Fonte: Departamento de Comunicação da ACS
Representantes da Câmara de Petróleo e Gás da Associação Comercial de Santos (ACS) participaram na tarde desta quinta-feira (17) de uma importante reunião virtual com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo.
O encontro teve como objetivo fortalecer o diálogo e aprofundar a temática de demandas e oportunidades com representantes dos setores de petróleo e petroquímico.
De acordo com a secretária de desenvolvimento, Patrícia Ellen, ao todo, o Estado de São Paulo listou 14 polos de desenvolvimento (saúde e farma; meta-metalúrgico, máquinas e equipamentos; automotivo; químico, borracha e plástico; derivados de petróleo e petroquímico, biocombustíveis; alimentos e bebidas; têxtil, vestuário e acessórios; couro e calçados; aeroespacial, agritech, serviços tecnológicos; eco-florestal; papel, celulose e reflorestamento; logística, transporte e armazenamento e higiene, limpeza e beleza) .
Este primeiro contato, com o setor de derivados de Petróleo e Petroquímico, serviu para identificar os principais gargalos na área. “Como em todas as áreas, vamos validar e priorizar as dificuldades, mapear as soluções com o apoio do governo e implementar soluções com acompanhamento de crescimento a médio e curto prazo. Nosso trabalho é alavancar a produtividade e a competitividade do setor privado impulsionando e melhorando as políticas públicas nas regiões onde as cadeias produtivas estão instaladas. Um plano de ação deve ser implementado a partir do ano que vem".
O secretário da Câmara de Petróleo e Gás da ACS, Eduardo Varela, contou todo o trabalho que vem sendo desenvolvido pela ACS e a intenção do órgão de criar uma agência de desenvolvimento para o setor em Santos e explorar as atuais potencialidades do Porto de Santos e Estado de São Paulo para atendimento imediato de demandas por parte das grandes empresas de Óleo & Gás. 
"Percebemos que São Paulo nunca teve profissionais dedicados ao transporte desse setor e por isso utilizam outros portos como o do Rio de Janeiro e o do Espírito Santo. Queremos mudar essa realidade".
O coordenador geral administrativo da Superintendência de Desenvolvimento e Produção da ANP, Marcelo Mafra, ressaltou que a produção de barris de petróleo e gás por dia é de 2,81 milhões. “Com a descoberta do pré-sal na Bacia de Santos e início da exploração e produção, São Paulo se tornou um produtor relevante e as estimativas são positivas. Somos o segundo maior produtor de petróleo do País, ficando atrás somente do Rio de Janeiro”.
Mafra chamou atenção também para a dificuldade em se explorar petróleo em águas rasas. “A questão de licenciamento ambiental tem complicado bastante o trabalho”.
Há dois meses, Lourenço Machado, da SBM Offshore, resolveu mudar para o município de Santos por perceber o potencial de exploração de material pelo Porto de Santos. “Já existem uma boa dragagem. Só precisamos trabalhar melhor essa logística do setor no Porto de Santos”.
Por fim, o representante da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), André Cordeiro, disse ser importante ter uma sinergia entre as classes de plástico/borracha, higiene e limpeza e óleo e gás, as quais ele representa. “É fundamental ter um polo de desenvolvimento no ABC paulisra e sanar as lacunas que existe entre nós, refino e o setor de óleo e gás”.
Uma nova reunião entre o Governo e os representantes dos setores deve ser realizada em janeiro de 2021 para que os próximos passos para o desenvolvimento do setor sejam traçados.
