July 26, 2012

Ministério da Fazenda corre para finalizar concessões

Simone Cavalcanti (scavalcanti@brasileconomico.com.br) | De Brasília
                  
# Presidente Dilma Rousseff quer anunciar pacote para infraestrutura quando voltar de Londres.

A presidente Dilma Rousseff quer voltar de sua viagem a Londres, onde vai apresentar o Brasil como sede das próximas Olimpíadas, e encontrar o desenho das concessões para a área de infraestrutura "parando em pé" - expressão que ela mesma usa nas conversas com seus subordinados.

O início da próxima semana seria, então, o prazo final para que os técnicos consigam encontrar a fórmula ideal para o pacote que trará as linhas para a integração dos projetos das áreas de rodovias, ferrovias e portos, além de uma solução à queda do custo de energia.

A intenção é anunciar o conjunto de medidas até o dia 10 de agosto. Por isso mesmo, uma equipe de mais de 25 técnicos, incluindo secretários de pelo menos sete ministérios e seus órgãos coligados estão debruçados sobre os assuntos, que têm muitas amarras a serem desfeitas, principalmente em áreas como a do setor elétrico. Vão, inclusive, se reunir para trabalhar neste próximo final de semana.

"Não consigo parar no meu gabinete nem por duas horas", disse ao Brasil Econômico um dos secretários envolvidos nas discussões, explicando que participa de reuniões intermináveis todos os dias na Casa Civil.

Todos os projetos estão sendo discutidos de forma conjunta e serão integrados ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Diante dos resultados muito aquém do esperado para os investimentos - e o balanço do PAC que será divulgado hoje deve indicar isso - o governo está em estado de alerta e a ordem é se concentrar no que foi batizado de "agenda do crescimento".

Aliás, desde o final do ano passado, Dilma, e os ministros do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, e da Fazenda, Guido Mantega, já se mobilizavam publicamente no sentido de forçar a maior carga de investimentos possíveis neste ano.

A presidente fez até, no início deste ano, visitas às grandes obras do PAC para falar com os empresários responsáveis para tentar destravar as construções como a da transposição do Rio São Francisco.

Agora ela quer ter nas mãos um pacote sólido que possa mostrar aos grandes empresários brasileiros na terceira reunião que terá no Palácio do Planalto.

A intenção é mostrar que o governo, além de ainda estar batalhando por um patamar mais baixo para os juros - um dos pleitos mais antigos dos grupos empresariais - agora está se dedicando a criar um ambiente propício para os investimentos e negócios no Brasil.

Também quer enfeitar a vitrine brasileira para atrair novos investimentos produtivos do exterior. A avaliação na área econômica é a de que há bem mais recursos de não-residentes dispostos a aportar em solo verde-amarelo que aguardam apenas novas oportunidades de negócios.

Fonte: Brasil Econômico - 26/7/2012

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