#Junto com a SEP, o Estado e a Prefeitura, órgão analisará novo sistema viário para a entrada de Santos
O Ministério das Cidades, a Secretaria de Portos (SEP), o Governo do Estado e a Prefeitura de Santos vão discutir a necessidade da construção de novos acessos rodoviários ao Porto a partir da entrada do Município. A informação foi transmitida pelo prefeito João Paulo Tavares Papa (PMDB), que esteve ontem, em Brasília, em busca de recursos para essas novas ligações viárias, que eliminam o principal gargalo logístico do complexo marítimo atualmente.
O projeto de conexão da Rodovia Anchieta às vias portuárias, na região da Alemoa, elaborado pela Administração Municipal, foi encaminhado formalmente ao secretário-executivo do Ministério das Cidades, Alexandre Cordeiro. De acordo com Papa, falta apenas a definição de uma data para que o encontro dos quatro entes ocorra e que as intervenções sejam agilizadas.
O prefeito esteve na Capital Federal para solicitar a inclusão do empreendimento no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) de Mobilidade Urbana, da União. Conforme o projeto, serão necessários cerca de R$ 500 milhões e 24 meses para a execução do novo complexo viário.
O plano da Prefeitura prevê a implantação, na Via Anchieta, de um sistema binário com duas marginais e quatro alças de acesso.A primeira delas dará acesso ao Distrito Industrial e Portuário da Alemoa, onde operam vários terminais retroportuários; a segunda, à Avenida Perimetral da Margem Direita, em construção pela Codesp; a terceira, aos terminais retroportuários da Zona Noroeste; e a última, à Avenida Martins Fontes, na entrada da Cidade,que cruza com a Avenida Nossa Senhora de Fátima.
Ainda não há definição sobre o pedido de recursos, mas as justificativas do prefeito levaramem conta os investimentos realizados pela União e pelo Estado que beneficiaramo Porto de Santos. “O Governo Federal investiu em infraestrutura portuária (as avenidas perimetrais) e o estadual vem evoluindo nas questões rodoviárias com o Rodoanel. Mas existe um nó que prejudica a eficiência dos investimentos e cria uma barreira de acessibilidade ao Porto”, afirmou o prefeito.
DEMORA
O projeto viário foi desenvolvido em 2010 pela Administração Municipal. Segundo Papa, a Secretaria de Estado dos Transportes participou de definições importantes, quando a pasta ainda era comandada por Mauro Arce. Porém, segundo o Estado, não há registro de pedidos formais feitos pela Cidade para a solução dos graves problemas viários.
Com o apoio do Governo Federal, a expectativa do prefeito é que as coisas aconteçam com celeridade. “Agora falta juntar todo mundo e resolver esse vácuo de decisão política, para que a conexão entre o Porto e o retroporto seja favorecida e o acesso da estrada à Cidade aconteça de forma eficiente”.
Até o fechamento desta edição, o Ministério das Cidades não se pronunciou sobre opedido feito pela Administração Municipal.
Fonte: A Tribuna / 31/8/2012
