August 07, 2012

Greve paralisa 160 processos

#Mobilização dos fiscais agropecuários no Porto de Santos já causa prejuízos, destacam agentes marítimos e despachantes aduaneiros

Pelo menos 160 processos de fiscalização do transporte internacional de animais, vegetais e seus subprodutos – como medicamentos e fertilizantes – ficaram parados no Porto de Santos no primeiro dia da greve dos fiscais federais agropecuários, que começou ontem. Não houve atendimento ao público em terminais da região.

A paralisação prejudica a importação de produtos farmacêuticos e, segundo despachantes, já foi responsável até pelo cancelamento de cirurgias, por falta de material.

A estimativa do total de produtos paralisados no Porto tem como base a média de 5 mil protocolos mensais que necessitam dos pareceres do Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro), vinculado à Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA).

Reivindiações salariais e reposição de vagas através de concurso público são o foco da paralisação, que não tem data para acabar.

O presidente do Sindicato dos Fiscais Federais, Agropecuários (Anffa Sindical), Wilson Roberto de Sá, afirma que a categoria manterá um efetivo mínimo para assegurar os serviços essenciais à população.

A entidade representa aproximadamente 3,2 mil profissionais, entre agrônomos, veterinários, químicos, farmacêuticos e zootecnistas que atuam no Ministério da Agricultura. Em Santos, apenas 21 engenheiros agrônomos, 12 veterinários e seis agentes são responsáveis por toda a demanda do porto.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de Santos e Região, Cláudio de Barros Nogueira, problemas com atrasos são comuns, tendo em vista o pequeno efetivo do Vigiagro na Cidade. "Nesse cenário, qualquer movimento grevista já causa grande impacto", disse.

O diretor-executivo do Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado de São Paulo (Sindamar), José Roque, espera que serviços como coletas de amostras e vistorias em porões de navios, que são essenciais, continuem acontecendo. "Nós sabemos que há insuficiência de servidores, mas não podemos ser prejudicados. Teremos impacto", afirma.

Fonte: A Tribuna / 7/8/2012

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