Paula de Paula
São Paulo - Uma iniciativa dos países desenvolvidos pode ajudar o Brasil a ter maior equilíbrio no câmbio. Desde 2008, o grupo de países mais desenvolvidos do mundo (G-8) criou um núcleo de estudos para investigar as remessas globais. Em 2009 foi estabelecida uma meta de redução de taxa para de 10% para 5% (para o envio de US$ 200) até o ano de 2014.
Massimo Cirasino, diretor do grupo de desenvolvimento de sistemas de pagamento do Banco Mundial, afirmou que a instituição pretende melhorar a eficácia dos serviços de remessa, avaliando os mercados nos países receptores e prestando assistência para a implementação de medidas. De acordo com ele, a remessa mundial de 2011 deve chegar a US$ 350 bilhões, um aumento de 8% em relação a US$ 325 bilhões, registrado em 2010. A expectativa do banco é que esse montante aumentará de 7% a 8% até 2014.
Outra saída para o Banco Central são as remessas vindas já em real do exterior, sem necessidade de internalizar dólares. Brasileiros que vivem em outros países movimentaram nos últimos três anos (de 2008 a 2011) o montante de R$ 900 milhões em remessas feitas diretamente em moeda nacional. A informação foi dada ontem pelo gerente-executivo de Normatização de Câmbio e Capitais Estrangeiros do Banco Central (BC), Geraldo Magela, na abertura da Conferência Internacional de Transferência de Dinheiro (IMTC). O número é pequeno, já que somente no ano passado foi mandado ao Brasil US$ 1,9 bilhão.
Ele explicou que "o tema de remessa internacional, embora apresente pequeno percentual em relação ao nosso Produto Interno Bruto (PIB), é considerado muito relevante pelo BC dado seu impacto social e a grande quantidade de pessoas que se beneficiam dessas operações".
Fonte: DCI - 15/2/2012