January 24, 2012

Influenciadas por impasse na Grécia, bolsas europeias operam em baixa

Lentidão da negociação das dívidas influencia humor dos investidores.
No início da manhã, as perdas chegavam perto de 1%.

Do G1, com informações de agências

As principais bolsas europeias abriram em queda nesta terça-feira (24), influenciadas pela lentidão das negociações sobre a dívida grega entre os bancos privados e o governo da Grécia. A reunião dos ministros das finanças da zona do euro serão retomadas nesta manhã.

No início das operações, perto das 7h (horário brasileiro de verão), o índice FTSE-100 dos principais valores da bolsa de Londres estava em baixa de 0,71%.

Ministro das finanças grego, Evangelos Venizelos, espera início da reunião de líderes dos países da zona do euro, em Bruxelas (Foto: Reuters)

Em Frankfurt, o índice Dax perdia 0,86%. Em Paris, o índice CAC 40 baixava 0,82%. Em Madri, o IBEX 35 estava em queda de 0,68%.

Na véspera, os ministros de Economia e Finanças da zona do euro rejeitaram os termos de perdão de 50% da dívida grega propostos por seus credores privados e solicitaram juros mais baixos, anunciou o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker.

"Os ministros pediram à Grécia que continue negociando para conseguir um nível de juros claramente inferior", declarou Juncker em entrevista coletiva ao término da reunião em Bruxelas.

O presidente do Eurogrupo esclareceu que os juros terão que situar-se abaixo de 3,5% antes de 2020, abaixo do nível de mais de 4% que esperavam conseguir os credores para os bônus a 30 anos.

Junker garantiu, no entanto, que ocorreu uma "maior convergência" nas negociações entre o governo grego e o Instituto Internacional de Finanças (IIF), que representa os bancos internacionais possuidores da maior parte da dívida grega nas mãos do setor privado.

"Alcançamos uma maior convergência e pedimos ao Executivo grego que alcance um consenso nos próximos dias", destacou, ressaltando que dito acordo deverá basear-se nos termos e condições fixados no último dia 26 de outubro sobre a participação privada no resgate grego.

Além disso, Juncker afirmou que o perdão de 50% da dívida nominal da Grécia deve levar ao cumprimento do objetivo de déficit de 120% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020 e basear-se em um acordo voluntário, que trará aparelhado uma ajuda de 130 bilhões de euros.

Em paralelo, pediu ao Executivo de Lucas Papademos que estabeleça com a troika - o Banco Central Europeu, o Fundo Monetário Internacional e a Comissão Europeia - os parâmetros um novo programa de ajuste o mais rápido possível.

Juncker reiterou, por outra parte, que o lugar da Grécia está na eurozona e assegurou que não existem divergências a esse respeito entre os sócios europeus.

O comissário europeu de Assuntos Econômicos, Olli Rehn, concordou que Atenas deve iniciar reformas estruturais de maneira prioritária e definir as ações necessárias antes de obter o segundo programa de ajuda.

Fonte: G1 - 24/1/2012

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