O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, anunciou nesta sexta-feira (11) um plano de reativação econômica de 20 trilhões de ienes ( US$ 229 bilhões) para tirar o país da crise crônica que persiste há anos.

O pacote prevê 10,3 trilhões de ienes em gastos públicos para dinamizar a atividade, combater a deflação e reduzir o valor da moeda nacional, com foco em grandes obras públicas.

"É extremamente importante acabar com a deflação prolongada e o alto preço do iene", disse o primeiro-ministro, no cargo desde 26 de dezembro após a vitória de seu Partido Liberal Democrata (PLD) nas eleições legislativas antecipadas.

O plano de "medidas econômicas de urgência" visa a criar 600 mil postos de trabalho e elevar o PIB em dois pontos percentuais.

Abe voltou a insistir na importância de um "trabalho lado a lado com o Banco Central do Japão" para acabar com a queda contínua dos preços, que segura a atividade, os investimentos, a alta dos salários e o consumo.

O governo, que espera recolocar a economia nos trilhos, destinará boa parte do dinheiro para acelerar a reconstrução do nordeste do Japão, arrasado pelo tsunami de 11 de março de 2011. Também planeja restaurar pontes, túneis e outras infraestruturas por todo o país.

O pacote pretende ainda ajudar as empresas a enfrentar taxas de câmbio desfavoráveis e a desenvolver novos produtos e serviços para substituir produtos com alta concorrência no exterior.

O plano para o atual ano fiscal (abril de 2012 a março de 2013) deverá ser votado pelo Parlamento a partir de 28 de janeiro, e será financiado em parte pela emissão de novos bônus do Tesouro.

O governo conservador elimina assim o limite do aumento do endividamento anual, de 44 trilhões de ienes (US$ 551 milhões), adotado pelo governo precedente, de centro esquerda, na esperança de reduzir a colossal dívida do país (mais de 200% do PIB).

Fonte: UOL / 11/1/13