O Digifort, primeiro software brasileiro de monitoramento IP (Protocolo de Internet), produzido pela Systrade Tecnologia, de São Caetano do Sul - SP, foi apresentado, na manhã desta quinta-feira, 17 de outubro de 2013, no Auditório da Associação Comercial de Santos (ACS), na Rua XV de Novembro, 137 - 1.º andar, no Centro Histórico.
O produto é exportado há quatro anos, operado em 15 idiomas, está em mais de 100 países e se posiciona entre os dez melhores softwares do mundo na categoria. "Ouvimos muito os clientes", afirmou Carlos Eduardo Bonilha, diretor da empresa. "Não há povo mais criativo no mundo do que o brasileiro. Empresários e executivos de empresas estrangeiras perguntam como conseguimos soluções criativas. Conseguimos ouvindo os clientes. Todo mês, em São Caetano, recebemos diretores de empresas de países de todo o mundo".
A palestra foi realizada pela Câmara Setorial de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) da Associação Comercial de Santos. Estavam presentes, entre outros, o coordenador da Câmara Setorial, Pedro Veras, e o secretário, Marcelino Silva, além do 2.º suplente da Diretoria Executiva da ACS, Alexandre Ehrenberger, que também já foi coordenador da Câmara Setorial de TIC.
Pedro Veras, ao apresentar o evento, lembrou que um dos objetivos da Câmara Setorial de TIC é trazer empresas, instituições, entidades e profissionais que agreguem conhecimentos à comunidade de Tecnologia da Informação.
Aproveitando a ocasião, o coordenador da Câmara Setorial de TIC lembrou que na véspera, na quarta-feira, 16 de outubro de 2013, foi lançada a pedra fundamental da obra do Parque Tecnológico de Santos, iniciativa que envolve a Prefeitura e tem como objetivo fomentar negócios e pesquisas, em especial na área de petróleo e gás. "O prefeito Paulo Alexandre Barbosa enviou projeto de lei à Câmara Municipal, que estabelece e dá benefícios a empresas interessadas", informou Pedro Veras.
O Diário Oficial (DO) de Santos publicou, na edição de 16 de outubro de 2013, na página 19, o chamamento público para selecionar projetos de inovação e desenvolvimento tecnológico para o Parque Tecnológico. O DO pode ser consultado no seguinte endereço:
https://www.egov1.santos.sp.gov.br/do/1316/2013/do16102013.pdf
Origens
Bonilha recordou que a sua empresa começou há 13 anos, com a solicitação de instalação de seis câmeras de monitoramento IP para um condomínio. Na época, o filho de Carlos Eduardo Bonilha tinha 17 anos e aceitou o desafio, juntamente com o pai. Em seis anos, as atividades cresceram, mas a comercialização do sistema de monitoramento IP começou apenas há sete anos.
O Digifort utiliza plataforma aberta, que o cliente escolhe, assim como tem liberdade para utilizar as câmeras e equipamentos desejados. Conforme o projeto, há possibilidades de incluir imagens de 300 câmeras em um servidor. Tudo monitorado via Internet - em um computador, um celular, um tablet ou qualquer outro sistema interligado à rede mundial de computadores.
Com o Digifort, é possível uma câmera capturar uma imagem panorâmica e recortar partes do quadro, fazendo zoom no local desejado.
Uma das opções de uso do sistema é o emprego de um mapa sinóptico - uma planta da casa, prédio, empresa ou cidade. Com um clique, é possível visualizar as imagens das câmeras instaladas nos diversos ambientes de um determinado local.
Outra possibilidade do sistema de monitoramento IP é abrir ou fechar um porta, acender ou apagar a luz de uma sala - tudo o que o cliente precisar.
Até os computadores que os funcionários de uma empresa usam no local de trabalho podem ser monitorados via câmera.
Bonilha adiantou que, em 1.º de novembro, será inaugurada uma Central de Operações e Vigilância (COV), uma parceria da Alfândega de Santos e da Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados (Abtra), para monitorar as instalações das empresas portuárias. "É um projeto inovador, o primeiro do Brasil".
Na apresentação, Bonilha mostrou uma imagem do maior video wall da América Latina, da Prefeitura do Rio de Janeiro, que permite visualizar áreas estratégicas da cidade. O Rio utiliza o Digifort.
Bonilha afirmou que a inteligência das imagens monitoradas é programada. "É preciso programar o sistema para fornecer as informações desejadas", disse, citando como exemplo a percepção, pelo Digifort, de uma pessoa a caminhar na rua. É necessário definir a velocidade média de alguém a andar, definir a forma de uma cabeça humana, assim como os ombros, e outras informações, para o sistema detectar a presença de uma pessoa na imagem. E assim por diante para identificar animais e objetos.
Para mais informações, o site pode ser conferido em: www.digifort.com.br
Após a apresentação, foi oferecido um café aos presentes, no Salão de Reuniões da Associação Comercial de Santos, no 2.º andar.
