A entidade reduziu de 3,6% para 3,5% sua estimativa para o crescimento mundial em 2012. Para 2013, a projeção caiu de 4,1% para 3,9%.
As ações para reavivar a economia global têm sido insuficientes e a recuperação está sob riscos, alerta um relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgado nesta segunda-feira (16/7).
O epicentro da crise continua sendo a Europa. O Fundo elogiou os recentes acordos alcançados na região, mas afirmou que os líderes ainda devem detalhes sobre a implementação das medidas.
"A situação das economias na Zona do Euro provavelmente continuará precária até que todas as medidas necessárias sejam tomadas", diz o relatório.
A entidade reduziu de 3,6% para 3,5% sua estimativa para o crescimento mundial em 2012. Para 2013, a projeção caiu de 4,1% para 3,9%.
Em particular, a instituição recomenda que o Banco Central Europeu (BCE) amplie o afrouxamento monetário, recomendando a adoção de novas operações de liquidez de longo prazo, a exemplo das ofertas anunciadas no final do ano passado.
Na semana passada, o BCE cortou os juros para o mínimo histórico de 0,75% ao ano, face a 1% anteriormente.
Além disso, o FMI destacou a necessidade de uma união bancária, com mecanismos comuns de garantia dos depósitos nas instituições financeiras. Para implementar essa medida, o Fundo sugere o uso do Mecanismo Europeu de Estabilidade (ESM, na sigla em inglês).
Para a Zona do Euro, o Fundo prevê uma retração de 0,3% em 2012. Em 2013, a perspectiva é de um crescimento de apenas 0,7%, estimativa 0,2 ponto percentual menor do que no relatório anterior.
Os riscos também estão presentes nos Estados Unidos. O Fundo recomenda que os políticos americanos ajam para lidar com impasses fiscais e decidam pela prorrogação de cortes temporários de impostos que expiram no final do ano.
"Se os políticos falharem em atingir um consenso sobre a extensão de cortes temporários de impostos, e sobre a reversão de cortes automáticos nas despesas, o déficit estrutural dos Estados Unidos pode recuar mais de 4 pontos percentuais do PIB em 2013", alertou o relatório.
Com isso, a entidade afirma que o crescimento da maior economia do mundo seria prejudicado no próximo ano, com efeitos em todo o restante do mundo.
Para os EUA, o Fundo reduziu a projeção de crescimento em 2012, de 2,1% para 2%. Para 2013, a estimativa foi rebaixada de 2,4% para 2,3%.
Fonte: Brasil Econômico / 16/07/2012