June 10, 2016

Câmara setorial de granéis líquidos da ACS pedirá à Casa Civil prioridade na execução de obras de acesso ao Porto de Santos

Câmara setorial de granéis líquidos da ACS pedirá à Casa Civil prioridade na execução de obras de acesso ao Porto de Santos

Também será feito pedido para que sejam executadas as obras para ampliação de dois berços de atracação na Alemoa

A Câmara Setorial de Granéis Líquidos da Associação Comercial de Santos (ACS) enviará um ofício ao ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, pedindo para que seja tratada com prioridade a questão das obras de acesso ao Porto de Santos pelo recém criado Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil. No documento, também será solicitada a execução da ampliação dos berços 5 e 6 do Terminal de Granéis Líquidos da Alemoa (TEGLA). A decisão foi tomada na tarde desta sexta-feira (10), durante reunião de integrantes da Câmara, na sede da ACS.

De acordo com o coordenador da Câmara, Mike Sealy, a ideia é levar ao ministro os mapeamentos para que ele, juntamente com o novo ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella, dê prioridade a essas obras de acesso.

“Não é possível que o Porto de Santos se mantenha por mais tempo apenas com uma entrada e uma saída”.

 Também será feito pedido para reativar as intenções, previamente assumidas pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), de executar a ampliação dos berços 5 e 6 do Terminal de Granéis Líquidos da Alemos (TEGLA).

 “A não ampliação causa grande impacto na excelência operacional dos terminais líquidos de granéis. O projeto está pronto, doamos à Codesp, o licenciamento também está pronto. Mas, até hoje, nada foi feito”.

Dragagem

 Outra decisão importante tomada pela Câmara foi a de apoiar a proposta para que se torne privada a gestão dos canais de navegação dos complexos portuários brasileiros e de suas obras de dragagem, debatida nesta quinta-feira (9), durante reunião do ministro Maurício Quintella com integrantes da Federação Nacional dos Portuários (Fenop), formada por diversas entidades do setor, em Brasília.

 “Estamos a ponto de fazer uma notificação à Codesp, imputando-a dessa responsabilidade. A Câmara se solidariza com a proposta apresentada pela Fenop, pois é fundamental que possamos ter essa questão desvinculada do Governo, para que seja possível olhar mais para as atividades específicas de cada porto, em relação à dragagem.  Os processos hoje, com as licitações, levam de seis meses a um ano e não há continuidade. Isso traz sérias implicações, como o assoreamento e a perda do calado de berço,  o que impede que os navios possam entrar. Então, eles (os navios) acabam indo para o porto de Paranaguá para aliviar a carga. Aí, quando voltam, entram no fim da fila, e o custo deles e de 3 mil dólares  por hora. Imagina quanto temos que pagar para o cliente por um navio como este parado? Assim, o Porto de Santos perde competitividade”.

Sobre a proposta

 O plano de entregar a dragagem, que hoje é uma responsabilidade do Governo Federal, para a iniciativa privada surgiu a partir das dificuldades que a Secretaria de Portos (SEP) enfrentou em contratar uma firma especializada no aprofundamento do canal de navegação do cais santista, no ano passado. O tema chegou a ser debatido em audiências públicas durante a gestão do então ministro Edinho Araújo, mas não avançou.

 

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