa região”.

O empresário destaca também outra reivindicação do setor portuário que está eternamente no papel – o Mergulhão (passagem subterrânea no Valongo).

“De tempos em tempos o que se ouve é mudança ou adaptação de projeto. Primeiro o mergulhão teria cerca de 1.300 metros: depois cerca de 700 metros e até agora não se chegou a uma decisão”.

“E o mais grave: só há cerca de R$ 300 milhões para uma obra que custará pelo menos, segundo estimativas oficiais, cerca de R$ 700 milhões”, lamentou Santini.


Confira a capa de A Tribuna com manchete sobre o evento

Confira a reprodução da página C-4 sobre o evento


# Atraso em investimentos mostra necessidade de mais integração - A Tribuna - 21/5/2015

Publicada em: A Tribuna - 21/5/2015, página C-1, Economia

# No Ficon, prefeitos apontam que a metropolização ainda está longe de solucionar problemas da Baixada Santista

MARCELO SANTOS

DA REDAÇÃO

Prefeitos da região reunidos ontem no Seminário do Fórum da Indústria da Construção de Santos e Região (Ficon) chegaram a um consenso – sem planejamento integrado entre as cidades da Baixada Santista, pendências de décadas, como obras de infraestrutura, continuarão postergadas.

Esse trabalho conjunto poderia ser resolvido por ações metropolitanas, mas a reclamação das autoridades mostra que o sonho da metropolização está longe ainda.

“O Brasil vive no individualismo ou com um pensamento corporativista”, afirmou o prefeito de Praia Grande, Alberto Mourão. Segundo ele, há uma barreira cultural. As cidades são coladas uma nas outras, mas a sociedade brasileira não entende o que é uma região metropolitana. Segundo ele, se essa metropolização funcionasse, haveria um sistema central com poder de decisões sobre o transporte, saúde e segurança pública, tirando até atribuições dos prefeitos.

As críticas foram feitas durante painel que discutiu o acesso às cidades e obras como o túnel Santos-Guarujá e VLT. O tema marcou os debates do Ficon, uma iniciativa do Sistema A Tribuna de Comunicação, com realização da Una Marketing de Eventos.

O fórum terminou ontem no Mendes Convention Center.

Pouco antes da fala dos prefeitos, o diretor-presidente da TVTribuna e presidente da Associação Comercial de Santos, Roberto Clemente Santini, alertou que a região está paralisada devido à falta de investimentos na infraestrutura.

O painel contou também com a prefeita Márcia Rosa (Cubatão), os prefeitos Mauro Orlandini (Bertioga) e Paulo Alexandre Barbosa (Santos) e o secretário interino de Operações Urbanas de Guarujá, Adilson Luiz de Jesus. Do setor privado participaram Rogério Conde (Engeterpa), Rui Klein (Ecovias), Ricardo Beschizza (Sinduscon) e Gustavo Fernandez (Assecob).


“Overdose” de leis sufoca prefeitos

Legislações que se multiplicam, disputas no Judiciário e cobranças do Tribunal de Contas estão sufocando prefeitos, que aproveitaram o Fórum da Indústria da Construção de Santos e Região (Ficon) para reclamar das dificuldades crescentes para administrar suas cidades.

Segundo Mauro Orlandini, os prefeitos governam em meio a uma “overdose de legislações” que funcionam como “conjunto de pegadinhas”.

São tantas regras, diz ele, que as prefeituras precisam ter quadros de funcionários bem capacitados voltados para aplicá-las.

Ele reclama que há inúmeros planos que as cidades precisam elaborar, como saneamento, turismo e educação, e que o Tribunal de Contas faz exigências sobre regras que não são claras.

Orlandini diz ainda que recebeu de um oficial de Justiça a ordem de comprar um remédio de R$ 160 mil que, além de estar em fase experimental, é do exterior e precisa de processo de importação.

Márcia Rosa, de Cubatão, conta que a Prefeitura tem que gerenciar circunstâncias que são resultados, por exemplo, de decisões de outras instâncias.

É o caso de um condomínio da CDHU para 10 mil habitantes, no qual a EMTU não deixa entrar ônibus porque o viário interno não suporta esses veículos. Ambas as empresas são do Governo do Estado. Porém, lembra ela, a cobrança da população recai sobre a Prefeitura.


# Aeroporto pode operar em 2017

Reivindicação de muitas décadas na região, o Aeroporto Regional de Guarujá está mais próximo da realidade, segundo o secretário interino de Operação Urbanas e Meio Ambiente do Município, Adilson Luiz de Jesus. A expectativa dele é que as operações comecem em 2017.

O projeto do aeroporto, um empreendimento mergulhado há muitos anos na burocracia e que resiste a sair do papel, deve ser licitado no final do ano, conforme o secretário.

Ele afirma que a Secretaria de Aviação Civil aprovou a modelagem do aeroporto e que o próximo passo será dar entrada dos documentos do Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima), exigido para a liberação do edital.

Alterações nos projetos de obras de infraestrutura geralmente causam grandes atrasos na execução. O aeroporto também passou por mudanças no projeto, mas Adilson Jesus diz que essas alterações melhoram as condições de desenvolvimento do empreendimento.

Ele conta que o projeto inicial previa área de 270 mil metros quadrados em terreno da Base Aérea. Após estudos, a Prefeitura de Guarujá solicitou a ampliação do espaço cedido para 1,53 milhão de metros quadrados. Isso porque a liberação do terreno vai exigir compensação ambiental.

Portanto, haverá uma redução de custo, pois a compensação ambiental poderá ser feita dentro do terreno original, bem ao lado do aeroporto.

Em meio a toda essa burocracia, o secretário municipal diz que as companhias aéreas sondam a Prefeitura sobre possíveis investimentos no aeroporto.

Uma delas, afirma ele, quer operar em Guarujá com  sete linhas.

Questionado sobre qual aérea apresentou essa intenção, ele apenas fala que praticamente todas as grandes empresas do setor fizeram contatos com o Município.

No País, a aviação é controlada pela TAM e Gol, mas a Azul aparece como uma companhia que investe pesado para crescer nos mercados regionais econseguir enfrentar as gigantes.


# Investimentos em infraestrutura

70

por cento da receita com impostos vão para o Governo Federal, alertou ontem o prefeito de Santos, durante sua participação no Ficon.

25

por cento da arrecadação com tributos acabam sendo destinados aos estados.

Discussão sem fim

Brechas na lei, projetos com falhas na elaboração e falta de recursos estão entre as principais causas que atrasam a execução dos empreeendimentos de infraestrutura. Porém, o prefeito santista Paulo Alexandre Barbosa elencou ontem no Fórum da Indústria da Construção de Santos e Região (Ficon) mais um entrave: a discussão sem fim sobre as características desses projetos. Ele se referiu ao Túnel Santos-Guarujá e lembrou que o projeto executivo do túnel já está pronto e que os recursos foram empenhados.

Segundo o prefeito, a primeira licença ambiental foi emitida e o processo licitatório está em andamento. De acordo com ele, o projeto andou “significativamente”, mas setores da sociedade ainda insistem em discutir a localização do túnel.

Para o prefeito, essa discussão está prescrita e o projeto deve ser dissociado do “debate político”.

O túnel é um sonho antigo da região – surgiu em 1937. Porém, mudanças de governos, alterações no projeto, falta de verba e discordâncias de todo tipo adiaram sucessivamente sua execução.

5

por cento da receita com tributos no Brasil são destinados aos municípios, conforme Paulo Alexandre Barbosa.

15

mil caminhões por dia passam pela entrada de Santos, o que exige mais investimentos em infraestrutura.


# Saiba mais

>>Patrocínio

O Ficon 2015 tem o patrocínio da Engeterpa, Ecorodovias, Grupo Macuco, Grupo Mendes, L. Lopes, Silamar, Vértice e WDS.

>>Apoio

Apoiam o Ficon 2015 a Associação Comercial de Santos, Associação de Empresários da Baixada Santista (Assecob), Caixa Econômica Federal, Governo Federal, Seconci-SP, Sinduscon-SP e prefeituras de Bertioga, Cubatão, Guarujá, Praia Grande e Santos.


# Nova área

Guarujá terá uma área de 650 mil metros quadrados, com cinco lotes bem ao lado do futuro Aeroporto Regional.

O secretário interino de Operações Urbanas e Meio Ambiente do Município, Adilson Luiz de Jesus, diz que recebeu ontem durante o Fórum da Indústria da Construção de Santos e Região (Ficon), a informação, por parte do comandante da Base Aérea, Carlos Alberto Panza, de que o terreno será liberado pela Aeronáutica.

Essa área, afirma o secretário municipal, vai ficar disponível para investimentos do setor privado.

A expectativa da Prefeitura é que a proximidade do Estuário e do aeroporto atraia empresas do setor de petróleo e gás ou mesmo do segmento portuário.


Confira a reprodução da página C-3 sobre o evento


# Revitalização de bairros pode atrair investimentos - A Tribuna - 21/5/2015

Publicada em: A Tribuna - 21/5/2015, página C-3, Economia

# Ação visa valorizar população e região

MATHEUS MÜLLER

DA REDAÇÃO

A importância do marketing imobiliário em tempos de crise na economia brasileira, os exemplos de recuperação da confiança do mercado em Portugal e os benefícios da revitalização de bairros da região foram alguns dos assuntos debatidos na manhã do último dia do Fórum da Indústria da Construção de Santos e Região (Ficon), realizado no Mendes Convention Center.

O planejamento de um trabalho de reestruturação em edificações e vias de bairros da Baixada Santista teve destaque na 5ª edição do evento. O serviço é considerado essencial para atrair novos investidores e fomentar ainda mais desenvolvimento econômico.

Os convidados para discutir o tema foram o presidente do Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos (Condepasa), Bechara Pestana Neves; o promotor de Meio Ambiente, Daury de Paula Jr.; gerente regional do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Estado, Edison Eloy de Souza; o conselheiro do Conselho Superior da Indústria da Construção / Fiesp, José Joaquim do Amaral, e o engenheiro Marcos Casado, diretor da Sustentech.

Bechara lembrou que, há uma década, Santos conta com o programa Alegra Centro. Ele, além de revitalizar o Centro Histórico, também implica o desenvolvimento econômico. “Ao longo desses 10 anos do projeto, nós tivemos 490 obras de recuperação no Centro e diminuímos em um terço o número de imóveis que estavam fechados e deteriorados. O maior avanço foi a vinda de mais de 53% de atividades econômicas para a região”.

Apesar de citar grandes avanços devido ao modelo, ele reconhece que é necessário analisar o projeto e colocar na balança o que deu certo e o que precisa ser melhorado.

“Santos tem um potencial incrível, mas tem que olhar para o centro expandido. Existem áreas que estão imediatamente ligadas ao centro comercial, e estão ávidas por uma revitalização urbana. Destacaria o Paquetá, Valongo e Vila Nova”.

Segundo ele, nesses locais é grande a possibilidade de trabalhar o conceito que foi tema no painel: os bairros planejados. “Esse conceito não significa a criação de um novo bairro, mas sim a requalificação urbana de áreas, algo extremamente interessante e que minimiza significativamente os impactos vividos nos médios e grandes centros”.

O promotor Daury disse que o Ficon é um evento importante para a região, pois permite direcionar o planejamento e evitar que erros aconteçam. “Não podemos falar de qualquer projeto de novos bairros, ou habitações sustentáveis, se essa questão for tratada no individual. Só existe solução se pensar na área como um todo”.

INTEGRAÇÃO

De acordo com Daury, pensar no impacto dessas ações antes de colocá-las em prática é importante para evitar falhas do passado. Para ele, os prefeitos precisam pensar as cidades de forma integrada. “Não posso imaginar, por exemplo, uma requalificação de Vicente de Carvalho, sem pensar nos impactos em Santos, onde está o centro econômico. Assim como não há como pensar em revitalizar Vicente de Carvalho sem avaliar o entorno, para evitar aquele processo de empurrar a população de baixa renda”.


# Planejamento

“Poderíamos promover e impulsionar as ações do programa Alegra Centro. Mas como todo programa, passada uma década, é necessária uma revisão e a readequação do projeto”

Bechara Pestana Neves, presidente do Condepasa


# Portugal reage com capital estrangeiro

Hoje é o Brasil que enfrenta uma crise na economia e está com a confiança do mercado em queda. Por isso, aprender com quem já passou por situação semelhante se torna um exercício importante em busca de soluções para superar o momento delicado.

A primeira palestra do Ficon, ontem, auxiliou esse intercâmbio de informações. A convidada, Daniele Guiomar, diretora geral da Câmara Portuguesa, explicou que seu país aproveitou o momento de dificuldade para facilitar o acesso de empresários estrangeiros e, dessa forma, captar recursos.

“Portugal está em recuperação da crise econômica graças a uma série de ações, como investimentos estruturais e incentivos fiscais para empresários de fora do país, inclusive com a possibilidade de que possam se estabelecer no território”.

Segundo Daniele, construir uma empresa em Portugal hoje é mais acessível e competitivo do que em qualquer outro país do mercado europeu.

E foi dessa forma que eles chamaram a atenção de investidores, por estarem bem localizados na União Europeia e oferecem uma estrutura de primeiro mundo a custos baixos. (MM)


# Setor imobiliário deve se reinventar e inovar

Enquanto o Brasil não possui estratégias definidas para ultrapassar o momento turbulento na economia, é preciso renovar e criar soluções para superar as dificuldades. De acordo com Bruno Lessa, editor do portal de marketing imobiliário VGV e diretor da empresa marketing SIM, toda crise traz oportunidades de se reinventar, inovar e pensar em novas soluções.

“O empresário deve aproveitar a baixa do mercado e avaliar o próprio trabalho para saber o que, de fato, estão entregando aos clientes. Hoje, por exemplo, as pessoas estão conectadas o tempo todo. As empresas devem estar aptas a atendê-las a qualquer momento e precisam oferecer um serviço multiplataforma.

Quem procura um imóvel às 3 horas da manhã é porque quer comprar e, portanto, precisa ser respondido”.

A tecnologia, segundo ele, é algo que vem agregar muito no marketing imobiliário, entretanto, ressalta que todas as mídias têm seu espaço e devem ser utilizadas de acordo com o público-alvo do empreendimento.

“Sempre é importante lembrar que o marketing imobiliário começa em seu projeto, onde devem ser avaliados o produto (empreendimento), preço, ponto de venda (localização) e promoção (marketing). (MM)


Confira a reprodução da página C-3 sobre o evento

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