January 24, 2012

Consumo de café no Brasil cresce 3,11% em 2011

Humberto Domiciano (hdomiciano@brasileconomico.com.br)

Preço da matéria-prima pode sofrer aumento no primeiro trimestre de 2012

O total de sacas comercializadas chegou a 19,72 milhões, ficando abaixo das previsões da Abic, que estimava alta de até 5% no consumo.

O consumo de café no Brasil teve crescimento de 3,11% no período entre novembro de 2010 e outubro de 2011, na comparação com intervalo anterior correspondente, de acordo com informações divulgadas nesta terça-feira (24/1) pela Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic).

O total de sacas comercializadas chegou a 19,72 milhões, ficando abaixo das previsões da associação, que estimava expansão de até 5% no consumo.

Para Américo Sato, presidente da Abic, a concorrência de outros produtos e mudanças nos hábitos da família frearam o ritmo de crescimento das vendas de café. "O consumo de sucos e outras bebidas teve aumento maior que o do café em 2011. Isso mostra alterações no café da manhã do brasileiro, que tem tido a presença de outros produtos", comentou.

O consumo per capita foi de 6,1 quilos de café em grão cru ou 4,88 quilos de café torrado, chegando a quase 82 litros para cada brasileiro.

Sato acrescenta que o aumento nos preços da cesta básica não afeta o consumo do produto. "Cada quilo de café produz 15 litros da bebida. Dividindo por xícaras, cada dose custará cerca de R$ 0,10, fazendo com que seja uma bebida quase tão barata quanto a água", destacou.

Para 2012, a Abic projeta crescimento de 3,5% em volume, o que poderia elevar o consumo para 20,41 milhões de sacas. A entidade aponta para a perda de produção de cafés do tipo arábica em países como Colômbia e Guatemala, o que leverá a redução nos estoques mundiais.

No Brasil, com o crescimento do consumo mundial, o preço da matéria prima pode sofrer aumento no primeiro trimestre de 2012. Os preços do café fecharam dezembro de 2011 aos R$ 13,26 o quilo, aumento de 19,2% em relação ao registrado em janeiro.

Sobre o comportamento dos preços, Bernardo Wolfson, vice-presidente da Abic e CEO da Melita, afirmou que há tendência de alta. "Entendemos que falta café no mercado mundial já que produtores tradicionais sofrem com as mudanças climáticas que estão afetando a produtividade", pontuou.

Premiações

Nesta terça-feira, a Abic também anunciou os cafés melhores avaliados no Programa de Qualidade do Café (PQC).

Na categoria Melhor Gourmet, o vencedor foi o Morro Grande Expresso, da Torrefação Noivacolinenses, de Piracicaba (SP). Já na categoria Melhor Superior, o vencedor foi o Café do Produtor, da indústria Prata dos Santos, de Uberaba (MG).

Por fim, o Café Serra da Grama Intenso, da torrefadora Café Serra da Grama, de São Sebastião da Grama (SP) venceu na categoria Melhor Tradicional.

O PQC conta com 434 marcas certificadas que podem utilizar o selo da ABIC, que atesta a pureza do café.

Fonte: Brasil Econômico - 24/1/2012

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