Uma grande janela de oportunidade de negócios está se abrindo entre os já parceiros Brasil e China. Essa foi a tônica do evento promovido pela Câmara Chinesa de Comércio do Brasil (CCCB) em parceria com a Associação Comercial de Santos (ACS) nesta quarta-feira (dia 19) com especialistas para debater sobre o panorama das relações comerciais entre os dois países para 2025.
Com as restrições comerciais com a China anunciadas pelo governo Trump nos Estados Unidos, acredita-se que o Brasil tende a ocupar novos espaços no mercado chinês, o que já vem acontecendo com o melão e o café, produto recém-descoberto pelos chineses, até então, apreciadores de chá.
Para Mariana Bahia, diretora executiva da CCCB, entidade facilitadora de negócios entre os dois países, as perspectivas para o Brasil são as melhores, inclusive para empresas médias também. “Não tem vácuo no mercado. Quando acontece, alguém ocupa o espaço. E o Brasil tende a ganhar espaço tanto na China quanto nos Estados Unidos”.
Gigante
Em 2024, o Brasil exportou mais para a China do que para os Estados Unidos e a União Europeia juntos. A China representa 32% das exportações e 25% das importações no Brasil. “Não dá para pensar em economia mundial sem a China. É um grande investidor do Brasil e do Porto de Santos. Por isso, precisamos olhar para esse gigante e para as oportunidades de novos negócios que estão surgindo”, destaca Eduardo Lopes, gerente-executivo da ACS.
Rogers Pontes, da associada Satel Despachos, afirmou que com o crescimento dos negócios com a China é importante estar atento às discussões sobre esse mercado.
Além da Câmara Chinesa de Comércio do Brasil, a programação contou com os painéis Panorama & Oportunidades Comerciais: Santos-China, com representantes da associada Process Log Comex e Oportunidades e Mercado de Pagamentos, Crédito e Financiamento Brasil-China", com a Vixtra.
Após as palestras, teve sessão de perguntas e respostas e networking, proporcionando a troca de experiências e o estabelecimento de novas parcerias.